por Maturama e Varela.
Diante de tais explicações, ex-
põe o professor Orlando, se com-
preende melhor a crise no sistema
escolar e as dificuldades para a
solução do impasse, dado o radica-
lismo dos próprios educadores em
recusarem o Interdisciplinar e não
procurarem, cada um, realizar o seu
próprio manual de alfabetização de
acordo com o valor da Inteligência
Artificial contida na caixa-preta do
cérebro humano.
Poética de Paulo Freire gera
nova teoria para letramento
COSMOLOGIA LINGUÍSTICA
Orlando considera interessante
o ponto intuitivo lançado dentro da
poética pedagógica denominada
Método Paulo Freire. Julga impor-
tante o autor mostrar a dimensão
de um projeto didático onde ine-
xiste coincidência de exposição
teórica entre os manuais e há um
princípio denominado homo viator
em jogo dentro de sua coleção.
A cada volume o alfabetizador
irá aprendendo, sutilmente, a se
transformar em Agente de Alfabe-
tização. Esta denominação inexiste
nas práticas educacionais no siste-
ma brasileiro ou em outro sistema
de qualquer país. Da Coleção Paulo
Freire se deduz a hipótese de não
ser possível “formar” um educador
e sim “habilitá-lo”, dando-lhe as
ferramentas mais adequadas e
capazes de extrairem o máximo de
qualidade das máquinas contidas
nas caixas-pretas dos cérebros
das crianças. Diante desta realida-
de se intuiria ser o Questionário a
ferramenta mais inútil dentro das
destinadas para o desenvolvimento
do Aprender.
A questão da dinamicidade da
Energia vasculhada no interior da
“arquitetura da Palavra” e explo-
rada por Orlando, cabe muito bem
nas palavras de Umberto Eco (Obra
aberta, p.61) assim transcritas da
visão do semioticista italiano:
O que diferencia a visão einstei-
niana da epistemologia quântica é,
no fundo, justamente essa confian-
ça na totalidade do universo, um
universo em que descontinuidade e
caixa-preta do cérebro aprender
a vivenciar pela Metalinguagem
condições melhores para propor a
arquitetura do conhecimento. São
palavras do autor: ”Normalmente,
nos deparamos com o conceito de
enciclopédia num campo fechado.
Na Coleção Paulo Freire, não acon-
teceu por acaso, a Ciência tomar
a dimensão de uma obra aber-
ta, contendo cada manual-piloto
uma densidade interessante de
concentração na linguagem do co-
nhecimento. Assim, deixa também
a atmosfera de anti enciclopédia.
Tornou-se uma hiper-obra, ainda
sendo difícil reconhecer esta paisa-
gem dentro desta coleção.”
Vê o pesquisador uma mazela
profunda gerada pelo uso da Inter-
rogação e do Questionário. Propõe
o autor uma substituição da Peda-
gogia da Pergunta para a Pedagogia
do Problema.
Gustavo Henrique Pereira ao
lado de sua produção computa-
dorizada
Vejamos o depoimento do dia-
gramador da obra: “Fui contratado,
inicialmente em 2011, para compor
um e-book. Um livro foi gerando
outro e hoje, depois de três anos,
indeterminação podem, em última
análise, desconcertar-nos com sua
imprevista aparição, mas que na
realidade, para usarmos as palavras
de Einstein, não pressupõem um
Deus que joga dados, mas o Deus
de Spinoza, que rege o mundo com
leis perfeitas. Neste universo, a
relatividade é constituída pela in-
finita variabilidade da experiência,
pela infinidade das mensurações
e das perspectivas possíveis, mas
a objetividade do todo reside na
invariância das descrições simples
formais (das equações diferenciais)
que estabelecem exatamente a
relatividade das observações em-
píricas.
A Coleção Paulo Freire não tem
porta de entrada ou saída fixada.
Na Coleção o Conhecimento vive na
magia do Labirinto, metáfora usada
pelo pesquisador para avaliar o
produto final de seu árduo trabalho.
Educação enquanto psico-
terapia semiológica
Segundo Orlando Antunes há
espaço para saída da crise na po-
lítica de alfabetização no Brasil.
Considera-se a necessidade de
impor o pensamento politécnico
para acelerar a dinamização da
Coleção Paulo Freire disponibiliza material para acelerar a cognição