Adega - Edição 174 (2020-04)

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Consumo moderado de vinho pode
combater uma possível causa de Alzheimer?

VINHO E SAÚDE |


P


esquisas recentes sobre Alzheimerse
concentraram em uma possível
causa da doença: peptídeos
beta-amiloides. Foi demonstrado
que esses peptídeos – cadeias
curtas de aminoácidos – for-
mam placas no sistema ner-
voso central e podem estar
associadas ao desenvolvi-
mento da doença. E um
estudo da Coreia do Sul
mostra que o consumo
moderado de álcool pode
estar associado a níveis mais
baixos de beta-amiloides no
sistema nervoso.
Publicada na PLOS Medi-
cine, a pesquisa foi conduzida
por uma equipe da Universidade
Nacional de Seul e de váriasoutras
escolas coreanas, como parte do “Es-
tudo Coreano sobre Envelhecimento Ce-
rebral para o diagnóstico e previsão precoce
doença de Alzheimer”. Eles pesquisaram etes
ram 414 indivíduos recrutados em Seul em 201
com idades variando de 56 a 90.
Embora esses indivíduos não mostrassemd
mência ou doenças relacionadas ao álcool,apr
ximadamente um terço havia sido diagnostica
com algum grau de “comprometimento cogniti
vo leve”. Antes de testar a presença de amiloides
nos indivíduos, eles foram questionados sobre o
consumo médio de álcool. Para este estudo, os
pesquisadores definiram o consumo moderado de

Atacando


as CAUSAS


umaa 13doses (sendo a dose 10 gramas de
álcool,cerca de dois terços de uma taça
devinho) por semana. Os indivíduos
também foram avaliados por neu-
ropsicólogos e psiquiatras, e fato-
res adicionais de estilo de vida
foram analisados, incluindo
peso corporal, profissão, ren-
da e casos de depressão.
Para testar a presença
de amiloides no cérebro, os
pesquisadores usaram três
exames de imagem cere-
bral. Eles descobriram que a
ingestão moderada de álcool
durante a vida foi significa-
tivamente associada à menor
deposição de amiloide em com-
paração com a falta de bebida. Essa
conclusão foi tirada mesmo depois
quecompensaram os outros fatores de es-
tilodevidae excluíram os bebedores compul-
ivos e ex-bebedores dos resultados.
O grupo mostrou níveis mais baixos de peptí-
deosbeta-amiloides em comparação com aque-
esque bebiam menos de uma dose por semana,
queles que bebiam mais de 13 doses por semana
também com abstêmios. O estudo explica que
s efeitos potenciais do álcool nos beta-amiloides
sãosignificativos apenas a longo prazo. Os pes-
quisadores acrescentam que este estudo e suas
conclusões devem ser vistos com cautela, prin-
cipalmente quando se considera o tamanho da
amostragem relativamente pequena usada.

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