REVISTA VOX - 6ª Edição

(VOX) #1
son e Iria Graboski Albanez. Casada
e tem duas filhas de coração. Aurea
traz consigo uma trajetória admirá-
vel como delegada da Polícia Civil
em São Paulo. Em 2007 foi confia-
da ao cargo, e desde então, possui
passagens por diversos distritos
metropolitanos, a exemplo de Ita-
quera, região sul, Campo Belo, Vila
Mariana e agora no 16º Distrito, na
Vila Clementino. Sua rotina de traba-
lho varia de plantões diurnos sema-
nais e no que denominam cartório,
função onde realizam investigações
para apuração de crimes e autoria
delitiva.
Ela avalia que talvez por estar
num cargo de direção, nunca tenha
sofrido problemas por ser do sexo
feminino, pelo contrário. Para Aurea,
este fato chega ser instigante, visto
que a maioria dos dirigentes são do
sexo oposto e isso comprova que
a mulher cada vez mais conquista
seu espaço, inclusive ressalta que
muitas instituições tem se renovado
com efetivo feminino.
Quanto ao medo, ela explica
que a experiência torna quase nulo,
mas não é descartado: "afinal de
contas, estamos em contato com
o ser humano, imprevisível e muito
complexo", explica.
Aurea define sua profissão como
"paixão pela diversidade humana em
situações extremas. Desafio diário
de preservar a segurança e a ordem
para aproveitar o que há de melhor
na vida".

Rita de Cássia Gea Sanches
nasceu em Santo Anastácio, mas
adotou Adamantina como cidade
do coração. Tem 45 anos e há 23
trabalha como delegada da Polícia
Civil no município.
Cursou Direito na Universidade
Toledo em Presidente Prudente e
logo depois de concluir o ensino
superior, passou em 2º lugar num
concurso estadual como delegada.
Entrou na academia de polícia e foi
designada como titular da Delegacia
da Mulher de Adamantina, em 1992.
Ela inaugurou e foi a primeira dele-
gada desta delegacia especializada.
Permaneceu neste cargo por 10
anos, assumindo posteriormente, a
Circunscrição Regional de Trânsito.

Em 2009 foi transferida para o
3º Distrito Policial e permanece à
frente até hoje.
Rita divide seu tempo entre
trabalho e vida pessoal. Mantém
seu conhecimento jurídico sempre
atualizado, pois adota a filosofia
de que para ter destaque é preciso
ser um profissional atento a tudo
que surge de novo, como também,
participa de cursos disponibilizados
pela academia de polícia.
Para ela, o preconceito existia há
duas décadas quando ingressou na
carreira policial. Entretanto, a mu-
lher conquistou seu espaço firmado
pela competência e trabalho execu-
tado. Rita destaca ainda o aumento
de mulheres que aderiram a profis-
são em todos os departamentos da
polícia nos últimos 20 anos.
Os fatos que marcaram sua pas-
sagem pela polícia foram os casos
da Delegacia da Mulher. Segundo
ela, tudo aquilo que envolve pessoas
em situação de vulnerabilidade aca-
bam se destacando, principalmente
os crimes praticados pelos pais
contra os filhos.
"É preciso coragem para enfren-
tar situações de risco que a carreira
impõe. Isso nunca me amedrontou
ou fez com que deixasse de reali-
zar a minha tarefa: nem em busca
ou operação. Acho que já nasci
vocacionada para essa profissão",
ressalta Rita de Cássia.

Aurea Albanez, delegada em São Paulo

A delegada Rita de
Cássia

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