DORALICE MANTOVANI BARBOSA
Palavras benditas
Sem pensar falei o que não devia articular
Saiu amarga do meu peito sem sabedoria
Como forma de perdão deixei a arte falar
Nas minhas tantas e desvairadas poesias
Calei-me enfim para dar voz à minha alma
Que veste de fantasias as tantas palavras
Para que sejam benditas com toda calma
Senão o coração pode mal esparramá-las
Agora corrijo-as antes de serem ditas
Para não magoar a quem forem dirigidas
Sem demagogia para não ser esquisitas
Devo sempre repensá-las com tal medidas
Minha insana loucura deu lugar à solitude
Aquietando às rasuras daquilo que falei
Das minhas estreitas e maléficas atitudes
Parei e as observei, por isso me calei