Dr. Luiz Fernando com o amigo dr. Pacheco e equipe de enfermeiras
va, por isso deveria procurar uma
cidade mais propícia”.
Foi então que em 1968 Guima-
rães escolheu três cidades para
conhecer e escolher em qual faria
morada: Ribeirão Preto, São José dos
Campos e Adamantina. “Adamanti-
na porque um amigo anestesista,
Oscar Tonentino, que auxiliava meus
trabalhos no Rio, morou por oito
anos aqui e chorava quando lembra-
va da cidade, dos amigos conquis-
tados, do carisma das pessoas e da
receptividade de todos. Eu ficava
encantado e curioso para conhecer
essa cidade do interior”.
Adamantina foi a primeira a ser
visitada. “Primeira e única, pois não
sai mais da ‘Cidade Joia’. No municí-
pio, na época, havia 10 médicos, mas
nenhum ginecologista, pois os outros
dois tinham deixado a cidade há pou-
co tempo. Me ofereceram emprego,
condução e moradia. Pensei, vou tra-
balhar, economizar dinheiro e volto
para perto dos meus pais, entretanto
esses cinco anos viraram 44”.
Nesses 51 anos de profissão,
11.300 adamantinenses vieram ao
mundo até dezembro de 2013 por
suas mãos. Além disso, foram feitas
mais de 6 mil cirurgias ginecológi-
cas. “Hoje faço o parto de ‘filhos dos
filhos’, trabalho feito por gerações, e
é muito gratificante. Tenho orgulho
e os índices melhoraram, tanto que
em 2013 Adamantina foi uma das
cinco melhores cidades em índice de
natimortalidade”.
Atualmente Guimarães continua
atuando no Centro de Saúde e em
sua clínica particular, sendo o úni-
co ginecologista que atende pelo
SUS (Sistema Único de Saúde) e no
ambulatório da Santa Casa. “Sou o
único ginecologista e obstetra de
Adamantina que trabalha para o
Governo, pois acredito que ninguém
nasce pobre porque quer. Temos
muitos no SUS que precisam de
ginecologista, as gestantes do Cen-
tro de Saúde precisam de um bom
atendimento. Fiz grandes amizades
lá, muitas crianças levam meu nome
em minha homenagem e estes cinco
anos foram gratificantes, porque são
pessoas sem condições econômicas
que são bem tratadas por mim e mi-
nha equipe, quatro enfermeiras que
me auxiliam em tudo”.
Por amor à profissão, o ginecolo-
gista e obstetra revela que pretende
continuar no ramo por mais um tem-
po, até quando se sentir bem. “Meu
pai foi anestesista até os 85 anos, e
para eu chegar lá faltam sete. Saúde
para isso graças à Deus tenho, amo
minha profissão e enquanto puder
estarei na área”.
de fazer parte de várias gerações
adamantinenses”.
E um dos reconhecimentos pelo
seu belíssimo trabalho veio em
2008, quando o médico foi convida-
do para coordenar um programa de
cuidados com gestação de alto risco.
“Na época a natimortalidade estava
muito alta no município, a ponto do
governador mandar ofício alegando
que Adamantina atrapalhava o índice
do Estado. Resolvi aceitar o desafio
Dr. Luiz
Fernando
- cuidado e
carinho com
seus pacientes