Antologia Grêmio Cultural
Olhares
Eles vão e vêm,
em uma constante
dança.
De canto, estreitos,
misteriosos,
cheios de intenções,
carinhos, sonhos.
Mas que por infortúnio
da vida,
não podem se
concretizar.
Apenas de longe
observar
a doçura de quem se
encanta
todos os dias
mutuamente.
E nesse sofrer
magnífico,
o tempo passa,
as horas passam,
o dia segue e as
noites se vão.
Fadados à tristeza,
a não descoberta
de ser mais do que a
vida
proporciona.
E continuamos nessa,
vidrados em nós,
negando o que os
olhos veem,
a valsa dos
apaixonados
que infelizmente na
mente fica.
Restando a nós,
olhares curiosos
de quem ama em
segredo,
que na íris da sua
escuridão,
nunca deixou de ser
claro
o enorme brilho...
O brilho da nossa
paixão.
João Aurélio