REVISTA VOX - 5ª Edição

(VOX) #1

Maria Zelinda Cardim, 46 anos, é exemplo de volun-


tária missionária nas áreas da educação e evangeliza-


ção. Há dois anos ela dedica todo seu tempo a ensinar


haitianos com amor e carinho


POR TAMYRIS ARAUJO
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FOTOGRAFIA JORGE MUNHOS E ARQUIVO PESSOAL

Adamantinense


se dedica


PEQUENOS


HAITIANOS


a ajudar


cada vez mais
raro encontrar
pessoas que fa-
çam trabalhos vo-
luntários em tem-
po integral. Isto,
perto da família,
na comodidade do lar. Agora, ima-
gine ser voluntário em países que
acabaram de passar por guerras
ou catástrofes. Que vivem reali-
dades extremamente carentes,
até mesmo de afeto, educação e
religião. Apesar do trabalho exigir
tempo, amor e dedicação, os que
participam de projetos do tipo
garantem ser gratificante.
A adamantinense Maria Ze-


É

linda Cardim, 46 anos, filha de
Zemiro e Izabel, é exemplo a ser
seguido. Ela deixou tudo para se
dedicar ao trabalho voluntário e
missionário, como é chamado no
catolicismo, no Haiti. Freira desde
1987, Zelinda está há dois anos
em Porto Príncipe, onde é diretora
administrativa do Instituto Sagra-
do Coração de Jesus, escola da
mesma rede de ensino do colégio
Madre Clélia de Adamantina, além
de ser responsável pela comunida-
de religiosa local.
“Sinto-me feliz e realizada por
tornar visível no meio daquele
povo o amor, ternura e a miseri-
córdia de Jesus, através dos meus

gestos no dia a dia, pois esse é o
meu dom e onde estiver vou tornar
o amor de Deus presente neste
mundo”, destaca.
A adamantinense conta que
quando entrou para a vida religiosa
não achou que seria missionária,
mas aos poucos o propósito foi se
amadurecendo. “Estava feliz com
meu trabalho, mas com o tempo
senti a necessidade de algo que
me desafiasse um pouco mais.
Então, a partir de experiência em
oração e quando houve o terremo-
to no Haiti, uma das imagens que
mais chamou minha atenção foi
a divulgada pela mídia que mos-
trava tudo destruído, mas o ícone
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