REVISTA VOX - 5ª Edição

(VOX) #1

mais chances de enxergar”, orienta
o profissional.


O tratamento
Não há tratamento para catarata,
somente a cirurgia. Antigamente, a
cirurgia era feita quando a catarata
já estava em estágio avançado
e denominava-se de madura. No
método antigo, anestesiava-se com
injeção e uma abertura de 10mm era
feita, para que se retirasse a catarata
inteira e implantava-se uma lente
intraocular (LIO) dura. A cirurgia
era fechada com oito pontos, ainda
eram necessários curativos, inter-
nação de 5 dias e repouso absoluto.
Atualmente a cirurgia é feita com
anestesia por colírio, a abertura é de
apenas 3mm; implanta-se uma lente
mais flexível, introduzida dobrada
e abrindo dentro do olho. Não são
necessários pontos, curativos e o
repouso é relativo.
Uma pessoa idosa que não en-
xerga placas de ruas ou estradas,
não consegue ler legendas na TV,
enxerga objetos deformados ou
círculos coloridos em volta das luzes,
pode estar com catarata.
Uma pessoa que não enxerga
bem ou já sabe que tem catarata,
deve procurar o oftalmologista, fazer
um exame completo com medida da
Acuidade Visual, microscopia para
descartar outras doenças, verificar a
pressão intraocular e fundo do olho


e calcular a LIO que será implantada.
A cirurgia não vem como solução
para banir o uso dos óculos. Após o
procedimento, pode ser necessário
o uso dos mesmos ou lentes de
contato, pois o calculo da LIO é im-
preciso e aproximado e depende de
vários fatores.
Poucos pacientes sentem mal-
-estar durante a cirurgia. Neste
caso, a cirurgia é feita com sedação
por anestesista. O procedimento é
indolor e somente a manipulação
será perceptível.
Para alcançar a catarata, é feito
na córnea uma abertura de 3mm.
Pela abertura é feita a retirada da
cápsula anterior, fragmentação do
núcleo com ultrassom e aspiração.
A seguir é implantada a LIO artificial,
apoiada na cápsula posterior. Vale
lembrar que ainda não existe cirurgia
de catarata a laser.

O pós-operatório
No pós-operatório o paciente
poderá sentir alguma dor, raspação,
lacrimejação e embaçamento. Os

incômodos passam após poucos
dias.
Após a cirurgia é necessário o
uso de antibióticos, analgésicos e
colírios antibióticos e anti-inflama-
tórios, conforme prescrição mé-
dica. É importante a higienização
das mãos para evitar infecções. Ao
tomar banho, lavar o rosto e enxa-
guar os olhos com delicadeza, para
prevenir deslocamento da LIO. É
necessário apenas repouso relativo,
podendo exercer atividades com
cautela, evitando carregar pesos
e contato com poeira, fumaça e
vento.
“Para fazer a cirurgia de catara-
ta o cirurgião necessita de muito
estudo, conhecimento, habilidade
e treino. Apesar de ser rápida, todo
cuidado é pouco”, destaca.
Tairo alerta que complicações
ocorrem em menos de 1% dos ope-
rados. Caso a córnea não desinfla-
me com o tratamento, é necessário
o transplante. Se houver ruptura e
desprendimento da cápsula poderá
ser necessário o implante de uma
LIO de câmara anterior. A LIO no
vítreo e descolamento de retina são
encaminhados para um retinólogo.
Para a cápsula posterior opaca é
preciso fazer limpeza com Yag
Laser, após três meses da cirurgia.
A complicação mais temida é a in-
fecção dentro dos olhos, que pode
levar a perda da visão.
“Tanto o médico como paciente
precisam estar preparados para
enfrentar tal situação. É muito triste
para o médico ver que a cirurgia não
teve o sucesso desejado e para o
paciente que não houve a melhora
esperada”, finaliza.

A catarata
congênita, pode
ser diagnos-
ticada após o
nascimento,
através do teste
do olhinho
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