Aero Magazine - Edição 311 (2020-04)

(Antfer) #1
32 |^ MAGAZINE^311

A IATA INTERNATIONAL
Air Transport Association)
passou a realizar conferências
semanais, com projeções
atualizadas dos impactos da
queda vertiginosa no número de
voos em todo o mundo. No dia
24 de março, a entidade projetou
um cenário considerando
um isolamento social de três
meses, conforme sugerido
pela Organização Mundial
de Saúde, com a imposição
de rigorosas restrições de
viagens. Pela apresentação, a
pandemia reduziria a demanda
projetada para 2020 em 38%,
representando um impacto
negativo nas receitas de 252

bilhões de dólares. Em 5 de
março, a estimativa de perda
era de 113 bilhões de dólares,
mostrando o agravamento da
situação com o avanço do novo
coronavírus em todo o mundo.
A demanda projetada no
segundo trimestre poderá ser
71% menor do que a registrada
no mesmo período de 2019.
“Estamos trabalhando em um
cenário de severas restrições
de viagem, com duração
de três meses. Isso reduzirá
as receitas da indústria em
252 bilhões de dólares em
comparação a 2019”, disse
Alexandre de Juniac, diretor-
geral e CEO da IATA, durante

uma teleconferência que
reuniu executivos do setor.
Neste cenário, as companhias
aéreas podem gastar 61 bilhões
de dólares de suas reservas
de caixa durante o segundo
trimestre, com perda líquida
no período de 39 bilhões de
dólares. A entidade confirma
que a situação atual não tem
precedentes na história do
transporte aéreo, visto que, em
menos de quinze dias, houve
uma mudança abrupta no setor.
“Quando 70% de sua empresa
desaparece da noite para o dia,
não há redução de custos que
possa preencher adequadamente
essas lacunas”, alertava Juniac.

O TAMANHO DO PREJUÍZO
“As empresas vão deixar de receber 250 bilhões de dólares”


“Quando 70%
de sua empresa
desaparece da
noite para o dia,
não há redução
de custos que
possa preencher
adequadamente
essas lacunas”
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