Prof. Pedro Fávaro
A PALAVRA PERFEITA
Não se sabia ao certo
se bradaria em romaria
ou surgiria insidiosa
na calmaria.
Aquiescente por séculos,
germinava
em secreto gerúndio.
Muito se esperava
que fosse capaz
de despir a verdade,
corrigir desentendidos,
aplainar a humanidade
na identidade suprema
das suas milhares de faces.
E em tantos rumores,
entre ecos inentendíveis,
a palavra
súbita-absoluta,
irrompe, gutural.
Torna em seu instante
efêmera, a eternidade
e silencia.
Maria Beatriz Sayeg Freire