BECO

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No tempo em que passou
trabalhando na rua, Wally
também contou com a
companhia de outros palha-
ços e até grupos musicais,
e com isso ele aprendeu
duas importantes lições: a
primeira é que embaixo do
seu “fardamento” (um belo
traje de palhaço) é mais fácil
ter um jogo de cintura para
enfrentar qualquer desafio;
e segundo, que para tudo
na vida, é importante estar
rodeado de pessoas que
“valorizam o que você faz”
ao invés de “perder tempo
com quem não acrescenta
em nada ao longo da cami-
n h a d a ”.

Mas o artista sabia que
esse era apenas um passo
no caminho que ele estava
trilhando. Desde 2011, ele
possui uma companhia de
circo, que nasceu com o
objetivo de promover uma
seguridade artística e finan-
ceira. “Eu sabia que não teria
saúde e a vida toda para
matar um leão por dia como
eu consegui fazer por mais
de uma década. O tempo
passa, a idade chega e a gente
tem que se planejar de forma
inteligente para poder nos
acolher mais à frente”.

TERCEIRO ATO: A GARRETT

CIRCUS

“Fazer arte na rua era algo
que me nutria a alma e o

espírito, sempre me trouxe

uma sensação de compen-

sação social muito grande

numa sociedade tão injusta.

Mas seria muito difícil criar

a criançada fazendo pratica-

mente só arte na rua”, escla-

rece Wally. Ter sua própria

companhia nem sempre

foi um sonho, mas o circo

sempre foi um grande amor.

Então o caminho certo seria

aplicar todos os seus estudos

na composição de um espe-

táculo afiado, que ele até já

levou para festivais nacionais

e internacionais.

Hoje, a família vive de levar

mágica e sorrisos para as

pessoas a partir de eventos

para o mercado infantil da

forma mais compacta pos-

sível. “Aprendi na rua que é

necessário carregar o menor

peso possível, então o nosso

carro-chefe é planejado para

se adaptar a vários espaços”.

Garrett hoje faz a maioria

das suas apresentações em

em ambientes privados e

chama a atenção por vendê-

-las como o “espetáculo mais

portátil da cidade”.

Ainda sem um espaço físico,

a companhia familiar se

instala dentro de festas,

escolas, bibliotecas e até salas

de apartamentos pequenos.

Mesmo com a diferença do

modo como exercia sua pro-

fissão no começo da carrei-

ra, o palhaço ainda carrega

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