Você SA - Edição 252 (2019-05)

(Antfer) #1

FOTO: OMAR PAIXÃO


Pedro Waengertner,
CEO da Ace:
aceleradora atende
clientes como Basf
e Natura e pretende
contratar 60 pessoas
até o fim do ano

N


os últimos anos,
a cara do mer-
cado brasileiro
de startups
mudou dras-
ticamente. De
acordo com
a Associa-
ção Brasileira
de Startups
(ABStart ups),
se em 2012
existiam cerca de 2 519 jovens em-
presas tecnológicas por aqui, esse
número mais que triplicou e está
em 10 000 atualmente. Só no ano
passado, quatro delas se tornaram
unicórnios, ou seja, foram avaliadas
em 1 bilhão de dólares. Na esteira
desse crescimento, um ecossistema
de outros negócios surgiu. Entre
eles os fundos de investimento, as
incubadoras e as aceleradoras. Estas
últimas apareceram há cerca de dez
anos, replicando o modelo americano
no qual investiam dinheiro e conhe-
cimento nas startups em troca de um
pedaço desses empreendimentos. O
lucro viria anos depois, quando a
empreitada prosperasse. De lá para
cá, as aceleradoras também se mul-
tiplicaram e hoje existem cerca de
41 empresas nesse ramo no Brasil. O
número, segundo especialistas, é alto
se considerarmos que mundialmen-
te apenas 253 companhias atuam da
mesma forma. E agora, depois de uma
década de trabalho com as startups,
as aceleradoras estão de olho em ou-
tro nicho: o das grandes empresas.
Embora tenham movimentado
cerca de 19 bilhões de dólares em
2017, para sobreviver as acelerado-
ras reavaliam seu modelo de negó-
cios. O aumento da competitivida-
de no mercado empreendedor e a
necessi dade de investimentos altos,
tanto em aportes para as startups
quanto em times qualificados para
atendê-las, são alguns dos entraves
à saúde financeira dessas empresas.

VOCÊ S/A wMAIO DE 2019 w 71
Free download pdf