BECO

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pessoas acabam sorrindo.
Às vezes uma pessoa está
sentada, com a cara fecha-
da, e abre o riso assim, sem
nem querer”, conta AK Bart,
rapper que se apresenta em
coletivos do Grande Recife.

Aos 22 anos, o morador de
Santo Amaro, na área central
da cidade, conta que com
apenas 14 anos começou a
escutar rap durante o dia
todo. Até que um amigo, que
havia percebido a paixão do
adolescente, o levou para a
primeira batalha. As chama-
das “batalhas de rap” con-
sistem em disputas de rimas
improvisadas entre artistas.
O MC que conseguir reali-
zar as melhores rimas leva o
título de campeão.

O objetivo de se apresen-
tar no transporte público é
divulgar seu trabalho. Caso
ninguém manifeste uma opi-
nião negativa, ele liga a caixa
de som e começa a rimar de
forma improvisada, de acor-
do com a batida da música
“Still D.R.E”, clássico do hip
hop vinda da parceria de Dr.
Dre e Snoop Dogg.

Cada passageiro recebe uma
rima própria, carregada de
elogios à aparência e obser-
vações gentis por parte do
artista. Ao realizar a primei-
ra apresentação, AK Bart
diz ter descoberto uma nova
parte de si mesmo.

Foto:

Reprodução / Instagram