Adega - Edição 174 (2020-04)

(Antfer) #1

28 ADEGA >> Edição^174


MUNDOVINO |^


EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

Na mira da máfia
Operação policial vincula vinícola siciliana
à Cosa Nostra

Uma operação “antimáfia” apreendeu mais de € 70
milhões em ativos – incluindo vinhedos e edifícios –
que foram confiscados condicionalmente da vinícola
siciliana Feudo Arancio. A vinícola faz parte do Gruppo
Mezzacorona, com sede em Trentino, no norte da Itália,
e é um dos maiores grupos vinícolas do país, com mais
de 900 hectares de vinhedos nas províncias sicilianas de
Agrigento e Ragusa. Eles negam veementemente qualquer
irregularidade.
A Guardia di Finanza de Trento – uma agência italiana
do ministério da economia – tem investigado possíveis
ligações de lavagem de dinheiro entre Mezzacorona e o
grupo mafioso Cosa Nostra. A apreensão foi ordenada pelo
Tribunal de Trento após um apelo de um promotor que
estava investigando “a infiltração do crime organizado na
economia de Trentino”.
O grupo Mezzacorona refutou as alegações: “O
grupo Mezzacorona sempre cumpriu seu compromisso
empreendedor de maneira correta e séria e para proteger
seus membros, funcionários e acionistas”, disseram em
comunicado, que solicitava urgência à autoridade judicial,
para resolver o problema o mais rápido possível para
proteger a renda e o trabalho de 1.600 membros, 480
acionistas e 500 funcionários.
“Todas as operações nas vinhas e as atividades
comerciais de Feudo Arancio continuam normalmente.
O Gruppo Mezzacorona pede à autoridade judicial com
a máxima rapidez que os esclarecimentos sejam feitos o
mais rápido possível”.

Sem Ice Wine


na Alemanha
Segundo produtores, a culpa é das
mudanças climáticas

Não haverá Ice Wine na Alemanha na safra de


  1. E a culpa são das altas temperaturas nas
    regiões produtoras de vinho durante o inverno.
    “Devido ao inverno ameno, a temperatura
    mínima exigida para uma colheita de Ice Wine
    (-7°C) não foi atingida em nenhuma das 13
    regiãos vinícolas alemãs”, disse Ernst Büscher, do
    Instituto Alemão do Vinho (DWI).
    É a primeira safra da história em que o
    famoso “vinho do gelo” não foi produzido na
    Alemanha. De acordo com o DWI, apenas sete
    produtores puderam colher uvas para Ice Wine
    em todo o país em 2017, enquanto o inverno de
    2014/15 foi tão suave que o vinho de gelo da safra
    de 2014 também é uma raridade.
    E o futuro não parece muito promissor. “Se
    os invernos quentes continuarem nos próximos
    anos, os Ice Wines das regiões vinícolas alemãs
    logo se tornarão uma raridade ainda maior do
    que já são”, disse Büscher.
    O DWI diz que outro problema para a
    produção desse estilo de vinho é que, nos
    últimos anos, as datas para uma possível colheita



  • as épocas do ano em que a temperatura cai
    abaixo de -7°C – mudaram cada vez mais para
    janeiro e fevereiro, enquanto as uvas tenderam a
    amadurecer mais e mais cedo. “Como resultado,
    o período em que as uvas precisam sobreviver em
    um estado saudável até uma possível colheita é
    mais longo”, afirma o Instituto.

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