O Estado de São Paulo (2020-05-12)

(Antfer) #1

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A2 Espaçoaberto TERÇA-FEIRA, 12 DE MAIO DE 2020 O ESTADO DE S. PAULO






O Fed (o banco central dos Es-
tados Unidos) comprometeu
mais de US$ 2 trilhões em com-
prar (ou tomar como garantia
de empréstimos) títulos cor-
porativos, papel comercial de
curto prazo, ações de fundos
de títulos corporativos e ETFs
e pacotes securitizados de em-
préstimos comerciais. De fa-


to, o Fed se transformou no
maior fundo de hedge do mun-
do – apenas ao contrário de
um fundo de hedge, ele não
precisará levantar seu dinhei-
ro dos investidores. Em vez
disso, a instituição simples-
mente imprime.

http://www.estadao.com.br/e/fed

U


m fato novo complica
o entendimento entre
os países do Mercosul.
Em abril a Argentina informou
que não mais acompanharia
Brasil, Paraguai e Uruguai nas
negociações em curso do Mer-
cosul com outros países, como
Canadá, Cingapura, Coreia do
Sul, Líbano e Índia. Mas man-
teria sua participação nos acor-
dos, já concluídos e não assina-
dos, com a União Europeia
(UE) e com a Associação Euro-
peia de Livre Comércio (Efta).
Na semana passada o governo
argentino voltou atrás, num
confuso comunicado em que
ressalta ter decidido manter-
se nas negociações conjunta-
mente, mas sempre levando
em conta as sensibilidades dos
setores menos competitivos
(industriais).
Embora querendo partici-
par de todos os trabalhos e de-
mandando a inclusão de cláu-
sulas que resguardem os inte-
resses argentinos futuros, Bue-
nos Aires não se compromete
com a conclusão das negocia-
ções em curso. O chanceler Fe-
lipe Solá diz favorecer um regi-
me de dupla velocidade, em
que a Argentina não fica fora
dos acordos, mas quer ter a pa-
lavra final sobre como e quan-
do passaria a fazer parte deles.
Até meados do ano, o acor-
do Mercosul-UE deve ser assi-
nado. Como o governo argenti-
no reagirá durante o processo
de ratificação, se forem solici-
tadas modificações no texto
do acordo, como foi no caso
do tratado UE-Canadá? Nues-
tros hermanos querem um Mer-
cosul à la carte, o que aumenta
a incerteza para todos, pela in-
segurança jurídica na aplica-
ção dos compromissos assumi-
dos. Flexibilização, se houver,
tem de ser para todos.
Além dessa incerteza, men-
ciono duas questões do lado
brasileiro para o acesso ao
mercado europeu: competitivi-
dade e meio ambiente.
Para aproveitar as preferên-
cias tarifárias, os produtos in-
dustriais deverão melhorar sig-
nificativamente sua competiti-
vidade e passar a receber trata-
mento isonômico em relação

ao produzido em outros paí-
ses. Sem isso, apesar de a UE
abrir seu mercado com tarifa
zero de imediato para 75% de
suas importações, será difícil
competir no mercado europeu
com produtos importados de
outras áreas, como EUA, China
e Coreia. A aprovação da refor-
ma trabalhista e a da Previdên-
cia Social foram avanços impor-
tantes no caminho da moderni-
zação do Estado brasileiro. De
modo a que o custo Brasil seja
reduzido, é imperativo serem
aprovadas a reforma tributária,
a reforma do Estado e um am-
plo programa de desburocrati-
zação, simplificação e facilita-
ção de negócios e de melhoria
na logística (portos, estradas,
ferrovias). Em paralelo, um efi-
ciente programa de inovação
das empresas e de políticas pú-
blicas ajudaria a modernizar a
operação das companhias que

produzem para o mercado do-
méstico e também exportam.
Estudo recente da Fiesp, mos-
tra que a indústria nacional, an-
tes da pandemia, estava lenta
na busca para alcançar o nível
de 4.0 – 1,3% tinha investimen-
to em 4.0 (em faturamento).
O segundo desafio são os
compromissos na área de meio
ambiente que o Brasil deverá
cumprir. O capítulo de desen-
volvimento sustentável, incluí-
do no acordo, talvez seja o
mais desafiador, em vista da
atual política de meio ambien-
te e mudança de clima do go-
verno brasileiro. A crescente
força política dos partidos ver-
des nos Parlamentos dos paí-
ses europeus poderá represen-
tar um obstáculo para a ratifica-
ção do acordo caso a atual po-
lítica ambiental brasileira não
se modifique, como exemplifi-
cado pela crise em relação ao
Fundo Amazônico, que resul-
tou na suspensão de recursos fi-
nanceiros recebidos da Alema-
nha e da Noruega. Os compro-
missos assumidos pelos países-

membros no tocante ao desen-
volvimento sustentável estão
incluídos em 18 artigos, que co-
brem acordos relacionados a
comércio e meio ambiente, co-
mércio e biodiversidade, co-
mércio e preservação de flores-
tas, da ONU, além de regras da
Organização Internacional do
Trabalho, incluída a Resolução
169, que trata da exploração de
terras indígenas. O descumpri-
mento dos dispositivos dos
acordos poderá acarretar boico-
tes e mesmo restrição de im-
portação de produtos agrícola
do Mercosul. São mencionados
explicitamente os principais
acordos internacionais, como
os derivados da Conferência da
ONU sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento, da Conferên-
cia Quadro da ONU sobre mu-
dança do clima, da Convenção
sobre Diversidade Biológica, da
Convenção da ONU de Comba-
te à Desertificação, do Acordo
de Paris de 2015, de regras da
OMC e resoluções de outros or-
ganismos internacionais. Além
disso, por insistência da UE, foi
aprovado o princípio da precau-
ção, pelo qual o não cumpri-
mento de acordos de meio am-
biente, energia ou trabalho for-
çado ou infantil pode acarretar
restrição à importação de deter-
minado produto.
O mundo mudou e as preocu-
pações com o meio ambiente, a
mudança do clima, a preserva-
ção das florestas entraram defi-
nitivamente na agenda global.
A falta de informação interna
objetiva dos compromissos in-
ternacionais assumidos pelos
diferentes governos nas últi-
mas décadas e a crescente per-
cepção externa negativa sobre
as políticas ambientais criam
uma incerteza adicional para o
setor produtivo, em especial o
do agronegócio.
Com o fim da covid-19, as
questões ambientais vão ressur-
gir com toda a força e os gover-
nos do Mercosul não poderão
ignorar essa agenda incluída no
acordo com a União Europeia.

]
PRESIDENTE DO INSTITUTO
DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
E COMÉRCIO EXTERIOR (IRICE)

Universidade elaborou pro-
jeto para produzir respirado-
res mais baratos.

http://www.estadao.com.br/e/respiradores

E-INVESTIDOR _____


Socialismo apenas para os investidores


O visitante encontrará áu-
dios, vídeos, imagens e publi-
cações, que pertencem à his-
tória do órgão, que comple-
ta 74 anos em 2020.

http://www.estadao.com.br/e/sesc

l“Gastar quase R$ 4 milhões em quatro meses, em tempos de quaren-
tena, em despesas pessoais? Faça-me o favor! Isso foi gasto em quê?”
ROMUALDO SANTILLO

l“O relógio (de Bolsonaro) é de plástico, a caneta é Bic, o corte de cabe-
lo é com barbeiro. Acordem, o Brasil está mudando para melhor!”
MARCO AURÉLIO DE SALES

l“O cartão corporativo está sendo utilizado para cobrir despesas sigi-
losas do presidente. O que ele está fazendo com o dinheiro público?”
DANIEL CAMPOS

l“Usar cartão corporativo do presidente para trazer os brasileiros
que estavam na China é no mínimo estranho.”
LUCIANA LOUREIRO

INTERAÇÕES

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
PRESIDENTE: ROBERTO CRISSIUMA MESQUITA
MEMBROS
FERNANDO C. MESQUITA
FERNÃO LARA MESQUITA
FRANCISCO MESQUITA NETO
GETULIO LUIZ DE ALENCAR
JÚLIO CÉSAR MESQUITA

Instrumento vem com com-
partimento de armazena-
mento com uma pequena
bolsa onde o músico teria
escondido heroína.

http://www.estadao.com.br/e/nirvana

Espaço Aberto


T


á feia a coisa!
O Brasil Oficial bolso-
narizou-se. Agora é gol-
pe contra golpe suposto. Fato
não vale mais nada...
Por que foi mesmo que essa
coisa começou? Alguém se lem-
bra? É capaz de precisar? Qual
o inquérito que queriam parar?
Qual a lei que foi violada? E es-
sa urgência toda, desenfreada,
sumária, é pela gravidade do
crime? É para livrar o povo bra-
sileiro de algum desastre imi-
nente? Ou é só função da agen-
da biográfica do ministro Celso
de Mello? Ele nós sabemos que
tem pressa. Sua história acaba
em novembro e sua eminência
reverendíssima quer, declarada-
mente, um “fecho de ouro”.
Alexandre de Moraes?
Bolsonarizou-se. Teve um re-
pente de emoção e deixou ro-
lar queném presidente na cer-
ca. Nem a lei, nem a razão. Fez
lei do que sente. Ele com ele.
Sozinho.
O colegiado?
Bolsominionizou-se. Respon-
deu como patota. Nenhum ar-
gumento. Nada sobre a Consti-
tuição. Amiguismo só. Agora é
guerra! Com ou sem Celso de
Mello! Delenda Bolsonaro! De-
vassem-se as reuniões do Mi-
nistério! O banheiro do presi-
dente! Tem plano B e tem pla-
no C, seja quem for que ele po-
nha no STF...
A imprensa?
Vai de arrasto esse rabo do
Brasil Oficial. A mais doente vi-
rou personagem de si mesma.
As manchetes são cada vez
mais autorreferentes. Onde já
houve informação e demons-
tração hoje há dois ou três caro-
ços de raciocínio boiando em
enxurradas de adjetivos. É um
bolsominion pelo avesso igual-
zinho ao STF. Ou pior! Atira
aos cães a própria instituição
do jornalismo. Os ostras do
bolsonarismo agradecem em-
penhados. Deixariam de existir
se não tivessem essa imprensa
que pede pedradas.
É esse o dom divino do “Mi-
to”. Tudo o que ele toca bolso-
nariza-se ou bolsominioniza-
se. Não é homem de ação, é ho-
mem de falação. Suas palavras
partem do e são recebidas pe-


lo cérebro reptiliano que ainda
pulsa por baixo do nosso. Mal
batem no ouvinte trancam-lhe
o raciocínio e desatam violen-
tas tempestades de reflexos.
Não há explicação científica. A
conflagração sobrevém incon-
trolável, nevrálgica.
Fez da pandemia um instru-
mento inegociável de confron-
to. O STF instalou-o no mais
covarde dos “eu não disses”.
Se estivesse querendo vender
caro a quarentena, que é o que
dá em sã consciência pra fazer
num país onde a saúde pública
sempre esteve à beira do colap-
so, estava colhendo dados, de-
senhando parâmetros para ba-
lizar a saída para a quarentena
inteligente. Em vez disso, saiu
por aí cuspindo e tragando per-
digotos. “E daí?” Dez mil vidas
e estamos na estaca zero. Meia
quarentena para a economia
inteira, mas o vírus continua a

mil. É a festa da morte.
Para comprar ou para ven-
der Bolsonaro só dá saída pelo
que não é. Que golpe, que na-
da! Os milicos estão cevados
na privilegiatura. Não querem
mudar nada. Ele é louco, mas
não rasga dinheiro. Nem mos-
tra seu exame de covid. Paulo
Guedes é o rótulo atrás do
qual esconde-se o sindicalista
de fardado que sabota todas as
reformas que foi eleito para fa-
zer. Nem no meio da pande-
mia admite que toquem na pri-
vilegiatura. Prometeu um veto
à punhalada que ele mesmo
deu nas costas esburacadas do
seu ministro quixote porque
não está dando pra perder
mais um “pilar” debaixo desse
tiroteio. Mas é só se reequili-
brar que crava de novo.
E o dólar voa e a ladroagem
ruge...
Brasília?
Brasília não está plenamen-
te convencida de que exista
um povo brasileiro. Vive ater-
rorizada pela ideia de cair das
beiradas daquele mundo plano

e absolutamente estável para o
inferno que criou aqui fora. Pa-
ra esses negacionistas o Brasil
Real é tabu. É rigorosíssimo o
protocolo da corte. Lembrar
Brasília, assim, sem aviso, de
que existe um povo brasileiro
e que ele está no fundo do abis-
mo de tanto pagar os luxos das
excelências é dar prova de “ver-
gonhosa deselegância” e “má
educação”. Esse negócio de
congelar salários do funciona-
lismo por 18 meses nem que se-
ja só por vergonha só pode ser
fruto de alguma maquinação
maquiavélica punível pelo
STF. 227 anos depois da deca-
pitação de Maria Antonieta,
Brasília e o jornalismo dos bol-
sominions pelo avesso acredi-
tam piamente que reduzir pri-
vilégios da privilegiatura é “al-
tamente impopular”. Um peri-
go! Põe o País “em risco de ins-
tabilidade institucional”.
A única doença do Brasil é o
descolamento absoluto do País
Oficial do País Real. Todo o res-
to são só sintomas. As deforma-
ções mais horripilantes são fru-
to da antiguidade do mal. Há
no Congresso e no serviço pú-
blico marajás de 4.ª ou 5.ª gera-
ção. Desde o bisavô, desde o ta-
taravô que essa gente não paga
uma conta. Sua alienação tem
a solidez inabalável da autenti-
cidade. Não tem cura. Não tem
volta porque jamais chegou a
“ir”. Nasceu assim.
A democracia representativa
é uma hierarquia rígida. A in-
versa da que temos. A arruma-
ção do Brasil começa pela liga-
ção do “fio terra” do País Ofi-
cial no País Real que se dá pela
instituição do voto distrital pu-
ro, o único que estabelece uma
identificação concreta e verifi-
cável entre cada representante
e os seus representados que de-
vem ter poder de vida e morte
sobre seus mandatos a qual-
quer momento. Esse tipo de vo-
to educa. Uma vez instituído, a
limpeza começa e nunca mais
para. As lealdades se rearran-
jam e tudo se vai arrumando. É
só questão de tempo.

]
JORNALISTA, ESCREVE
EM WWW.VESPEIRO.COM

PUBLICADO DESDE 1875

LUIZ CARLOS MESQUITA (1952-1970)
JOSÉ VIEIRA DE CARVALHO MESQUITA (1947-1988)
JULIO DE MESQUITA NETO (1948-1996)
LUIZ VIEIRA DE CARVALHO MESQUITA (1947-1997)
RUY MESQUITA (1947-2013)

FRANCISCO MESQUITA NETO / DIRETOR PRESIDENTE
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Violão de Cobain deve
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]
Fernão Lara Mesquita


Tema do dia


Ação fez com que família
reencontrasse homem desa-
parecido há 12 anos.

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Bolsonarizamo-nos!


O STF e parte da
imprensa viraram
bolsominions
pelo avesso

Desafios do acordo


Mercosul-União Europeia


Além das incertezas
vindas da Argentina,
competitividade e meio
ambiente estão em foco

AMÉRICO DE CAMPOS (1875-1884)
FRANCISCO RANGEL PESTANA (1875-1890)
JULIO MESQUITA (1885-1927)
JULIO DE MESQUITA FILHO (1915-1969)
FRANCISCO MESQUITA (1915-1969)

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(SEGUNDA A SÁBADO) E R$ 10,50 (DOMINGO). AM, RR,
CE, MA, PI, RN, PA, PB, AC E RO: R$ 9,00 (SEGUN-
DA A SÁBADO) E R$ 11,00 (DOMINGO)
PREÇOS ASSINATURAS: DE SEGUNDA A DOMINGO


  • SP E GRANDE SÃO PAULO – R$ 134,90/MÊS. DEMAIS
    LOCALIDADES E CONDIÇÕES SOB CONSULTA.
    CARGA TRIBUTÁRIA FEDERAL: 3,65%.


Bolsonaro justifica


gastos em cartão com


voos para a China


Entre janeiro e abril, despesas sigilosas
da Presidência somaram R$ 3,8 milhões,
dobro da média dos últimos cinco anos

]
Rubens Barbosa

BRENDAN MCDERMID/RREUTERS NIRVANA

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