REVISTA VOX - 5ª Edição

(VOX) #1
ciona”, diz. “Visito com frequên-
cia minha família e amigos que
moram em Adamantina”.
Em 1996 se mudou para Bau-
ru, na região central do Estado
de São Paulo, onde cursou Ciên-
cias da Computação pela Unesp
(Universidade Estadual Paulista).
Passados quatro anos, Akihito
concluiu os estudos e se mudou
para Brasília, onde mora até hoje
e concretizou sua grande voca-
ção, “fazer moda”.
Sobre criar, o estilista diz
buscar na diversidade inspiração
para suas coleções. “A inspiração
pode vir dos mais variados pris-
mas, sempre com muita pesquisa
investigativa, estudo de com-
portamento e outras variáveis
urbanas. Aprecio os trabalhos
de Yohji Yamamoto e Alexander
Mcqueen”, esclarece.
O mercado da moda é bem
concorrido e outros talentos
também buscam mostrar suas
criações, mas para Akihito ter
diferencial é importante, pois há
espaço para muita gente. “Como
qualquer área profissional que
envolva criatividade, na moda
também encontramos excelen-
tes talentos. Eu e meu sócio,
Júlio Andrade, viemos de áreas

profissionais distintas da moda.
Movidos pelo gosto e o que a
nova profissão poderia nos pro-
porcionar, decidimos começar
pelo masculino, facilitando nossa
entrada no mercado”.
Com o conhecimento que o
estilista e seu sócio tinham como
consumidores, foi possível iniciar
o desenvolvimento da marca,
seguindo um projeto pautado
pela organização. “Acredito que
colocar um produto no mercado
deva respeitar critérios básicos,
como qualidade, acabamento e
preço. Mas o que diferencia é o
design agregado a este produto”,
explica.
Akihito acredita que tais crité-
rios fazem a diferença, tornando-
-os competitivos no mercado, ao
qual ele reconhece ser extrema-
mente concorrido.
Na contramão do que muita
gente deve imaginar Akihito fala
sobre a atuação de um homem
no cenário da moda, consideran-
do dois cenários. No primeiro ele
relembra que historicamente os
homens participaram ativamente
da moda, inclusive nos primór-
dios. “Moda é profissional, seja
no Brasil, no mundo e na história
das civilizações, podemos afir-

Akihito e o sócio
Júlio Andrade

“A inspiração pode
vir dos mais varia-
dos prismas, sempre
com muita pesquisa
investigativa, estudo

de comportamento e
outras variáveis ur-

banas. Aprecio muito


os trabalhos de Yohji
Yamamoto e Alexan-

der Mcqueen”,
Akihito Hira
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