REVISTA VOX - 7ª Edição

(VOX) #1

um insight, o
cineasta Lo-
renzo Serrano
teve a ousadia
de em 1956 pe-
gar toda a sua
parafernália de
equipamentos cinematográficos e
viajar 558 km da capital paulista
até Lucélia. Junto com ele, havia
uma equipe de técnicos e atores que
durante quatro meses explorou as
terras lucelienses e descobriu atores
que não existiam na cidade, no dra-
ma de faroeste “Homens sem Paz”.
Até hoje, a história de que uma
equipe de técnicos de cinema re-
alizou filmagens em Lucélia, com
atores consagrados no circuito do
cinema nacional, soa duvidosa. No
entanto, a história é verídica e um


Atrás das câmeras de um diretor ousado, personagens e tradições de uma
época. Em 1956, a cidade de Lucélia recebeu atores consagrados do cinema
para as filmagens de “Um homem sem paz”. Nesta trama de faroeste, um dos
atores que morava na cidade na época, Manuel Barbeiro, 95, relembra histó-
rias curiosas que saíram da realidade e entraram para o mundo da ficção.

POR LUIS GABATELLI === === FOTOGRAFIA SANDRA KOBAYASHI

dos atores que vivia na cidade na
época, Manuel Barbeiro, 95, lembra
com nitidez a odisseia do diretor
Lorenzo Serrano na Alta Paulista.
Neste faroeste caboclo, de um
pouco mais de 1h20 de duração, os
atores participam de rodas de viola,
cavalgadas, lutas e troca de tiros.
No enredo, o mocinho interpretado
por Maurício Morey busca recon-
quistar uma propriedade rural que
era de sua família. Para isso, o rapaz
viaja até “Fazenda Jaraguá”, onde
conhece a mocinha, interpretada
por Ruth Arlete. O vilão da trama,
o ator Édio Esmânio, era conhecido
na época como ‘Tarzan Brasileiro’,
devido as suas habilidades com as
artes marciais.
No filme, Manuel Barbeiro é o
carroceiro que leva o herói viajante

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