O Estado de São Paulo (2020-05-09)

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H6 Especial SÁBADO, 9 DE MAIO DE 2020 O ESTADO DE S. PAULO


T


ecnicamente, gratinado é
qualquer ingrediente assa-
do e coberto por uma crosta
crocante. Esse aqui leva batata, co-
gumelo fresco, cebola e a crosta é
feita com mussarela ralada. É fácil
de fazer, mas, para ficar bem sabo-
roso, você tem de temperar separa-
damente cada ingrediente confor-
me for preparando: cozinhe as ba-
tatas na água com sal e um toque
de pimenta; refogue rapidamente
a cebola com azeite, sal e pimenta;
refogue os cogumelos com sal e
pimenta.
Para finalizar, monte o prato em
camadas num refratário e espalhe
um pouco de molho antes de polvi-

lhar bastante mussarela ralada e le-
var ao forno.

Ingredientes
(4 porções)
5 ou 6 batatas grandes
1 cebola grande
200g de cogumelos frescos
200g de mussarela ralada grossa
2 colheres (sopa) de manteiga com sal
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
2 xícaras(chá) de leite
1 folha de louro
4 colheres (sopa) de azeite para
refogar
Sal e pimenta-do-reino moída na hora a
gosto
Uma pitada de noz-moscada

Preparo


  1. Descasque as batatas, corte-as em
    rodelas (não muito finas) e cozinhe por
    15 minutos em água com sal, uma folha
    de louro e um pouco de pimenta. Escor-
    ra as batatas. Reserve.

  2. Descasque a cebola e corte em fatias
    finas. Refogue em uma frigideira com duas
    colheres de azeite por aproximadamente
    cinco minutos, apenas para murchar. Tem-
    pere com sal e pimenta. Reserve.

  3. Lave, seque e corte em fatias grossas
    os cogumelos frescos e refogue em uma
    frigideira com duas colheres de azeite por
    uns 5 minutos. Tempere com sal e pimen-
    ta, e reserve.

  4. Prepare o molho bechamel: derreta
    a manteiga em uma frigideira, acrescente
    a farinha e mexa sem parar por uns
    dois minutos, até o cheiro lembrar o de
    amêndoas, e não mais de farinha crua.


Acrescente o leite frio e mexa, de preferên-
cia, com um batedor de arame tipo fouet,
sem parar, até incorporar bem e ficar lisi-
nho. Quando levantar fervura, abaixe o fo-
go e siga mexendo até engrossar, por cer-
ca de 15 minutos. Cuidado para não empe-
lotar – se isso acontecer, ponha um pouqui-
nho mais de leite e mexa vigorosamente.
Tempere com sal, pimenta e a
noz-moscada.


  1. Monte o gratinado em um refratário fun-
    do, alternando camadas de batata, cebola,
    cogumelo e molho branco.

  2. Rale a mussarela em um ralo grosso e
    espalhe por cima.

  3. Asse em forno preaquecido a 250° por
    aproximadamente 30 minutos (vá contro-
    lando para dourar bem, sem queimar). Sir-
    va quente como acompanhamento de car-
    nes e aves. Ou como principal, acompanha-
    do de uma salada.


COMO FAZER REPAROS


SIMPLES EM CASA


DURANTE A QUARENTENA


Prato do dia


PEQUENAS


REFORMAS


LARA CARMO

casa


Seja por estética ou necessidade, alguns serviços podem


ser feitos por conta própria – ou com um especialista remoto


PATRÍCIA FERRAZ
[email protected]

l]


Ana Lourenço


Talvez seja por passar mais tem-
po em casa e, assim, usar mais
os seus “equipamentos”; ou tal-
vez seja o tédio e a tendência de
achar defeito em tudo. Mas
quem, nesta quarentena, não
quis fazer alguns pequenos re-
paros na casa, seja por necessi-
dade ou estética?
Há diversos vídeos de tuto-
riais na internet que ajudam a
se aventurar por conta própria.
Com o isolamento social, em-
presas como Triider e GetNin-
jas também passaram a ofere-
cer serviços remotos durante o
confinamento. “O cliente pode
filmar como está a reforma de-
le, mandar o vídeo para o profis-
sional e ele ajuda a solucionar o
problema”, explica o CEO do
GetNinjas, Eduardo L’Hotel-
lier. “É uma demanda superno-
va, mas o feedback inicial é posi-
tivo.” Os serviços a distância
são para reparos simples.
Para tentar a sorte sozinho é
preciso paciência, boa vontade e
um kit de ferramentas, com fura-
deira, lixa, fita métrica, alicate,
martelo e chave de fenda. Assim
como equipamentos de seguran-
ça: máscara e óculos de proteção.


Base. Antes de se aventurar, é
importante relembrar alguns
pontos. Caso você tenha a planta
hidráulica da sua casa, fique com
ela em mãos. Às vezes, até pendu-
rar um quadro pode estourar ca-
nos importantes. Aliás, na parte
hidráulica, não mexa em nada re-
lacionado ao fluxo de água cons-
tante. “Na pia, por exemplo, exis-
tem duas peças – o flexível e o
sifão. Quando trocamos sem aju-
da especializada, trocamos o si-
fão. No flexível, não mexemos”,
alerta Cleyton Brito, prestador
de serviço da TempoTem.


Móveis. Envernizar é ótima op-
ção para revigorar objetos de ma-
deira. Para isso, passe a lixa no
objeto por inteiro; depois, retire
o pó com um pano úmido; e, só
então, passe o verniz com um pin-
cel. O mais indicado é o produto
do tipo marítimo, incolor. “Caso
tenha buracos no seu móvel,
uma dica é pegar o pó que saiu do
lixamento e misturar em um po-
te com cola de madeira até virar
uma pasta. Isso vai garantir um
acabamento perfeito, pois a cor
vai ser idêntica à do móvel”, suge-
re David Alves, funcionário da
empresa de ferramentas Black+-
Decker.
Outra técnica é a pátina, que
deixa as peças com cara envelhe-
cida. Lixar é uma das partes
mais importantes – e trabalho-
sas. Após deixar todo o móvel
lixado, aplique a tinta branca,
que será o fundo, e só então a
cor escolhida para ganhar desta-
que. “Indico a tinta à base de
água, pois é mais fácil de limpar
o chão, os pincéis e até a pele”,
diz Alves. Depois que a tinta se-
car bem, lixe novamente o mó-
vel. As cores vão se misturar,
dando o aspecto envelhecido.
Lembre-se de que madeira é di-
ferente de MDF (e atente-se ao
seu tipo: cru ou laminado). No
primeiro caso, é possível pintar o
móvel. Já no segundo, não há o
que fazer, pois ele já tem uma cor
própria. “Uma das soluções para
esse caso é o envelopamento”, in-
dica Alves. Para isso, opte pelo


seu padrão favorito e cole, com
cuidado, no móvel (limpo e se-
co). Se notar bolhas, fure com
um alfinete.

Parede. É simples arrumar bu-
racos de quadros ou estantes.
Com uma espátula, passe massa
corrida no local até preencher o
buraco. Deixe secar por pelo me-
nos três horas e, depois, com
uma lixa fina, faça o acabamento.
Em seguida, a parede já está pron-
ta para ser lixada novamente. Se
o furo for muito pequeno, tampe
com pasta de dente branca. O re-
sultado fica imperceptível.
Aqui, é possível optar por uma
reforma total, mudando as cores
e os desenhos da parede, ou ape-
nas por repintar o local repara-
do. Para a segunda opção, utilize
tinta fosca. “Ela não mostra tan-
to as imperfeições quanto uma
tinta acetinada. A gente indica pa-

ra os pintores de primeira via-
gem”, explica a arquiteta Júlia Va-
ron, do escritório Forma 011.
Para o caso de desenhos, utili-
ze fita crepe comum. “O impor-
tante é a espessura dela. A de 5
cm é a mais grossa, e evita erros.
Sempre a deixe muito bem esti-
cada na hora de pintar e nunca
tire logo depois. É preciso ter
paciência”, recomenda.
É possível também comprar
papel de parede pela internet, e
até texturas já prontas. As peças
adesivas são de fácil aplicação,
mas é necessário atenção para
medir a parede antes de pedir on-
line. “Nesse momento, a fita mé-
trica vai ser sua melhor amiga”,
indica Isabela Caserta, designer
de produto da MadeiraMadeira.
Por causa de um vazamento, a
organizadora de eventos Bettina
Gallone teve de pintar novamen-
te sua parede. “Eu moro com a

minha mãe, que é uma pessoa de
grupo de risco, e não vão entrar
terceiros na minha casa. Então,
decidi arriscar”, diz ela, que teve
de refazer a primeira tentativa de
pintura, pois ficou manchada.

Detalhes. Alguns defeitos inco-
modam, além da visão, outros
sentidos do corpo – como por-
tas rangendo. Para solucionar,
coloque óleo na dobradiça en-
quanto movimenta a peça para
frente e para trás, até que o baru-
lho pare. Caso o problema seja a
maçaneta solta, ajuste com cha-
ve de fenda simples. “Para as
que possuem parafuso de aper-
to localizado na parte interna
de um dos lados, geralmente uti-
lizamos chave Philips ou chave
Allen. Os modelos mais simples
possuem um pino metálico fa-
cilmente removível com um ali-
cate”, ensina Roberto Martins,

gerente comercial da C&C.
Pressione, com as duas mãos,
os dois lados da maçaneta até
ficarem rentes à porta ou encai-
xados. Aperte o parafuso com a
chave indicada e encaixe o pino
metálico. A mesma chave de fen-
da pode ser utilizada para aper-
tar puxadores frouxos de por-
tas de armários ou gavetas.
Por causa da regulagem das
dobradiças, as portas, especial-
mente as do banheiro e dos gabi-
netes de cozinha, costumam
perder o alinhamento. “Para fa-
zer o ajuste, afrouxe os parafu-
sos de regulagem de todas as do-
bradiças da primeira porta, posi-
cione-a na posição desejada e fa-
ça os ajustes finais nos parafu-
sos”, explica Roberto.

Funcionais. A estudante de
saúde pública da Universidade
de São Paulo Lara Carmo teve
de lidar com mofo e infiltrações
no quarto quando chegou em
sua moradia estudantil. Com a
ajuda de tutoriais e dicas onli-
ne, ela conseguiu reformar o
seu “cafofo amarelo”, como ela
apelidou o local. “Passei a dar
dicas para as pessoas no Insta-
gram. O processo levou dois
anos e, hoje, eu olho e falo: ‘Es-
tou satisfeita com isso’”, conta.
“Minha primeira dica é enten-
der e compreender de onde
vêm o mofo e a infiltração. A pa-
rede que era mais problemáti-
ca, no meu caso, era perto da
janela, por causa da chuva.”
Para descobrir, bata na pare-
de para ver se ela está fofa. Se
estiver, arranque o pedaço de
concreto com uma espátula.
Passe água sanitária nas partes
que estavam mofadas e, só en-
tão, passe massa corrida. Quan-
do ela estiver seca, lixe e pinte.
“Agora que estamos em casa,
vamos reparar mais nesses pro-
bleminhas. É interessante que a
pessoa procure fotos na internet
de umidade, de infiltração, para
reconhecer o que tem”, sugere
Charles Abrenhosa, gerente na-
cional de distribuição da Sika.
Um problema comum – espe-
cialmente no inverno – é quei-
mar a resistência do chuveiro. Pa-
ra trocar, certifique-se de estar
com calçados de borracha, luvas
e disjuntor desligado. Comece
desenroscando a tampa do chu-
veiro. Observe em que posição
está a resistência, pois a nova de-
ve ser colocada da mesma forma
(tire uma foto para garantir). Re-
tire a resistência com um alicate
de ponta, instale a nova e feche o
chuveiro. “Antes de religar a
energia, deixe o aparelho ligado
por alguns segundos com a água
fria. Isso evita que a peça queime
novamente”, diz Bianca Bianchi-
ni, diretora geral da TempoTem.
Outro problema simples é de-
sentupir pias ou consertar aque-
las que estão pingando. “A maio-
ria dos entupimentos em casa
se dá por acúmulo de gordura
ou cabelos. Você poderá utili-
zar, por exemplo, uma mistura
de duas colheres de bicarbona-
to e vinagre. Ao misturar os dois
elementos você verá que ocorre-
rá forte efervescência. Ela será
capaz de desgrudar placas de
gordura e outras coisas que po-
dem obstruir os canos”, orienta
Martins, da C&C. Faça a mistu-
ra na própria pia e, assim que ela
começar a efervescer, cubra
com um pano quente, deixando
descansar por 25 minutos. De-
pois, jogue água fervente para
terminar de desentupir o cano.

KIKO VITAL/SIKA

Cuidados. Infiltração e
umidade são diferentes

PATRÍCIA FERRAZ/ESTADÃO

MATHEUS THOMAZ/TRIIDER

‘Cafofo amarelo’. Uma infiltração na parede da janela levou a estudante Lara Carmo a reformar o quarto por conta própria

Remoto. Triider ajuda a
fazer reparos a distância

Gratinado de batata e cogumelos


Hidráulica. Área exige
atenção redobrada

TEMPOTEM
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