III.
neste lugar habitado pelas lágrimas
encontro o meu deserto de silêncio
enquanto, dentro de mim
um arquivador caprichoso
me vai revelando regra e lei
IV.
descendo da montanha,
paro a olhar para o vale no fundo
onde o sol e a lua se casaram
comigo por testemunha
abro os meus braços em cruz
estendo-os além do infinito
expiro, coração e mãos abertas
inspiro
ergo os olhos para o alto
salto com a força e a vontade
enquanto se me colam pés ao chão
e se me soltam/as asas