REVISTA VOX - 5ª Edição

(VOX) #1

a maioria dos
casos, munidos
pelo desejo de
melhorar o lo-
cal onde vive,
dar conforto ou
melhorar a vida
de quem necessita, o voluntário se
propõe a colaborar e vivenciar novas
experiências.
Partindo desta premissa, o volun-
tariado cresce em larga escala por
todo o mundo, incluindo no Brasil. A
região também tem bons exemplos
do trabalho voluntário, como acon-
tece em Lucélia.
Aos 68 anos, a aposentada Elsa
Inês Stasiak exerce plenamente o
serviço voluntário, de tal forma, que
a atividade está incorporada ao seu
cotidiano e tornou-se quase que
uma obrigação.
O trabalho que Elsa realiza é
amplo, indo desde orientações e
conselhos a quem os solicita, até
o acompanhamento de pessoas
idosas à consultas médicas.
“Sou filha de pais que participa-
vam de trabalhos voluntários. Meu
pai, um maçom e rotariano, minha
mãe, bastante religiosa. Fui criada
em um lar em que o "servir" era
rotina. Com tal criação, mesmo sem
me dar conta, já estava no trabalho
voluntário”, diz.


N

Para ela, o maior beneficio é para
quem serve, mais do que para quem
recebe. “Desde muito cedo presto
trabalhos voluntários, porém, com
o passar dos anos, aposentadoria,
falecimento do meu esposo, filhos
estudando e trabalhando fora; tudo
deixaria uma grande lacuna em
minha vida. Mas os trabalhos vo-
luntários já estavam me ocupando
o tempo de forma saudável”.
Entre os vários trabalhos volun-
tários que realiza alguns ganharam
destaque. “O mais conhecido é o
trabalho que realizo junto ao artista
plástico Moacyr Ferraz, que faz pin-
turas com os pés. Por ele ser muito
popular, obteve reconhecimento por
sua arte em todo o Brasil”, explica.
Elsa também colaborou para
que um jovem conseguisse estudar

POR AUGUSTO SANTOS
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FOTOGRAFIA ARQUIVO
PESSOAL

música fora do país, além de ser
presença constante em atividades
voluntárias junto à Casa da Sopa
e à Apae, onde atualmente integra
a diretoria e é sócia contribuinte. A
aposentada ainda é colaboradora de
outras entidades: Lar São Vicente de
Paula, Rede de Combate ao Câncer,
Arca (Associação dos Portadores de
Doenças Renais Crônicas) e Hospital
do Câncer de Jaú.
“Nós somos o resultado do meio
em que vivemos e que fomos cria-
dos. Um bom berço fará bons pres-
tadores de trabalhos voluntários.
Há pessoas que tem vocação, tem
sensibilidade e amor ao próximo.
Pessoas que praticam alguma reli-
gião, não importa qual professem,
sempre serão pessoas abertas ao
voluntariado”.

Elsa Inês
Stasiak com
o artista
plástico Mo-
acyr Ferraz
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