O tempo é cruel, meu bem
Ao tempo que passa diante meus
olhos, se rastejando devagar,
quase parando
Caçoando do meu desejo, se
fazendo inocente do relógio
Anseio para que passe, para que
chegue o momento em que o
ponteiro se aposente
Que a lua caia sobre mim
e reflita tua imagem
Para que me sinta pertencente a
você, como os Astecas e suas
pirâmides
Que possa enaltece lá em meu altar
Lhe dedicar as mil vidas que não
tenho, mas caso assim fosse
possível, lhe concederia
Ao meu peito que retorce
entre meus ossos
Te suplico em presença
Pois o tempo, meu bem, é cruel