ABMLP
JUCELIA ABREU
Essência poética
Redundância em meus eus a apreciar
Faz-se real, e vives em todo intento,
O atômico inserido na beleza do versar.
Adepto? Só para quem é desatento...
Canção em noite de torrente para ninar
A página emula ais do sentimento
A alma expele, e reporta a desvirginar.
Desagua no átrio do firmamento.
Amar poesia é ter amor próprio
Como um moinho a boquejar
É regar no íntimo profundo o brio
Ser genuíno esfolha o expressar.
Intrínseco cristalino aquece com amor,
Em uníssono cantilena abrolhar da flor.
No farol o rubro poente sorve a poesia,
Brilha o ébano com maestria.