Valor Setorial - Energia (2020-04)

(Antfer) #1
DIVULGAÇÃO

Godoi, da
Siemens:
atento à
retomada
pós-crise

quanto, sua rede de fornecedores
não apresenta problemas. “Pro-
dutos importados da China, por
exemplo, registram um pequeno
atraso na entrega, mas espera-se
que, aos poucos, a importação seja
normalizada.” Em 2019, a empresa
fechou contrato para seis parques
eólicos na Bahia, com capacidade
de geração de 736 MW. A frente de
eficiência energética e qualidade da
energia também continua com for-
te demanda. “Incorporamos novas
tecnologias à prestação de serviços,
com automação e digitalização de
processos, por exemplo.”


Com operação exclusiva em
energia fotovoltaica, o Portal Solar
atua como plataforma eletrônica
de intermediação entre consumi-
dores, fornecedores e instaladores
do sistema de energia solar. Com
15 mil empresas instaladoras ca-
dastradas, recebeu aporte do Banco
Votorantim em 2019, hoje um sócio
minoritário. “Trabalhamos com os
principais distribuidores do Brasil
e o mercado de energia fotovoltai-
ca está aquecido, não há falta de
equipamentos”, afirma o diretor-
-presidente, Rodolfo Meyer.
Segundo ele, o segmento de

fotovoltaica cresceu 300% no ano
passado, mas refluiu por conta do
advento da Covid-19, que parou as
instaladoras e derrubou o volume de
vendas entre 50% e 70%. “Os maiores
fornecedores de painéis solares são a
China, internacionalmente, e a WEG
em nível nacional”, diz. “A China já
se recompôs, continua exportando,
atrasou um pouco as vendas por
mais ou menos duas semanas, mas
já está retomando o ritmo.”
Mas a demanda local travou. “Os
fornecedores não estavam prepara-
dos para essa queda, estavam com-
prando muito porque o mercado
estava aquecido acima do padrão,
os estoques rodavam muito rápi-
do.” Com a queda de até 70% nas
vendas e a chegada de contêineres
de equipamentos importados, os
fornecedores nacionais estão lota-
dos de produtos, com um agravante:
“São estoques caros, porque foram
comprados com o dólar a R$ 5,00”.
No caso do Portal Solar, a grande
capilaridade da plataforma tornou
o impacto menor, diz Meyer.
Preocupação semelhante à do
grupo CS Brasil, empresa localiza-
da na cidade de Barretos (SP) e que
atua exclusivamente no segmento
de energia solar com o fornecimen-
to de tecnologia de microinversores
(Apsystems) e da solução Solared-
ge, indicada para grandes projetos.
“Nossos clientes possuem perfis de
natureza mista, comercial, residen-
cial e rural, que são atendidos por
um corpo de engenheiros e técnicos
preparados para uma análise com-
pleta e detalhada de cada caso”, afir-
ma Carlos Squisate, CEO do grupo.
O executivo observa que muitos
clientes anteciparam seus pedidos,
por receio do aumento do dólar. “Te-
mos hoje a China como referência
no que diz respeito ao segmento
de energia solar, e a Covid-19 traz
impacto direto, uma vez que o país é
responsável por 100% dos suprimen-
tos de módulos fotovoltaicos, 70%
dos inversores e apenas as estruturas
de fixação são fornecidas por empre-
sas nacionais”, diz o empresário. O
preço dos equipamentos disparou
com a pandemia.

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