ENERGIA EÓLICA
mercado livre na última década, totalizando 5,5 GW de
capacidade instalada (cerca de 30% de todos os parques
eólicos em implantação ou em operação hoje no país),
decidiu direcionar 95% de suas futuras operações para
o ambiente livre.
Até junho deste ano, o parque eólico Folha Larga
Sul de 151,2 MW, no município Campo Formoso (BA),
entrará em operação. Este empreendimento, em fase de
montagem, faz parte de um contrato de fornecimento
de energia da Casa dos Ventos com a Vale por um pe-
ríodo de 23 anos, o maior prazo já assegurado no país.
Em 2021, o complexo eólico Rio do Vento de 504
MW, com parques nos municípios de Caiçara do Rio do
Vento, Riachuelo, Ruy Barbosa e Bento Fernandes, todos
no Rio Grande do Norte, também entrará em operação.
Outro da mesma capacidade (504 MW), o Rio Vento II,
também nos mesmos municípios, começa a operar em- E mais um de 350 MW, o Babilônia, nos municí-
pios Morro do Chapéu e Várzea Nova, na Bahia, em 2023.
Ao todo, os investimentos para gerar os poucos
mais de 1.509 MW somam R$ 6,5 bilhões. O modelo
de contratação adotado para o acordo com a Vale é o
PPA (Power Purchase Agreement), com o qual grandes
consumidores de energia negociam diretamente com
empresas geradoras. “O acordo prevê ainda a possibi-
lidade de a Vale configurar futuramente como sócia
do projeto”, explica Lucas Araripe, diretor de novos
negócios da companhia.
Segundo ele, a aproximação entre geradores eólicos
e grandes consumidores é uma tendência mundial, uma
vez que a fonte se tornou uma das formas mais baratas
de gerar energia e vai ao encontro da crescente demanda
por parte das empresas de garantirem um suprimen-
to energético sustentável. “A contratação por prazos
maiores também garante uma previsibilidade, o que é
interessante em países como o Brasil, onde existe uma
alta volatilidade de preços”, acrescenta Araripe. “Que-
remos levar este modelo para outros consumidores.”
Mário Ruiz-Tagle, CEO da Neoenergia, diz que a ten-
dência deste mercado é mesmo de expansão e que a em-
presa está preparada para esse movimento. Diante disso,
decidiu antecipar em três meses as obras de construçãoRuiz-Tagle,
da Neoenergia:
tendência de
expansão
permaneceLEO PINHEIRO / VALORCanal Unico PDF - Acesse: t.me/ojornaleiro