Valor Setorial - Energia (2020-04)

(Antfer) #1

TECNOLOGIA E INOVAÇÃO


DIVULGAÇÃO

Rodriguez, da
GE: objetivo
é aumentar
inserção de fontes
renováveis

senvolveu um aplicativo para que os clientes controlem
a demanda de energia elétrica em suas residências ou
empresas. Quem ocupa edificações menores (com gasto
de até 1 mil kWh por mês) recebe um relógio de mesa,
que traz informações instantâneas sobre o consumo.
Já clientes de maior porte podem verificar o consumo
on-line em qualquer lugar, pelo aplicativo. A ferramenta
também traz relatórios individuais de consumo, um
canal de relacionamento, e permite monitorar a geração
em tempo real das usinas solares da Sun Mobi.
Para o empresário, o próximo ponto disruptivo do
setor está na tecnologia do armazenamento de ener-
gia solar, a partir das baterias em residências. “Este
é um projeto que já está implantado na Califórnia e
logo deve ganhar novos mercados”, diz ele, que no
começo da empresa, em 2016, recebeu o apoio de
quatro investidores-anjo. Agora, no segundo semes-
tre, pretende captar R$ 36 milhões para aumentar a
oferta do serviço no Estado de São Paulo. A capacidade
instalada da Sun Mobi atualmente é de 1,4 MWp e o
plano para 2022 é atingir capacidade instalada de 50
MWp e R$ 200 milhões de investimentos.
Em Minas Gerais, o plano da Enercred é aumentar
neste ano em 15 MWp sua capacidade instalada de
geração de energia elétrica de fonte renovável. Hoje, a
companhia possui duas usinas solares em Pedralva, no
sul de Minas, cada uma com capacidade de 100 kWp.
A primeira usina, com capacidade de 5 MWp, foi cons-
truída em Montes Claros, com investimentos da Safira

Energia, acionista da Enercred, e começou a operar neste
mês de abril. Agora, em maio, devem ser inauguradas
mais quatro usinas, duas em Juiz de Fora e duas em Pa-
raisópolis, cada uma com capacidade de 2,5 MWp. O
projeto de ampliação da capacidade continua em meio
à pandemia. “Mas a Cemig [Companhia Energética de
Minas Gerais] precisa fazer a ligação das novas usinas
ao seu sistema, este pode ser o único ponto de atraso.”
O serviço da Enercred funciona como uma assina-
tura mensal, da qual o cliente aluga um percentual das
micro e miniusinas solares da empresa, que cuida de
compartilhar a energia produzida, com benefícios em
termos de custo – uma redução de até 10% na conta de
luz. Hoje, soma 1,2 mil consumidores em Minas. “Nós
atuamos como uma imobiliária de energia: conectamos
o cliente final ao percentual que ele precisa da usina”,
diz o principal executivo (CEO) da Enercred, José Otávio
Carneiro Bustamante. “É um Airbnb da energia reno-
vável”, afirma.
De acordo com o empresário, com as novas usinas, os
atuais 2,5 mil clientes podem chegar a 5,5 mil. “O obje-
tivo do mercado de energia renovável é construir usinas
menores, mais próximas dos centros de consumo”, diz
Bustamante. No momento, o mercado mineiro é o mais
interessante para a Enercred, porque é o único no Brasil
que isenta ICMS sobre a energia compartilhada. “Mas
existem outros mercados no nosso radar, como Rio de
Janeiro, Goiás e interior de São Paulo”, afirma.
Em São Paulo, a Damata Solar – distribuidora de
produtos de sinalização aérea, marítima, terrestre e
predial, a partir da energia solar – descobriu um novo
produto: o semáforo solar portátil. Tudo começou há
três anos, com a demanda de um cliente do agronegó-
cio, que queria um sinalizador para um cruzamento
na fazenda. Sempre que o treminhão precisava pegar
a pista, o movimento era demorado, e o tráfego ficava
perigoso. Então a Damata desenvolveu um semáforo
solar amarelo piscante.
Até que um dia, indo para a empresa, no bairro do
Jaguaré, zona oeste de São Paulo, o empresário João
Damata percebeu que o semáforo que regulava o tráfego
na ponte local – interditada por obras da Prefeitura – só
funcionava à noite. O equipamento dependia de ba-
teria e, durante o dia, um funcionário da Companhia
de Engenharia de Tráfego (CET) monitorava o tráfego.
Damata teve então a ideia de criar um semáforo solar
com duas fases – verde e amarelo – e disposto em duas
pontas diferentes da via.
A ideia agradou à Novacap, contratada pela Auto
Pista Fluminense para substituir os bueiros metálicos
de drenagem no km 159 da BR-101. “É uma rodovia
estreita, de duas mãos, o que demandava um semáfo-
ro de um ponto a outro da estrada.” O produto tem
autonomia para sete dias sem sol, diz Damata. “Agora
vamos começar a fazer a locação do semáforo, além
de explorar novos potenciais clientes, como a Polícia
Rodoviária”, diz.

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