Até ser premiada com o Para Mulheres na Ciência, da L’Oréal-Unesco, e se tornar membro afiliada
da Academia Brasileira de Ciências, foram vários passos dados com precisão, remetendo às jogadas
de xadrez que aprendera com seu avô. Um acidente vascular cerebral roubou as habilidades motoras
daquele que tanto lhe ensinava e foi impulso para a escolha profissional da adolescente. Trazia em si a
vontade de ajudar pessoas a se reabilitarem.
A estudante determinada optou pela graduação em Fisioterapia pelo Centro Universitário de Belo
Horizonte (UniBH), e na metade do curso sentiu afinidade pela pesquisa científica. Fez mestrado e
doutorado em Ciências Biológicas/Microbiologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Saiu pela primeira vez do país a estudo, fazendo uma parte do doutorado no Singapore-MIT Alliance
for Research and Technology (SMART), em Singapura. A meta era viver em sua cidade natal, Belo
Horizonte, e ser professora na UFMG. Para isso, precisaria de mais experiência.
A linha de pesquisa escolhida para o pós-doutorado a levou mais uma vez ao país do sudeste
asiático. Na SMART pesquisou doenças infecciosas e, de volta ao Brasil, fez outro pós-doutorado em
Bioquímica e Imunologia pela UFMG.
Estava preparada e guardava as palavras de seu pai: “A oportunidade é um cavalo arriado que passa”.
Assim, graças a sua perseverança, assumiu a vaga que tanto sonhava. É professora adjunta do Instituto de
Ciências Biológicas da UFMG. Xeque-mate.Vivian Vasconcelos Costa