CARMEN LÚCIA DA CUNHA MORAES
Minhas Mãos
Ah, minhas mãos gorduchas, tão instrumentais!...
Videntes, profetizam todo meu caminho...
Ninfas, tão sensuais, amam tecer mais carinho...
Fadas, toda magia em altos astrais!
Mãos de ninfa pois, plantam a felicidade:
Tão férteis em ternura qual botão de rosa
Tão fortes, comoventes qual poesia, prosa
Tão minhas e tão suas, velam liberdade!...
Mãos, órgãos abençoados que tanto labutam
Se unidas em prece, são só gratidão...
Como fadas, desenham na imensidão...
Se videntes, magia do sentir desfrutam!...
As minhas mãos deliram ao ver o profano...
Porque em concha, na areia, plantam um oceano!