Antologia Grêmio Cultural
Manhãs azuis
Pintaram-se as manhãs
de doces céus azuis.
Enternecida pelas nuances,
ouço seu sorriso chegando
e seus olhos dançando ao encontro dos meus.
Castanhos como terra,
os meus e os seus olhos falam, ainda que calados
de voz.
Enraíza-se o olhar e se nutre do solo fértil dos que
sentem.
Encontram-se os lábios e as almas.
Num murmúrio do silêncio,
embriagam-se as peles de desejo.
No calor dos corpos
tudo se revela.
Gisela Elaine Fávaro