REVISTA VOX - 6ª Edição

(VOX) #1

Patrícia Tranche Vasques, de
42 anos, desde muito pequena teve
contato com a carreira policial. Quan-
do tinha cinco anos de idade o seu
pai, o delegado Aureliano Vasques,
ingressou no cargo e se mudou com
a família para Teodoro Sampaio para
assumir uma delegacia. Posterior-
mente, passaram por Rancharia e
Adamantina.
Ela tem uma filha de 15 anos, Gio-
vana Vasques Silva. Patrícia também
é filha de Cleide, nasceu em Parapuã
e viveu a juventude na 'Cidade Joia'.
Cursou Direito e aos 21 anos ingres-
sou na Academia de Polícia, sendo
direcionada para Osvaldo Cruz como
Delegada de Polícia do Estado de
São Paulo à frente da Delegacia da
Mulher por 13 anos.
Foi delegada assistente do 2º
Departamento de Polícia de Ada-
mantina por seis anos, atualmente
é títular da DDM. São inúmeros os
acontecimentos que marcaram sua
carreira, mas destaca aqueles quan-
do esclarece delito de maior gravida-
de, quando prende algum acusado ou
quando acalma as partes e precisa
orientar a vítima num momento
difícil. Ela revela que o profissional
precisa dispor de estrutura física,
emocional e espiritual.
Avalia que para se interessar pela
carreira o candidato precisa ter foco,
persistência, dedicação, amor ao
próximo e orar muito. Desta forma,
será um apaixonado pela profissão.
"Eu nasci na Polícia Militar, o meu
pai era sargento. Cresci na Polícia


Civil e sustento minha família hoje,
através dela. Sou Policial Civil e está
no sangue. Amo ser Delegada de
Polícia. Sinto orgulho em pertencer
a essa família policial".

Laiza Fernanda Rigatto Andra-
de tem 34 anos. É casada e mãe de
um filho de dois anos. Adamanti-
nense que se formou em Direito pela
Universidade Estadual de Londrina
e advogou na cidade por três anos,
período que realizou uma especiali-
zação em Processo Penal e passou
no concurso estadual para trabalhar
como delegada pela Polícia Civil de
São Paulo.
Se mudou para a capital paulista
e por nove meses prestou academia

de polícia. Ela conta que esse período
foi importantíssimo para prepará-la
para a carreira, pois durante os trei-
namentos teve contato com toda a
parte operacional.
Ficou cerca de dois anos traba-
lhando em distritos da cidade de São
Paulo, sendo transferida para Presi-
dente Epitácio por onde passou um
ano respondendo pelas delegacias
daquela região. Depois conseguiu
transferência para Osvaldo Cruz
como titular da Delegacia da Mulher.
Laiza sempre gostou da área
criminal e revela que o trabalho
desenvolvido pela DDM vai além de
registrar ou solucionar crimes, exer-
ce papel social com o perfil diferente
de outras delegacias: "Procuram a
Delegacia da Mulher não somente
para denunciar crimes, procuram
também para se orientar. É uma
delegacia com policiais femininas
que atendem essas vítimas que
procuram orientação, denunciar e
registrar boletim de ocorrência. Ou
seja, acolhem a vítima".
Para ela, o prazer de atuar nesta
profissão vai além: "Hoje as mulheres
estão encorajadas, principalmente as
mais jovens. É difícil lidar com situa-
ções de vulnerabilidade, pois muitas
vezes vamos contra o interesse de
outras pessoas. Entretanto, quando
esclarecemos ou solucionamos algum
crime, a sensação é a de dever cumpri-
Laiza do. E essa é a recompensa".
Rigatto

Patrícia Vasques
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