BECO

(Leonam Victor) #1
Apesar do direito à liberdade
artística, e por mais que as
batalhas aconteçam em áreas
de lazer, as forças de segu-
rança pública já intervieram
em alguns eventos. “A gente
já sofreu ameaças por parte
da polícia”, revela Fara. De
acordo com ele, o engaja-
mento dos grupos também é
usado para protestar contra
violências praticadas contra
a população.

”Um policial militar matou
um jovem de dezoito anos
ali na praça, e a gente cobra
na rima, né? Os moleques
são influenciados também
a estar fazendo esse tipo

de cobrança. Então a polí-
cia nunca gostou muito da
gente. Teve um evento, lá
em Goiânia, que os caras
chegaram a invadir, fizeram
baculejo em todo mundo e
acabaram com o baile em
plena sete horas da noite
ainda”, expõe o organizador
da BDSH.

O rap consegue construir
um diálogo perfeito entre
a arte urbana e a negritude
jovem. Um estudo realizado
pela socióloga Mary Garcia
Castro e pelo advogado Au-
gusto Vasconcelos, publicado
em 2007, revelou que os
jovens não estão interessados

Quem não conhece


a cultura tem aquele


preconceito, mas


para quem tá dentro


e realmente sabe


os fundamentos do


hip hop, é algo to-


talmente diferente.


É um momento de


lazer, é algo para


expressar a arte e


fortalecer a cultura” ,


diz Raxta.

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