CARMEN VERVLOET
Primeiro amor
Pela vida a pulsar dentro de tudo
Em chão de musgos e muros de heras
Nas tantas flores e seus poemas mudos
Chega setembro trazendo a primavera.
Surge com ela e o sol que a adora
Nas manhãs de tempo sempre ameno
Molhadas pelo sereno das auroras
O sonho do primeiro amor plácido e pleno.
Mas para que o sonho viva da certeza
É preciso que chegue o fulgor do verão
Para que se unam as estações da natureza.
E no apogeu desta envolvente união
Lábios ardentes se atraem com paixão
Nutrindo o sonho que brotou do coração.