têm de menos o estarem próximas a nós, e as outras têm de mais,
o valor que recebem de uma antiguidade venerável: aquelas
admiramos porque não temos inveja, nem vaidade, que nos
preocupe contra os que passaram há muitos séculos; contra os
que existem sim, e dêstes, se sabemos as ações, também sabemos
as circunstâncias delas; por isso as desprezamos, porque é rara a
emprêsa heróica, em que não entre algum fim indigno, e vil: a
mais ilustre ação fica infame pelo motivo.
O que chamamos inveja, não é senão vaidade. (43)
Continuamente acusamos a injustiça da fortuna, e