A agonia de ser como lagarta, que não sonha as cores de asas que virão, mas tendo
domínio do processo, causava coceira nos pensamentos. Inquieta era. Sentava consigo a
cogitar escolhas. Remexia a caixa de respostas dentro de si, colocava umas por cima das
outras, punha lado a lado para comparar, como fazia com os adornos de pedras coloridas
da mãe, quando tinha vontade de se sentir mulherzinha. Outras vezes bagunçava tudo e
mirava um quase-desistir. Queria alongar a criancice já se esvaindo do corpo e, ao mesmo
tempo, tocar com a ponta do dedo o desconhecido futuro.
A pergunta lhe fazia voltas e trazia à tona outras tantas. Talvez fosse isso!
Perguntadeira seria!