Introdução à História da Filosofia 2 Marilena Chauí

(Zelinux#) #1
As proposições se distinguem em simples e compostas ou complexas. Sim­
ples são as que compreendem apenas um caso (o nominativo) e um predicado -é
constituída pelo significado de um nome e pelo Significado de um verbo; comple­
xas são as constituídas por duas ou mais proposições simples. A proposição sim­
ples pode ser afirmativa ou negativa. Entre as afirmativas, distinguem-se as categó­
ricas, compostas de um caso reto (ou o nome) e um predicado - "Sócrates anda"


  • e as categorêuticas ou demonstrativas, compostas de um caso reto dêitico (os
    pronomes demonstrativos) e um predicado - "isso anda", "aquilo corre" - e,
    finalmente, as indefinidas, compostas de um membro indefinido e um predicado

  • "alguém anda", "algo corre".
    A proposição é um exprimível completo e o único que é verdadeiro ou falso
    porque seu sentido está completamente determinado por estabelecer os laços que
    unem os acontecimentos e estar em conformidade com a phantásia ou a represen­
    tação. A expressão completa pode estar numa proposição simples ou numa com­
    plexa e esta pode ser de seis tipos:



  1. hipotética ou condicional: depende da conjunção condicional" se ... então" e
    anuncia que uma segunda proposição seguirá a primeira - "se é dia, então está
    claro". Sua verdade depende da relação entre o antecedente (a proposição que se
    inicia com "se") e o consequente (a proposição que se inicia com "então"), desde
    que seja impossível afirmar o antecedente e negar o consequente.

  2. consecutiva: depende da conjunção "pois" - "pois é dia, está claro". Sua
    verdade depende da verdade das duas componentes.

  3. conjuntiva ou coordenada: depende da conjunção" e" - "é dia e está claro".
    É verdadeira se as duas componentes também o forem.

  4. disjuntiva: depende da conjunção" ou" - "ou é dia ou é noite". É verdadei­
    ra quando uma delas é verdadeira e a outra, falsa.

  5. comparativa: emprega expressões como "mais do que", "menos dó que",
    "tanto quanto", "tanto como" - "é mais dia do que noite".

  6. causal: depende da conjunção "por que" - "por que é dia, está claro". Sua
    verdade depende não só da verdade das duas componentes, mas também que sej a
    impossível ou improvável que a causa não produza o efeito enunciado.
    As proposições hipotéticas e as causais são de grande importância para a
    formulação da teoria das modalidades, isto é, proposições que se referem ao ne­
    cessário, ao possível e ao impossível.
    Em Aristóteles, as modalidades são claramente explicitadas, isto é, a propo-


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