JornalValor--- Página 4 da edição"07/04/20201a CADA" ---- Impressa por ccassianoàs 06/04/2020@21:33:1 8
A4| Valor|Terça-feira, 7 de abrilde 2020
Brasil
Postos pedem quebra de fidelidade para
vender combustível de distribuidoras
CLAUDIO BELLI/VALOR
Wilson Canolevou a tradiçãoda Cepalpara a base da economiana Unicamp
AndréRamalho
Do Rio
O setor de postosde combustí-
veis, por meio de seus sindicatos
regionais, entroucom pedido na
Agência Nacionaldo Petróleo
(ANP) para que o órgão regulador
suspenda, temporariamente, a
obrigatoriedade da fidelidade à
bandeira. Em meio à crise do mer-
cado,desencadeadapelapande-
mia do coronavírus,revendedores
acusam seus fornecedores de não
repassarem as alterações de preço
da Petrobras equerem liberdade
para comprarde quemquiser,in-
dependentemente da bandeira
queostentememseuspostos.
Hoje, um posto“bandeirado” só
podeadquirir e vendercombustí-
vel fornecido pelo distribuidor
comoqualpossuiacordoparaexi-
bição da marca. Segundoo ofício
enviadoà ANP,os postosdestacam
que adiscrepância nos preços de
comprapraticadospelasdistribui-
doraschega a cercade R$ 0,40 no
casododieseleaR$0,25nagasoli-
na.Comacrise,ficouinsustentável
manter acompetição com os pos-
tos bandeiras brancas, que em ge-
raltêmmaisopçõesdecompra.
“Considerando que,em uma
situação de concorrência nor-
mal,avariaçãodosvaloresjápro-
duz resultadossignificativos,o
que dizerentãoquandose tem
umaquedano faturamentoen-
tre50%a80%?”,questionamos
sindicatos,emdocumentoenvia-
do à ANP. No ofício, os postos
lembramque, em maiode 2018,
em meioàgreve dos caminho-
neiros,a ANP já havia permitido
aflexibilizaçãodafidelidade.
Os postos revendedores acusam
as grandes distribuidoras de não
repassarem, “namesmaintensida-
deevelocidade”asquedasdospre-
ços da Petrobras, nas refinarias. Os
sindicatos vinculados à Federação
Nacionaldo Comércio de Com-
bustíveis ede Lubrificantes(Fe-
combustíveis) encaminharamofí-
cio tambéma BR,Ipiranga, Raízen
eAle pedindoparaque revejam
seus preços epolíticas comerciais,
“de modoa assegurar queos pos-
tosbandeiradospossamsemanter
efetivamentecompetitivos”.
Os revendedorespedemque,
caso não seja possívelrestabele-
cer oequilíbrio econômico-fi-
nanceirodos contratos,que os
postospossamrescindir os acor-
dosdefidelidadesemmultas.
Aolongodasúltimassemanas,
as três principaisdistribuidoras
dopaís—BR,IpirangaeRaízen—
lançaram iniciativas para dar
apoioa seus revendedores. Den-
tre outrasmedidas,as empresas
anteciparamrecebíveis,adiaram
ou parcelaram a cobrança de
contratos de locaçãoe dos royal-
ties etaxa de marketingdas fran-
quias.No ofício, contudo,os re-
vendedoresconsideramque as
medidas“têmse reveladoinsufi-
cientespara restabeleceroequi-
líbriocontratualcom os postos
bandeirados”.Os postosargu-
mentam que o setorprecisare-
duziros custosde aquisiçãodos
combustíveis,que representam,
em média,maisde 80% do custo
totaldeoperaçãodarevenda.
ARaízenpreferiunãocomentar,
enquanto a Ipiranga não respon-
deuatéaconclusãodestaedição.A
BR esclareceu que monitoraoce-
nário e “está a postos, identifican-
domedidasquepossammitigaros
impactos dessa situação excepcio-
nal”. Alegou,ainda,que não decla-
rouforçamaiorenemsequercogi-
toucancelarseuscontratosequeo
momento“exigeunião”.
3D CriarB
99FoodB
AirbusB
AlemoldeB
AlpargatasB
ÂnimaEducaçãoB
AppleB
ArcherConsultingB
Arko AdviceA
AutoAnalysisB
AZPlastB
AzulB
B3C
Bancodo BrasilA14, B10,
C1, C
BancoVotorantimC
BarclaysA
Barral M JorgeA
BenfeitoriaB
BNDESA14, B4, B8, B
BoeingB
BradescoB1, C1, C
BraskemB1, B
BRFB1, B
BTG PactualC
CaixaA14, C
CalçadosBibiB
CampariGroupB
CanvasC
CompanhiaNacionaldo
ÁlcoolB
CosanB
CPFLB
CristalEmbalagensB
DaimlerB
DaycovalC
DowB
EmplasB
EngieBrasilA
EpemaB
FitchC
FitesaB
FolhaparB
FordB
GAPAssetC
General MotorsB
GolB1, B
GoldmanSachsA6, C
GoogleB
GPAB
GrupoChiaccioB
GrupoMantiqueiraB
GrupoSãoMartinhoB
HDIB
HedgeInvestmentsC
HuaweiA
iFoodB
IndústriasReunidas
Raymundoda FonteB
InglezaB
Inter.BB
ItaúB1, C1, C
JPMorganC
LatamB
LocalizaB
Lojas AmericanasB
Lojas RennerB
LS TractorB
MagazineLuizaB
MagnesitaB
MarisaB
MauserB
Moody'sC
Morgan StanleyC
MRVB
NewsulB
NissanB
NovartisB
OdebrechtB
PagSeguroB
Pãode AçúcarB
PlásticoItáliaB
PlimaxB
Porto SeguroB
PwC BrasilB
RaízenB1, B
Raízes-VibraçoB
RappiB
RBRC
RennerB
RHIB
RHIMagnesitaB
RiachueloB
RolandBergerA
S&PGlobal RatingsC
SalesforceB
SantanderA6, B1, C
SaraivaB
ShellB
SoroplastB
SpaceExploration
TechnologiesB
SR EmbalagensB
Standard & Poor’sA
State GridBrazilB
StefaniniB
SulAméricaC
SuzanoB
TeslaB
TripoliLogísticaB
UberEatsB
UnicaB
UnileverB
UOLB
UqbarB
VerdeC
VolkswagenB
XP InvestimentosB9, C
ZoomVideo
CommunicationsB
Índicede empresascitadasemtextosnestaedição
IMPACTOSDO
CORONAVÍRUS
Pedro Cafardo
É uma bênçãoquando
on
o
1 sabedar ordens
“Éumainfelicidade
quandoo n
o
2 temque
tomara iniciativa”
C
hegaráodiaemque
ospaulistanos
lotarãoaavenida
Paulista,oscariocas
superlotarãoas
praiasdeCopacabanae
Ipanemaeosbrasileiros,em
geral,sairãoàsruaspara
comemoraro“DiadaVitoria”.
Muitos,comlágrimasnos
olhos,esquecerãosuacondição
depetistaoubolsonarista,de
esquerdaoudireitaese
abraçarãonaviapública.Como
nofimdaSegundaGuerra,um
marinheirouniformizado
beijaráumajovemenfermeira
nocaisdoportodeSantos,a
exemplodoqueumamericano
feznaTimeSquare,em
1945.
Sim, esse dia da vitória,que
na verdadeserá a derrotado
coronavírus,vai chegar.
Acredita-se,porém, que não
haverá um únicodia D dessa
vitória,porquea retomadaserá
graduale tambémem tempos
diferentes, dependendodo
país e da cidade. Em Wuhan, na
China,por exemplo, as
comemoraçõesjá começaram.
Seja comofor, haverá um
momentoem que, a um sinal
das autoridades da área da
saúde,a vida voltaráao
normal.Estaremoslivresdas
quarentenase dos isolamentos
sociais,sem riscosde morrer
por deficiênciarespiratória.
Estaráterminada uma batalha
globalnuncaantestravada
pela humanidade com
tamanhaintensidade,
caracterizadade um lado por
um únicoinimigo, poderoso, e,
de outro, por quase 8 bilhões
de terráqueos.
Ascriançaseosjovens
voltarãoàsescolassaindo
cedinhodecasa.Asigrejas
reabrirãosuasportaspara
reunirseusfiéis.Os
“farialimers”esimilares
retornarãoaosescritórios
refrigeradoseosoperários,às
fábricas.Oscasaisvoltarãoa
entrarnassalasdecinemacom
enormessacosdepipoca.Os
fanáticosporfutebolvoltarão
aosestádiosparaberrarafavor
econtraseustimes—os
técnicosvoltarãoaser
chamadosdeburros,easmães
dosárbitros,desrespeitadas.
Novoslivros,unsbonse
outrosnemtanto,baseadosem
vidarealouemficções
imaginadasnosmomentosde
solidão,chegarãoàslivrarias.
Compositoresmostrarão
músicastambémcriadasno
desalentodaquarentena.
Algumasdelasnosfarãochorar.
Aviões voltarãoa decolar
cheiosde turistas—inclusive,
com empregadas domésticas
—, levandofilhosà Disney.
Baresficarãocheiosde
jovense idososfalandoalto.
Restaurantes finosreabrirão
suas portas,reescreverãoseus
cardápioscom preços
assustadorese reorganizarão
filas de espera.
Filas também voltarãoàs
lojaslotéricas,de pessoascom
esperança de acertar na
Mega-Sena.Os shopping
centersrecuperarão seu
públicofiel, que maispasseia
do que compra.Os bailesfunk,
demonstraçãoculturaldas
periferias,retomarãoseus
batidõesbarulhentos. O
trânsitodas grandescidades
voltaráa ser infernal,as
estradasficarão
congestionadasnos fins de
semana,e as bicicletas
reaparecerãoem grande
número.
A melhornotíciade
todas,porém,éacertezade
que, novemesesdepois do
isolamento, o índicede
natalidadeaumentará
muitoem todoo mundo.
Milhõesde bebêsvirão
substituirvidastristemente
perdidase darãoinícioà
geraçãopós-corona.Serãoos
novos“babyboomers”, talvez
tão numerososquantono
pós-guerra,e que não terãoas
lembranças terríveisde seus
pais e avós sobreessestempos
de doença,isolamentoe
sofrimento. Nemsofrerãocom
a memóriade tantasperdasde
pessoasqueridas.
Orgulhosade seus avanços
tecnológicosem todasas áreas,
inclusivena da medicina,a
atualgeraçãonuncaimaginou
que seriaencurraladae
ameaçadanão pela bomba
atômicaou pelasarmas
químicasdos ditadores,mas
sim por uma microscópica
proteínacobertade finíssima
camadadegordura,umvírus.
O
sparágrafosacima
nãosãodevaneios.
Écertoqueessa
vitóriasobreovírus
virámaiscedoou
maistarde,aindaqueseja
gradualequenãotenhamos
umdiaDequemilharesde
bravossoldadosfiquempelo
caminho.Etodooesforçodas
pessoassensatas,neste
momento,éparaqueessa
vitóriavenhaomaiscedo
possível.
Infelizmente,aPresidência
daRepúblicaaindatenta
convenceraopiniãopúblicade
queseussubordinadosestão
erradosemsuasdeterminações
deisolamentosocialamplo.
VárioschefesdeEstadoque
tinhamopiniãosemelhante
mudaramdeideiaàmedida
queoimpactodapandemia
aumentavaemseuspaíses.
Nãoháespaço,num
momentocomoeste,para
contestaçõesleigascontra
determinaçõesdaciência.Vale,
então,fazerumacitaçãode
umagrandepersonalidadedo
século20:
“O podernumacrise
nacional,quando um homem
acreditasaberque ordens
devemser dadas,é uma
bênção. Em qualquer esferade
ação, não há comparaçãoentre
as posiçõesdo número um e
dos númerosdois,três ou
quatro. Os deverese problemas
de todasas pessoasque não são
o númeroum, são muito
diferentese, sob muitos
aspectos,maisdifíceis.É
sempreuma infelicidade
quandoo númerodois ou o
númerotrês têm que tomara
iniciativade um planoou de
uma medidade peso.
Ele tem que considerarnão
apenasos méritosda medida,
mas tambéma cabeça
do chefe;não apenaso que
deve recomendarem sua
posiçãoe não apenas o que
fazer, mas tambémo modode
obteranuência para isso e o
modode conseguirque seja
executado”.
A citaçãoentreaspasé de
WinstonChurchill,o poderoso
primeiro-ministro britânico
um dos líderesdos países
aliadosdurantea Segunda
Guerra.A declaração está em
seu monumentallivro de seis
volumes,“Memóriasda
SegundaGuerraMundial”,
algumaspáginasantesde citar
sua famosafrasedita na
Câmarados Comuns— “Nada
tenhoa oferecersenãosangue,
trabalho, suor e lágrimas”—ao
conclamaro país para a vitória
contraAdolfHitler.
Emqualquertempoda
história,semdúvida,éuma
bênçãoquandoonúmeroum
sabequaisordensdevemser
dadas.Nestemomento,seria
imprescindível.
Pedro Cafardoé editor-executivo do
Valor Econômico
E-mail:[email protected]
Morre aos83 anoso economistaWilsonCano
Memória
Anaïs Fernandes
De São Paulo
Morreu na sexta-feira (3) o pro-
fessorWilson Cano, um dos cria-
dores do Instituto de Economia
(IE) da UniversidadeEstadual de
Campinas(Unicamp)epesquisa-
dordodesenvolvimentoeconômi-
co eindustrial brasileiro. Canoti-
nha83anosesofreuuminfarto.
Formadoem economiapela
PUC-SP em 1962, chegouà Uni-
campem1968,aconvitedeZeferi-
noVaz,reitorqueconduziuacons-
truçãoda universidade. Canoaju-
dou afundar oDepartamentode
Planejamento Econômico e Social,
no Instituto de Filosofiae Ciências
Humanas (IFCH), tendosido chefe
da área de economiado instituto
em 1975 e1976ediretor do IFCH
de 1976a1980. Quatro anosde-
pois,participoudacriaçãodoIE.
Em meioà ditadura militar, Ca-
no planejava se mudar para oChi-
le, ondetrabalhariapela Comissão
Econômica paraAmérica Latina
(Cepal). Adiou a mudança para
ajudarnaestruturaçãodocursona
Unicamp eacabou ficando. Por lá,
fez do mestradoàlivre-docência.
Frutodesuatesededoutorado,em
1975, “Raízes da ConcentraçãoIn-
dustrialem São Paulo”éc onside-
radoumclássico.
Caçula entreseis irmãos,Cano
viveuumainfânciamodestanoTu-
curuvi (zona norte de São Paulo) e
começou a trabalhar cedo. Prestou
economia para entenderas trans-
formações pelas quaisopaís pas-
sava, engatandoindustrialização e
urbanização da era Getulio Vargas
aJuscelinoKubitschek.
Mas foi em um curso da Cepal
que Cano encontrouos caminhos
que buscava. “Conheci um Brasil e
umaAméricaLatinaqueaindanão
conhecia porque as escolasbrasi-
leirasselimitavamatransplantaro
que vinhade fora,semfazerum
diagnóstico de nosso subdesen-
volvimento”, disseem entrevista à
Unicamp em 2008,quando virou
pesquisador emérito peloConse-
lho Nacional de Desenvolvimento
CientíficoeTecnológico(CNPq).
Na Cepal, entrou em contato
com opensamento de CelsoFurta-
do ecom professores queoin-
fluenciaram, como Maria da Con-
ceiçãoTavares e Carlos Lessa. Tor-
nou-se professor da entidade e mi-
nistrou aulas a futuros colegas de
Unicamp, como Luiz GonzagaBel-
luzzo, João Manuel Cardoso de
MelloeFaustoCastilho.
Em rodasde bar,oscepalinos
imaginavam um curso de econo-
mia que valorizasse o olhar crítico,
mas a ditadura era como“alguém
que chega comumgolpe de água
fria em cima daquela festae todo
mundo fica molhado econgela-
do”,disseCano em entrevista.Nes-
secontexto,surgiuoconvitedeZe-
ferino. “Foi um trabalho diferente,
feito commodéstia, discutíamos
tesescoletivamente”,dizBelluzzo.
EmentrevistaaoValorem2014,
Canocriticouafaltadepolíticana-
cional de desenvolvimento. “Se vo-
cê está destruindo a sua indústria,
encolhendo cadeias produtivas,
importandoas coisas maiscom-
plexas e maiscaras e deixando a
coisa maisfácil esimples parase
fazeraqui,queciênciaetecnologia
vai embutir aqui?”, questionou.
“Ele tinha essa visão das relações
entre economia nacional e inter-
nacional que étradição cepalina,
depensarquehádominantesede-
pendentes, ele foi um dos mestres
dessadiscussão",afirmaBelluzzo.
Canoaposentou-se em 2008,
mas seguiucomoprofessor cola-
borador. Desde 2017lutava contra
um câncer. Foi sepultado no dia 4
em Campinas, informoua Fapesp,
onde Cano integrouoConselho
Superiorde 1990 a1997.Deixa es-
posa,trêsfilhoseseisnetos.
STFexigeaval desindicatopara redução salarial
Isadora Peron e Luísa Martins
De Brasília
OministroRicardoLewandows-
ki, do SupremoTribunal Federal
(STF), determinouque as reduções
de salário eas uspensão temporá-
ria do contrato de trabalho feitas
por acordoindividual sejam co-
municadas aos sindicatos em dez
dias. Amanifestaçãofoi feita em
umaaçãoimpetradapeloRede.
Na decisão,oministroafirma
que,casoo sindicatoassimen-
tender,apósanotificação,elepo-
derá deflagraranegociaçãocole-
tiva. É oque defendiaa siglano
pedido.Para aRede, reduçãode
remuneração só seria possível
mediantenegociaçãocoletiva.
A decisão é liminaredeveráser
submetidaao plenário. Na peça,a
Redepediaparaque trechosda
medidaprovisória(MP)936,edita-
dapelogovernoparaevitardemis-
sões em meioàpandemia do novo
coronavírus,fossemsuspensos.
Segundo Lewandowski, os
“acordosindividuaissomentese
convalidarão, ou seja, apenas
surtirãoefeitos jurídicosplenos
apósa manifestaçãodos sindica-
tosdosempregados”.
Oministroapontaque pretende,
comessa “solução”,“preservar ao
máximoo ato normativoimpugna-
do” pelopartido,masretirara“prin-
cipal inconstitucionalidade”exis-
tentenotexto“aomesmotempoem
que se busca resguardaros direitos
dos trabalhadores, evitandoretro-
cessos”.“Emais:almeja-se,comasaí-
da proposta, promover asegurança
jurídica de todosos envolvidos na
negociação, especialmente necessá-
rianestaquadrahistóricatãorepleta
deperplexidades”, diz.
Para Lewandowski, “o afasta-
mento dos sindicatosde nego-
ciações, entreempregadores e
empregados,com opotencialde
causarsensíveisprejuízosa estes
últimos, contraria apróprialógi-
ca subjacenteao Direitodo Tra-
balho, que parteda premissada
desigualdadeestruturalentreos
doispolosdarelaçãolaboral”.
Ele, no entanto,afirma que “o
combate aos efeitos deletérios da
pandemiaque grassa entrenós e
em todo o mundo,exige imagina-
ção e flexibilidade, sem que se pas-
se ao largodas recomendações
emitidas por organismos interna-
cionais especializados,como aOr-
ganização Internacional do Traba-
lho (OIT), bem assim das medidas
adotadasporoutrospaíses”.
CANAL UNICO PDF - ACESSE: T.ME/JORNAISEREVISTAS