a SIX , Unidade de Industrialização do Xisto, no Paraná.
As oito unidades que deixarão de integrar a Petrobras
representam 50% da capacidade instalada da estatal, o
equivalente totalizando 1,1 milhão de barris por dia de
petróleo processado. A venda das refinarias faz parte de
acordo que a estatal assumiu com o Conselho Admi-
nistrativo de Defesa Econômica (Cade) para promover
a abertura do mercado. Por outro lado, o desinvesti-
mento na área de refino vai ajudar a empresa a reduzir
seu endividamento.
D’Elia defende o aumento do transporte de cabo-
tagem e a ampliação da infraestrutura portuária e de
internalização dos produtos – via dutos e ferrovias. “Para
isso, é importante desenvolver terminais não só nes-
tas localizações onde há forte limitação, mas também
em portos como Santos, Paranaguá e Suape, que serão
importantes na garantia do abastecimento a preços
competitivos para o consumidor”, explica o consultor.
A Petrobras anunciou, em 20 de março, o adiamen-
to do recebimento das ofertas para a venda das oito
refinarias do pacote que faz parte do programa de de-
sinvestimentos da estatal. A decisão se deu por conta
das medidas de prevenção contra o coronavírus, para
assegurar a efetiva realização da due diligence por parte
dos potenciais compradores, segundo a empresa.
Com o adiamento, é possível que a assinatura dos
contratos neste ano e a conclusão da venda em 2021
sofram atrasos, embora a Petrobras não tenha detalhado
se as previsões do cronograma mudaram. A empresa
também anunciou ajustes no processamento de suas
refinarias, em linha com a demanda por combustíveis.
Para Walter de Vitto, da consultoria Tendências, adiar
a venda das refinarias é uma iniciativa correta, neste
momento de mercado de petróleo instável, em meio à
guerra de preços entre grandes produtores, a Rússia e
a Arábia Saudita, e a crise econômica provocada pelo
coronavírus. Em ocasiões assim, “fica todo mundo na
defensiva”, diz.
Ele avalia que, no contexto atual, o atraso no processo
de abertura do mercado nacional de derivados é secun-
dário. Para Vitto, com a retração provocada pela crise,
empresas estrangeiras poderão tentar alocar sobra de
produtos no Brasil, gerando uma disputa de mercado.
As refinarias e seus respectivos ativos logísticos ofer-
tados pela Petrobras despertam o interesse de multi-
nacionais, como a chinesa Sinopec e a companhia deLandolpho
Alves (BA):
unidade está
na lista de
privatizaçãoCanal Unico PDF - Acesse: t.me/ojornaleiro ANDRE VALENTIM / AGÊNCIA PETROBRAS