FORNECEDORES
F
ornecedores de equipamen-
tos e serviços no setor de
energia, que comemoraram
2019 como um ano de grande de-
sempenho, enfrentam agora o im-
pacto do coronavírus não só sobre
o nível de atividade da economia
brasileira, mas também no fluxo de
importação de peças e equipamen-
tos da China. Eles não arriscam pro-
jeções para 2020, mas estão atentos
a novas oportunidades. “É inegável
que, a curto prazo, a pandemia trará
consequências para o desenvolvi-
mento da nossa economia e afetará
todos os setores”, afirma Roberto
Vallese de Godoi, diretor-executivo
financeiro da área Digital Grids da
Siemens Brasil. Depois de um iní-
cio de ano com excelente desempe-
nho, a empresa tem como foco “a
prestação de suporte aos clientes e
parceiros e na retomada dos inves-
timentos e atividades pós-crise, que
certamente virão”.
A Siemens oferece produtos e so-
luções para todo o setor energético,
de grandes usinas hidrelétricas a no-
vas plantas de geração a gás, parques
eólicos e geração solar, com turbi-
nas, transformadores, gerenciamen-
to inteligente de redes até soluções
inovadoras de armazenamento.
Godoi destaca que as oportunida-
des do setor elétrico são enormes,
principalmente devido à transição
da matriz energética no país. “Esta-mos vendo um crescimento relevan-
te da participação das usinas eóli-
cas e solares em nossa matriz. O gás
natural também se apresenta como
peça extremamente importante por
trazer a segurança e a capacidade de
balanceamento da geração nos mo-
mentos de ‘picos e vales’ das fontes
renováveis.”
Geraldo Cesar Mota, diretor-pre-
sidente da Energisa Soluções (Esol)
e vice-presidente de geração, trans-
missão e serviços do grupo Energisa,
também está “muito animado com
as perspectivas do setor” e acredita
que a eficiência energética do país
deve triplicar. A Esol fornece equipa-
mentos, projetos, soluções e serviços
do setor elétrico em geral e atua em
19 Estados, atendendo clientes de
companhias geradoras, transmis-
soras, distribuidoras e indústrias.
Com 1.400 funcionários, divididos
entre as bases operacionais nas
regiões Norte, Nordeste, Sudeste e
Centro-Oeste, a Esol tem sede em Ca-
taguazes (MG) e responde por uma
potência total instalada de 3,7 GW,
sendo 1,7 GW pertencente a usinas
hidráulicas, já construiu mais de 65
subestações e mais de 1.300 quilô-
metros de linhas de transmissão. Fe-
chou 2019 com uma receita opera-
cional líquida de R$ 226,8 milhões,
crescimento de 38,2% sobre 2018.
“Foi um ano fantástico”, avalia Mota.
O executivo afirma que, por en-Compra de peças e equipamentos da China registra queda
acentuada com redução dos volumes transportados e alta
expressiva do dólar Por Lizete Teles de Menezes
IMPORTAÇÃO TEM
FLUXO REDUZIDO
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