um instante, em que a vaidade nos representa o soberano
ocupado de nós: o castigo, que imediatamente vem do
trono, parece que de algum modo nos ilustra.
Tudo são produções da vaidade, está até nos (64) faz achar
consolação nas mesmas razões do nosso dano; até nos faz
descobrir utilidade na nossa mesma perda; e até nos sabe mostrar
um semblante de fortuna na nossa mesma ruína. Uma
circunstância leve, e incerta, em que a vaidade se entretenha,
basta muitas vêzes para suspender a atividade do nosso mal, e
para desviar do nosso pensamento a maior parte dele. A virtude
maltratada encontra alívio na mesma persecução, porque a
vaidade lhe