Fascinante e vital, o líquido que se encontra em situação crítica de escassez e degradação é seu foco
de pesquisas. Os estudos sobre a água e seu comportamento a colocaram na lista das sete cientistas que
moldam o mundo, elaborada pela ONU Mulher. Eleita uma das 20 mulheres mais poderosas do Brasil em
2020 pela revista Forbes, percorreu seu trajeto com vigor desde a fonte.
A infância no Rio de Janeiro foi levada em correnteza a Porto Alegre (RS).
As primeiras gotas de ciência vieram na época de escola, em um laboratório montado por um
professor. Depois, decidida, mergulhou na graduação, no mestrado e no doutorado em Física pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Com suas pesquisas, a chuva de reconhecimentos caiu abundante. Recebeu o Prêmio Para mulheres
na Ciência, da L’Oréal-Unesco, foi eleita membro titular da Academia Brasileira e da Academia Mundial de
Ciências, do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, das sociedades Brasileira e Americana de Física,
além de ser comendadora da Ordem Nacional do Mérito Científico.
Professora titular do Instituto de Física da UFRGS, navega firme entre ondas bravias e não receia
enfrentar tempestades. Inspira seus alunos a lidar com o suor e as lágrimas do trabalho científico.
Água que nutre e lava. Que move e purifica. Para a mulher, como a ciência, sacia.
Marcia Cristina Bernardes Barbosa