REVISTA VOX - 7ª Edição

(VOX) #1

que hoje competem em torneios
estaduais e nacionais.
De início, a procura pelo tênis
começou com atletas infanto-
-juvenis. Em seguida, os adultos
tomaram gosto pelo esporte ao
verem seus filhos disputando di-
versos campeonatos.
De acordo com o professor de
tênis Hugo Cerci, na microrregião
“há uma média de seis atletas par-
ticipando de torneios federados e
regionais”. As competições regio-
nais são realizadas em Osvaldo
Cruz, em Bastos e Adamantina. Já
os torneios federados, os atletas
viajam até Bauru, São José do Rio
Preto, Marília, Ribeirão Preto e
São Paulo.
“Os dois últimos torneios que


fizemos em Osvaldo Cruz foi
importante para a molecada que
estava começando no tênis. Mui-
tos jovens estavam indecisos se
iriam continuar ou não no esporte,
mas os torneios despertaram um
interesse maior dos alunos pelo
tênis”, disse o professor.

Valores
Para manter as bolinhas em
jogo nas quadras sintéticas, de
saibro, cimento ou relva, os alunos
de tênis precisam sustentar, no
entanto, um valor financeiro razo-
avelmente alto. Na região, A men-
salidade individual é de R$ 120,
sendo que as aulas acontecem
uma vez por semana. Em grupo,
o valor cai para R$ 100. Aos que

desejam se inscrever nos torneios,
o investimento mínimo é de R$ 70.
“É um esporte com o custo
meio alto. No entanto, o que difi-
culta financeiramente os atletas
é que eles precisam ser sócios de
um clube [recreativo], pois não te-
mos academia de tênis na região”,
afirma Hugo Cerci.
Para o professor, o que torna
muitas vezes o esporte impopular
é a falta de investimentos pelas
prefeituras e projetos sociais
da região para com o esporte.
“Falta gente da área pública com
interesse no tênis, pois queremos
descobrir mais atletas. E acabou
aquele estigma de que o tênis é
um esporte só para ricos. Não é
mais assim. É possível fazer hoje
um trabalho bacana com pessoas
que não têm muitas condições”.

Promessa
Em meio ao crescimento e
as dificuldades, é da cidade de
Lucélia que nasceu uma das
grandes promessas do tênis da
Alta Paulista. Gustavo Naufal, 15,
descobriu o esporte através dos
pais, Mamed Naufal e Ana Flora.
Sua irmã mais velha, Gabriela, 22,
teve a oportunidade de treinar tê-
nis nos Estados Unidos, mas optou
por seguir o curso de medicina em
Catanduva (SP).
Apesar de ter uma noção das
regras e de como era praticado
o esporte, o jovem atleta encon-
trou dificuldades nos primeiros
meses de aula, mas com o tempo
conseguiu se sobressair entre os
demais alunos e disputou diversos
campeonatos.
Em sua carreira, Gustavo ven-
ceu a 2ª etapa do Circuito Paulista
em Leme (SP), campeonatos em
Catanduva e em Santa Cruz do
Rio Pardo, além de ter disputado a
“Copa Guga Kuerten” em Florianó-
polis (SC) e um torneio internacio-
nal no Paraná, o “Londrina Juniors
Cup”, competição em que chegou
até as oitavas de final.
No entanto, Gustavo afirma
que o tênis é um esporte “ex-
tremamente competitivo” e que
encontra dificuldades financeiras
para participar dos torneios pelo
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