BECO

(Leonam Victor) #1

na forma tradicional de fazer
política e dão preferência a out-
ros modelos onde ela pode ser
feita, como através da cultura,
do lazer, ações solidárias, entre
outros.


A cultura é transformadora, e
para Raxta, o hip hop é uma
ferramenta de transformação.
“Se 100% da juventude negra
tivesse noção do que realmente
é o hip hop e a importância dele,
o bagulho seria diferenciado. Eu
digo abertamente que o hip hop
salvou minha vida, e a juventu-
de negra passa por essa questão
de sobrevivência da favela por
causa de toda opressão”, diz ele.


O MC também reflete sobre as
condições de vida desses jovens:
“em Pernambuco, a juventude
negra morre todo dia, e a gente
acaba vendo isso virar rotina.
Infelizmente, Igarassu ainda
não é uma grande geradora de
empregos, tá ligado? E pela falta
de oportunidade, tem mano no
crime aí, e o hip hop é essen-
cial para pensar fora da caixa
e aprender a questionar suas
atitudes, e estar em constante
mudança, evolução”.


Arma de transformação


Em 2017, o rapper Emicida
participou de um debate do Se-
minário Internacional, em São
Paulo, onde citou o multiinstru-
mentalista criador do Afrobeat,
Fela Kuti, ao dizer que “a música
é uma arma”.

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