O Estado de São Paulo (2020-04-11)

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O ESTADO DE S. PAULO SÁBADO, 11 DE ABRIL DE 2020 NotaseInformações A


U


ma decisão do ministro do Supre-
mo Tribunal Federal (STF) Ale-
xandre de Moraes, em caráter li-
minar, impede que o presidente
Jair Bolsonaro suspenda unilate-
ralmente as medidas de isolamen-
to tomadas por Estados e municípios para en-
frentar a pandemia de covid-19. No entender do
ministro, o presidente da República, caso resolva
levar adiante sua ameaça de realizar esse tipo de
intervenção nos entes subnacionais, estará vio-
lando preceitos constitucionais como a proteção
à saúde e o respeito ao federalismo e a suas re-
gras de distribuição de competências.
O ministro enfatizou que é justamente em
“momentos de acentuada crise” como este que
se faz mais necessário o espírito de cooperação
entre os Poderes e os entes federativos, “em defe-
sa do interesse público” e “sempre com absoluto
respeito aos mecanismos constitucionais de equi-
líbrio institucional”, de modo a evitar o “exacer-
bamento de quaisquer personalismos prejudi-
ciais à condução das políticas públicas essenciais
ao combate da pandemia de covid-19” – referên-
cia clara às atitudes de Bolsonaro, que vive a se
jactar do poder da caneta presidencial.


Em seu despacho, o ministro Alexandre de Mo-
raes observa, no entanto, que “lamentavelmente”
é “fato notório a grave divergência de posiciona-
mentos entre autoridades de níveis federativos di-
versos e, inclusive, entre autoridades federais com-
ponentes do mesmo nível de go-
verno”, aludindo ao confronto pú-
blico entre Bolsonaro e seu minis-
tro da Saúde, Luiz Henrique Man-
detta, acerca do melhor modo de
conter a pandemia. Na opinião do
ministro do STF, isso acarreta “in-
segurança, intranquilidade e justifi-
cado receio em toda a sociedade”.
O ministro salientou, ademais,
que as decisões tomadas por Esta-
dos e municípios são “reconheci-
damente eficazes” contra a epide-
mia, em consonância com as reco-
mendações da Organização Mun-
dial da Saúde e da maioria absoluta dos mais res-
peitados institutos científicos do mundo.
Em resumo, a decisão do ministro Alexandre
de Moraes é essencialmente correta nos seus as-
pectos legais e muito oportuna em suas observa-
ções a propósito da necessidade premente de uni-

ficar o discurso das autoridades na sustentação
do isolamento social como única forma efetiva,
no momento, de atrasar o previsível colapso do
sistema de saúde.
O presidente Bolsonaro havia dito, há alguns
dias, que tinha pronto sobre sua
mesa um decreto por meio do
qual obrigaria Estados e municí-
pios a suspenderem as medidas
restritivas. Na ocasião, ele mesmo
reconhecia que o decreto poderia
ensejar “sanções” contra ele e que
esperava “o povo pedir mais” para
assiná-lo. Anteontem, voltou a to-
car no assunto, para dizer que es-
tuda transformar o decreto em
projeto de lei, “e mandar para o
Parlamento decidir”. Ou seja, não
desistiu da ideia de atropelar a au-
tonomia de Estados e municípios
para estabelecer medidas de isolamento social.
À TV Bandeirantes, na quarta-feira passada,
Bolsonaro voltou a dizer que governadores e pre-
feitos que “tomaram medidas em desacordo
com a população têm que refazer seu programa e
voltar a abrir o comércio”. Mais tarde, em pro-

nunciamento em rede nacional, Bolsonaro disse
que “o governo federal não foi consultado” pelos
governadores a respeito das medidas de isola-
mento social e que, portanto, essas “são de res-
ponsabilidade exclusiva dos mesmos”. Aposta as-
sim, mais uma vez, na politização da crise, ao jo-
gar na conta das autoridades estaduais e munici-
pais os terríveis efeitos econômicos do isolamen-
to, como se houvesse alternativa a essas medi-
das, adotadas em quase todo o mundo ante a es-
calada da pandemia.
Mas o presidente, já se sabe, só está preocupa-
do em afastar de si qualquer responsabilidade pe-
la crise. Para isso, não se importa em ameaçar o
princípio federativo previsto na Constituição
nem em estimular, em rede nacional, o consumo
de um remédio cuja eficácia ainda não foi com-
provada e que, por outro lado, provoca perigosos
efeitos colaterais.
Ao mesmo tempo, Bolsonaro exigiu de seu
ministro da Saúde que passe a adotar um dis-
curso otimista. Não será fácil. Se algo inspira
algum otimismo neste momento, é a certeza
de que as instituições, como o Supremo e o
Congresso, são capazes de proteger o País das
investidas irresponsáveis do presidente.

D


epois de ter
ironizado o
modo como os
chineses fa-
lam, postando
no Twitter um
texto preconceituoso que de-
flagrou uma crise diplomática
entre a China e o Brasil, o mi-
nistro da Educação, Abraham
Weintraub, voltou a incidir
no mesmo erro. Desta vez, tra-
tou de modo debochado
quem o criticou por manter
as provas do Exame Nacional
do Ensino Médio (Enem) de
2020 nas datas definidas em
2019, sem levar em conta as
restrições de circulação im-
postas pela pandemia do no-
vo coronavírus durante o pri-
meiro semestre letivo.
“Um monte de partideco
de esquerda já começou a ‘bo-
tar pilha’ contra a realização
do Enem. Se não tiver Enem,
você quebra a expectativa de
5 milhões de pessoas. Quan-
do você não tem expectativa,
é facilmente cooptado. Como
eles (os governos de esquerda)
destruíram a economia, ago-
ra tentam quebrar as expecta-
tivas e mostrar para as pes-
soas que o destino é som-
brio” por causa do coronaví-
rus, disse ele.
Entre outros alvos, o minis-
tro mirou na União Nacional
dos Estudantes (UNE), que
reivindicou novas datas para
o Enem de 2020. Acabou atin-
gindo os secretários estaduais
de Educação, que são os prin-
cipais gestores das redes de
ensino básico no País. Os se-
cretários integram governos
vinculados aos mais variados
partidos, inclusive aquele em
que o candidato Jair Bolsona-


ro se inscreveu para disputar
a Presidência da República.
Com seu deboche, o minis-
tro não só mostrou por que é
objeto de ações judiciais nos
tribunais e de um pedido de
impeachment no Legislativo,
como também evidenciou o
desconhecimento da impor-
tância do cargo que ocupa pa-
ra a emancipação intelectual
das novas gerações. Ao rece-
ber pedido de remarcação do
Enem, a principal porta de en-
trada para as universidades pú-
blicas, ele tratou a questão pe-
lo ângulo ideológico. Em mo-
mento algum compreendeu
que sua insistência na realiza-
ção das provas nas datas mar-

cadas prejudicará os alunos
mais pobres, egressos da rede
pública – justamente a que
mais tem enfrentado dificulda-
des para substituir o ensino
presencial pelo ensino a dis-
tância, por causa da pande-
mia. De todos os alunos do en-
sino médio, 80% – o equivalen-
te a 16 milhões de jovens –
vêm da rede pública.
“Muitos desses jovens nem
têm acesso às ferramentas ne-
cessárias para atividades vir-
tuais e sabemos que o aprovei-
tamento da aprendizagem fica
defasado em relação às ativida-
des presenciais”, disse, em no-
ta, o Conselho Nacional dos
Secretários de Educação (Con-
sed). A entidade também pe-
diu que, por causa da pande-
mia, o MEC garantisse a isen-

ção da taxa de inscrição para
todos os estudantes. A isen-
ção é assegurada aos alunos
pobres, mas tem de ser feita
por via eletrônica. Segundo o
Consed, o número de alunos
do ensino médio sem acesso à
internet é significativo.
Weintraub prima não ape-
nas por rompantes ideológi-
cos e pelo modo vulgar como
se comporta nas redes so-
ciais, mas, também, por sua
incompetência administrati-
va. A maior parte dos progra-
mas que anunciou desde que
assumiu o MEC, há um ano,
como é o caso do Future-se,
não saiu do papel. No pouco
que fez de concreto, como a
mudança dos critérios de dis-
tribuição de bolsas de mestra-
do e doutorado e a redução
do fomento à área de ciên-
cias humanas, foi acusado
por universidades e entida-
des científicas de ter desorga-
nizado o sistema de pós-gra-
duação nacional.
Já as críticas dos secretá-
rios estaduais de Educação
são procedentes. Segundo
eles, em vez de se prender a
uma questão de logística, in-
sistindo em manter o calendá-
rio do Enem independente-
mente dos problemas causa-
dos pelo coronavírus, o minis-
tro deveria ter encarado o pe-
dido de remarcação das pro-
vas pelo ângulo da “justiça so-
cial”. Ao teimar em manter as
datas da prova e atribuir as
críticas que sofreu ao “monte
de partideco de esquerda”,
ele errou mais uma vez, já que
sua decisão ampliará ainda
mais as desigualdades entre
os candidatos a uma vaga no
ensino superior público.

E


m razão da pan-
demia do novo
coronavírus, foi
decretado estado
de calamidade
pública em todo
o território nacional. São tem-
pos excepcionais, que pedem
medidas emergenciais em vá-
rias áreas. Com urgência, é pre-
ciso fortalecer o sistema de
saúde, socorrer os mais vulne-
ráveis e preservar, tanto quan-
to possível, empregos e empre-
sas. No entanto, como se não
bastassem os muitos desafios
do cenário atual, há quem atue
para dificultar ainda mais a rea-
ção à pandemia e a seus danos
sociais e econômicos. Em ação
impetrada pelo partido Rede
Sustentabilidade, o ministro
do Supremo Tribunal Federal
(STF) Ricardo Lewandowski
condicionou, por meio de me-
dida liminar, a validade dos
acordos individuais de redu-
ção de jornada de trabalho e
de salário ou de suspensão
temporária de contrato de tra-
balho, previstos na Medida
Provisória (MP) 936/2020, ao
aval dos sindicatos.
Por meio da MP 936/2020, o
governo federal criou, no iní-
cio do mês, o Programa Emer-
gencial de Manutenção do Em-
prego e da Renda, que permite
a celebração de acordos indivi-
duais de redução de jornada
de trabalho e de salário ou de
suspensão temporária do con-
trato de trabalho. É uma medi-
da para facilitar a preservação
dos empregos. Segundo o tex-
to, esses acordos têm validade
imediata, precisando apenas
“ser comunicados pelos em-
pregadores ao respectivo sindi-
cato laboral”.

Na Ação Direta de Inconsti-
tucionalidade (Adin) 6.363, o
partido Rede Sustentabilidade
postulou, entre outros pontos,
que essa parte da MP 936/
viola direitos sociais previstos
na Carta Magna, devendo, por-
tanto, ser declarada inconstitu-
cional, “a fim de afastar o uso
de acordo individual para dis-
por sobre as medidas de redu-
ção de salário e suspensão de
contrato de trabalho”.
O ministro Ricardo Lewan-
dowski concordou com a ale-
gada inconstitucionalidade.
“A assimetria do poder de bar-
ganha que caracteriza as nego-
ciações entre empregador e
empregado permite antever

que disposições legais ou con-
tratuais que venham a reduzir
o desejável equilíbrio entre as
distintas partes da relação la-
boral, certamente, resultarão
em ofensa ao princípio da dig-
nidade da pessoa e ao postula-
do da valorização do trabalho
humano. (...) Por isso, a nor-
ma impugnada, tal como pos-
ta, a princípio, não pode sub-
sistir”, lê-se na decisão.
Concedendo em parte o pe-
dido do partido Rede Sustenta-
bilidade, o ministro Lewan-
dowski optou por fazer ajustes
no texto da MP 936/2020, para
“dar um mínimo de efetivida-
de à comunicação a ser feita ao
sindicato laboral na negocia-
ção. E a melhor forma de fazê-
lo, a meu sentir, consiste em in-
terpretar o texto da Medida

Provisória, aqui contestada,
no sentido de que os ‘acordos
individuais’ somente se conva-
lidarão, ou seja, apenas surti-
rão efeitos jurídicos plenos,
após a manifestação dos sindi-
catos dos empregados”. Em ca-
so de rejeição do acordo indivi-
dual, caberá ao sindicato defla-
grar a negociação coletiva.
Com a liminar do ministro
Ricardo Lewandowski, deixa
de haver a imediata aplicação
dos acordos, como previsto na
MP 936/2020. Cada acordo te-
rá de esperar a manifestação
do respectivo sindicato. Ba-
seando-se no prazo previsto
pela Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) para os acor-
dos coletivos, a decisão fixou
em oito dias o prazo para a ma-
nifestação sindical.
Além de retardar a produ-
ção dos efeitos dos acordos in-
dividuais, a decisão do minis-
tro Ricardo Lewandowski ge-
ra insegurança jurídica. No
dia em que a decisão foi profe-
rida, mais de 7 mil acordos in-
dividuais para redução de jor-
nada e salário ou suspensão
de contrato já haviam sido re-
gistrados na plataforma Em-
pregador Web, segundo apu-
rou o Estadão/Broadcast. Tal
como previsto pela MP
936/2020, esses acordos já es-
tavam valendo, mesmo sem a
anuência dos sindicatos.
Sob o argumento de prote-
ger direitos trabalhistas, a deci-
são do ministro Ricardo
Lewandowski deixa trabalha-
dores à deriva, esperando que
os sindicatos se manifestem.
A pandemia do novo coronaví-
rus não foi informada dessa
nova condição e tampouco
dos prazos da CLT.

O papel de cada um


ANTONIO CARLOS PEREIRA / DIRETOR DE OPINIÃO

Segundo Lewandowski,
cada acordo previsto na
MP 936 terá de esperar
a manifestação sindical

Notas & Informações


O Enem e o deboche de Weintraub


Ministro erra mais uma
vez ao recusar-se a
atender ao pedido dos
secretários estaduais

A pandemia não espera sindicato


lPandemia
Mil vítimas da covid-
Entrincheirado em seu bunker
digital, o presidente Jair Bolso-
naro defende o orçamento de
guerra e o isolamento vertical
contra a pandemia do novo
coronavírus. A base aliada do
governo conta com o apoio da
tropa de choque do presiden-
te para tentar evitar a pauta-
bomba de liberação de recur-
sos para Estados e municí-
pios. O gabinete do ódio dispa-
ra torpedos virtuais contra o
isolamento horizontal, defen-
dido pelo ministro da Saúde,
que é atingido por fogo ami-
go. Enquanto isso, as primei-
ras mil vítimas são enterradas
no Brasil real, em cenário de-
solador de isolamento social.
LUIZ ROBERTO DA COSTA JR.
[email protected]
CAMPINAS


Estados pedem ajuda
Nesta hora, Estados querem
mais dinheiro do governo fe-
deral. E o governo federal po-
deria aproveitar a oportunida-
de para exigir dos governado-
res medidas comprovadas de
redução das despesas de cus-


teio, em pelo menos 20%. E
os novos recursos não pode-
riam ser aplicados em despe-
sas correntes nem em redu-
ção de dívidas. Teriam de ser
direcionados a medidas de
combate à epidemia, exclusiva
e comprovadamente.
HARALD HELLMUTH
[email protected]
SÃO PAULO

Recuperação nacional
O Brasil está enfrentando o
maior desafio de sua História:
a pandemia e a crise que virá
na sequência. Não é difícil pre-
ver que teremos uma retração
sem precedentes do produto
interno bruto (PIB), uma ex-
plosão do desemprego e uma
enxurrada de falências. Isso
tudo, na verdade, já está acon-
tecendo, o ritmo da pandemia
está traçado, teremos mais
algumas semanas devastado-
ras antes que as coisas come-
cem a melhorar. E não há pre-
visões de como a devastação
econômica vai evoluir. Seria
ótimo se o governo apresen-
tasse um plano pós-pandemia,
visando à criação de empregos
e à prevenção das falências. A

retomada das atividades eco-
nômicas será lenta, com rit-
mos diferentes entre os diver-
sos setores. Levará muitos me-
ses para termos um cinema
lotado, por exemplo. Tudo is-
so tem de ser contemplado
num plano de recuperação na-
cional que o governo já deve-
ria estar elaborando. Temos
pouco tempo para preparar o
começo da retomada.
MÁRIO BARILÁ FILHO
[email protected]
SÃO PAULO

Liberação da cloroquina
A utilização do torniquete só
é recomendada num membro
do corpo que, como conse-
quência, poderá sofrer ampu-
tação, quando a morte por he-
morragia for inevitável. Por
analogia, é fácil responder à
pergunta do leitor sr. Geraldo
Siffert Júnior (Usar ou não
usar?, 10/4 ) sobre a autoriza-
ção para ministrar a cloroqui-
na em pacientes em estado
terminal. Nessa questão, o pre-
feito de São Paulo, Bruno Co-
vas, se antecipou a liberar o
uso desse remédio, com a cor-
respondente indicação médica

e a autorização do paciente.
Mas entendo que, no caso, a
autorização deva ser da famí-
lia, pacientes em estado termi-
nal, por óbvio, perdem a con-
dição de assumir tal decisão.
ABEL PIRES RODRIGUES
[email protected]
RIO DE JANEIRO

Estruturas perenes
Ao ensejo da mensagem do
leitor sr. Luiz Antônio Alves
de Souza (Outro hospital fecha-
do, 10/4), lembro que desde
2015 o governo do Estado pla-
neja a reintegração de posse
do Hospital Panamericano, no
Alto de Pinheiros. Esse hospi-
tal já foi desapropriado e, antes
mesmo de ser invadido, o en-
tão governador Geraldo Alck-
min previa uma reforma de
R$ 50 milhões (http://g1.globo.
com/sao-paulo/noticia/2015/10/
reforma-do-hospital-panameri-
cano-nao-tem-data-para-come-
car.html). Para João Doria pen-
sar: que tal usar o dinheiro
dos hospitais provisórios para
estruturas perenes?
JULIANA BLAU
[email protected]
SÃO PAULO

Não é tão simples
Tenho lido as manifestações
de leitores neste Fórum sobre
a utilização dos hospitais fe-
chados na cidade de São Pau-
lo, como o Panamericano, o
Sorocabano e o Evaldo Foz,
fechados há mais de 20 anos.
Se houvesse tempo de refor-
má-los, essa seria uma boa op-
ção, claro. Porém a reforma e
adequação levaria muito mais
tempo que a montagem de
um hospital de campanha, no-
vo, higienizado e construído
de maneira apropriada para
tratar pacientes com doença
infectocontagiosa específica.
Não é só equipar um hospital
fechado para que ele possa ser
usado, é preciso trocar toda a
tubulação de água, verificar o
esgoto, trocar e adequar a fia-
ção elétrica e instalar filtros
especiais, entre outras obras.
Esses hospitais deveriam ser
reaproveitados, sim, são edifí-
cios sólidos que deveriam vol-
tar a ter utilidade pública.
Mas no meio da pandemia
não seria como hospitais.
BEATRIZ CARDOSO
[email protected]
SÃO PAULO

Não agora
Ainda a respeito da possível
utilização de antigos hospitais
que se encontram fechados na
cidade de São Paulo, de fato
há que levar em conta que os
hospitais de campanha são
erguidos muito rapidamente e
desenhados para as necessida-
des objetivas do momento.
Eles são térreos e o acesso é
direto para as ambulâncias,
que contam com grandes esta-
cionamentos disponíveis. Re-
formar hospitais fechados há
décadas é muito mais compli-
cado e demorado. Os elevado-
res não estão operacionais, o
desenho rígido das instalações
antigas é pouco funcional. Cla-
ro que os hospitais fechados
devem ser reabertos para uso
da população. Mas não para
uma situação de emergência
como esta.
FRANCISCO EDUARDO BRITTO
[email protected]
SÃO PAULO

Antes do novo coronavírus
Eu era feliz e não sabia!
MARIO MIGUEL
[email protected]
JUNDIAí

Fórum dos Leitores O ESTADO RESERVA-SE O DIREITO DE SELECIONAR E RESUMIR AS CARTAS. CORRESPONDÊNCIA SEM IDENTIFICAÇÃO (NOME, RG, ENDEREÇO E TELEFONE) SERÁ DESCONSIDERADA / E-MAIL: [email protected]

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