MAGAZINE 310 | (^49)
A ajuda de
emergência dos
governos às
empresas terá
de chegar a
200 bilhões de
dólares
temáticos e museus, totalizando
65,5 milhões de empregos
pelo mundo ligados às compa-
nhias aéreas.
A IATA estimou no início do
ano que uma típica companhia
aérea tinha apenas dois meses de
caixa. Agora, os números mais
recentes disponíveis sugerem que
o número global de passageiros
aéreos caiu 50% em março em
relação ao mesmo mês do ano
passado. Globalmente, nossa
estimativa inicial indica que a
ajuda de emergência de gover-
nos às empresas aéreas tenha de
chegar a 200 bilhões de dólares.
Esse cálculo inclui aspectos como
suporte financeiro direto para
compensar a queda na receita de
passagens diretamente ligada às
restrições de viagem da covid-19.
Empréstimos e/ou garantias de
empréstimos de governos ou ban-
cos centrais também ajudarão,
assim como isenção temporária
e descontos nos impostos pagos
este ano. Juntas, essas medidas
fornecerão às companhias aéreas
um alívio importante enquanto
aguardam o recuo da crise. E
nos lugares onde as restrições
de entrada/saída e quarentena
impossibilitam os serviços aéreos,
uma medida adequada seria a
suspensão dos regulamentos do
consumidor que responsabilizam
financeiramente as companhias
aéreas por cancelamentos e alte-
rações de horários.
Chamo a aviação de “o negó-
cio da liberdade”, porque ela nos
liberta das restrições de tempo,
distância e geografia e cria opor-
tunidades para uma compreensão
maior entre as culturas. Mesmo
hoje, em seu estado debilitado,
a aviação transporta médicos,
enfermeiros, medicamentos e
kits de testes, profissionais e itens
tão necessários nas áreas mais
atingidas pela covid-19. Quando
alguém ou algo precisa chegar
rápido, a solução é a aviação. Um
setor cuja razão de ser é conectar
pessoas e culturas e promover o
comércio, tornando o mundo um
lugar mais rico.
- Alexandre de Juniac é o diretor
geral e CEO da Associação
Internacional de Transporte
Aéreo (IATA - International Air
Transport Association).