Valor Econômico (2020-05-12)

(Antfer) #1

JornalValor--- Página 12 da edição"12/05/2020 1a CAD A" ---- Impressapor VDSilva às 11/05/2020@21:31:4 2


A12|Valor| Terça-feira, 12 de maiode 2020

Especial


Diversificar as cadeias de fornecimento seria difícil e caro


Análise


AlanBeattie
FinancialTimes,de Bruxelas

Nãoestamosaindaemplenore-
laxamentodo confinamento radi-
cal—oprimeiro deles,deveríamos
dizer —em boa partedos países ri-
cos. Mas os futurólogos já estão re-
forçando a produção de previsões
sobrecomo deveriaser um comér-
ciomundialàprovadepandemia.
Umacoisa pelaqual muitasau-
toridades públicas anseiam é tor-
nar as cadeiasde suprimentos “re-
sistentes” a choques. Bem,até aí
não há oque discutir. Ninguém é
contra a capacidadede recupera-
ção, assimninguém éaf avor da
criminalidade. Mas comofazer is-
so? Aopinião padrão parece ser a
diversificaçãoe, em especial, não
pôr todoos eu dinheiro em risco

ao se abastecer apenas a partir da
China. Entrepolíticos maisultra-
passados, issosignifica aindatra-
zeraproduçãodevoltaparacasa.
Mas adiversificação éassim tão
fácil de implementar comoépara
ospolíticosadefenderem?Nãoé.
Aqui vamospassar a palavra a
JohnNeill, presidente eCEO da
empresa britânicade logística ede
cadeiade suprimentosUnipart,
que tem,digamos,um pouco de
experiência nesse campo.No setor
automobilístico,noqualaUnipart
começou e onde atua intensamen-
te, um procedimentode forneci-
mentode um novocomponente
envolvefazer um pouco maisdo
queumabuscanositedaeBay.
No caso de um produtocomo
tanquesde combustível,forneci-
dospelaUnipartparaos etorauto-
mobilístico britânico,são necessá-
rios mesesou anos para encontrar

um fornecedor,conversar sobre as
especificações, avaliar a qualidade
da produçãoesecertificardeque
os procedimentosdo possívelfor-
necedorsão confiáveis ereprodu-
tíveis. “Digamos que queremos
trazer a produção de um desses
componentes para tanques de
combustíveldevoltaaoReinoUni-
do”, disseNeill.“Teríamosde sub-
metê-lo a toda uma série de testes
de qualidadeedesegurança para
provar aos nossosclientes que eles
atendematodosos requisitos de
segurança. Eles são, comrazão, in-
crivelmente avessos ao risco no ca-
so de um produto em que asegu-
rançaédeterminante,comoeste.”
Assim, tenteconsolidar diversi-
ficaçãogeográfica ecapacidade
excedente para ganharresiliência
contra a próxima pandemia. Tal-
vez você vá àfalência antesdisso.
“Imaginequevocêresolveutertrês

fornecedoresdeumcomponente”,
dizNeill.“Vocêteriadetertrêscon-
juntos de usinagem e três equipes
de apoiocomeles. Os custos se-
riamastronômicosevocênãoseria
competitivo.Assim, vocêpoderia
ter umacadeia de suprimentos
maissólida do que os outros,mas
ninguém iria comprar os seus car-
ros,porseremcarosdemais.
Outracoisa: de queexatamente
a diversificaçãode fornecedores
nos protege? Claro, houve cho-
ques pontuais num país ou numa
região no passado, como o terre-
motode Fukushima, no Japão,em
2011,quando muitas empresas
acordaram para o quanto a fabri-
cação da lâmina de silício se con-
centravana região.Ou oepisódio
de terras-raras ocorridoum ano
antes, quandoa China, maiorpro-
dutora desses minerais essenciais
para fabricar muitos produtos ele-

trônicos, baixou restrições às ex-
portaçõespara desviá-las parasua
própria indústria. Orestante do
mundo,àsvoltascomepisódiosde
escassez e com disparada de pre-
ços, apressou-se em reabrir, aos
trancosebarrancos, velhasminas
deterras-rarasedeescavarnovas.
Mas a pandemia é um choque
mundial. Diz Neill: “Não consigo
pensar numa única coisa que po-
deríamoster feito se soubéssemos
da chegadado coronavírusque te-
ria nos protegido.Fábricas e uni-
dades de produção do mundoin-
teiro pararam.Digamosque esti-
véssemos sendoabastecidosde tu-
dooqueprecisamosnoReinoUni-
do.Ogoverno,dequalquermanei-
ra, fechouvárias áreasdo Reino
Unido. Portanto, ficaríamos,de to-
domodo,namesmasituação”.
Agora, tudo bem,pegamos um
exemplo favorável para a nossa te-

se,parailustrarnosso argumento.
As cadeias de suprimentosauto-
mobilísticas são notoriamente
complexas,com tolerância muito
baixapara erros de produçãoede
logística. É obviamente maisfácil
diversificar o abastecimento para
uma coisa maisbarata e maissim-
ples,comomáscarascirúrgicas.
Mas,mesmo assim, adificulda-
de de reformularas cadeias de su-
primentos é uma questão incrivel-
mente importante.Terá de haver
alguns incentivos seriamente
grandes para fazercom que mui-
tas indústrias diversifiquemseu
fornecimento. E se isso for real-
mente feito de forma generaliza-
da, os produtos acabarãosendo
muitomaiscaros,oumuitomenos
sofisticados, do que até agora. E
talvez nem assimalcancemos a re-
siliência. Sejamoscuidado-
soscomasescolhas.

Desemprego em alta


MI

CHAELA

HANDREK

-REHLE/BL

OOMBERG

Quaseumaem cadacincoempresas
alemãsdecidiudemitirfuncionários
em abril,em virtudedo impacto
econômicoda covid-19. Os setores de
alimentação(restaurantes),
hotelariae de recrutamento foram
os maisatingidas,segundopesquisa

do instituto econômicoIfo com
6.500empresas.Os dadossugerem
que os subsídiosdo governo alemão
para evitar demissõesnão impedirão
um forte aumento do desemprego.
No setor industrial,a maioriadas
fábricasalemãsmantiveram o

funcionamento duranteo
confinamento, masmuitas
montadoras tiveram de parar por
falta de peçasou por causado
colapsona demanda.Na foto, linha
de produçãoda Mercedes-Benz
operandoem Sindelfingen.

EuropaMaioriadasempresascontinuouoperandono


país,graçasatestesemedidasrígidasdeprevenção


Alemanha mostra


como produzir em


meio à pandemia


Tom Fairless
Dow JonesNewswires,
de Mulfingen (Alemanha)

Quando boa parte da econo-
miadaEuropaparou,emmeados
de março, a rotina de trabalho se-
guiu quase inalterada no Ebm-
papst Group, fabricante alemão
de ventiladores e motores,com
sedepróximoàFlorestaNegra.
Ao longo do confinamento na-
cional de seis semanas, que agora
está sendo gradualmente suspen-
so,aempresa,decontrolefamiliar,
manteve suas fábricas operando a
80% da capacidade normal, disse
seuexecutivo-chefe,StefanBrandl.
Odistanciamento social, as oni-
presentes máscaras faciais, os tes-
tes de covid-19 realizados pela
própria empresa eorastreamento
de contatosfeito quandoosfun-
cionáriosficavam doentes contri-
buíramparaqueaempresamanti-
vesse suasunidades funcionado
Apenas15 de seus 6.700funcioná-
rios na Alemanha contraíram o ví-
rus,deacordocomacompanhia.
Grandes partes da Europatêm
sidodevastadas pela pandemia,
masaAlemanha está se saindo
melhor. Embora tenhaquase o
mesmonúmerode casosconfir-
madosque os vizinhos de porte
equivalente —Itália, Espanha,
França, Reino Unido —, a Alema-
nha teve só cerca de 25% das mor-
tescomputadaspelosdemais.
Easautoridadesalemãs,aocon-
tráriodas da Itália e Espanha, de-
ram a todasas fábricas a opção de
permanecerem abertas em meioa
pandemia. Mais de 80% delas fize-
ramisso,eapenas 2 5%cancelaram
investimentos,segundorecentele-
vantamento do Instituto de Pes-
quisaEconômica, um centro de
análiseepesquisadeMunique.
NummomentoemqueosEUA
eoutrospaísesda Europase pre-
paramparareabrirsuasindús-
trias, alguns deles voltam os
olhospara a Alemanhaem busca
deliçõessobrecomofazerissoda
maneiramaissegurapossível.
Entreessas liçõesestão: as em-
presas implementaram regrasrí-
gidasde segurança desde oinício.
Os diretores envolveram sindica-
tos e funcionários no planejamen-
to de segurança. Os governos re-
gionais tomaramrápidas provi-
dências para testar e rastrear ca-
deiasdeinfecção. Elaçosestreitos
com a China, ondemuitas empre-
sas alemãstêm operações,propor-
cionaram às empresas uma vanta-
gemnocampodoplanejamento.
Embora as empresas alemãs te-
nham,de modogeral,agido por
iniciativa própria, elas tambémfo-
ram beneficiadas por medidas do
governo voltadas para a toda a po-

pulação, e pela boa sorte geral que
opaís teve em relação a seus vizi-
nhosmaisduramenteatingidos.
Mas as empresas alemãs não
estão imunes às consequências
do coronavírus. O governo prevê
que a economiaalemãsofrerá a
maior recessão da históriarecen-
te. E, oque épior, suasempresas
dependemfortementedocomér-
cio internacional e das cadeias de
suprimentosglobais, que pode-
rão continuar enfrentando pro-
blemaspormesesou,até,anos.
Porém, muitos economistas, en-
treosquaisosdoFundoMonetário
Internacional, avaliam que a deci-
são das empresasalemãs de conti-
nuar operando durante oconfina-
mento poderá permitir que sua
economiase recuperemaisrapi-
damentequeadeoutrospaíses.
“A Alemanha crioucondições
estáveis, eacho que há uma possi-
bilidade de nos recuperarmos
maisdepressa”, disse Thomas Bö-
ck, CEO da CLAAS, fabricante ale-
mãdemáquinasagrícolas.
Aempresaimplementou rapi-
damentemedidasde segurança
em suasfábricasna Alemanha
quandoviu asituaçãose agravar
na China,inclusive aumentando
as distânciasmantidasentreos
trabalhadoresondeera possível
e adotandoouso de máscaras.
Seugrupodecrisedecombateao
vírussereúnetodososdias.
Cerca de 20 de seus 5.000 fun-
cionáriosna Alemanha foramin-
fectados,segundoumporta-voz.A
maioria desses casosocorreu no
início da pandemia e a empresa
rastreoue manteveem quarente-
naoutrostrabalhadoresquepode-
riamter sido expostos. A maioria
dos funcionáriosinfectados se re-
cuperoudesdeentãoevoltouatra-
balhar,disseoporta-voz.
Hoje, as fábricasda CLAAS na
Alemanhaestãooperando a70% a
80% da capacidade normal, disse
Böck. Duas operaram sem inter-
rupção. Umaterceira fechou por
várias semanas por não ter recebi-
doequipamentosdaItália.
As empresastambém mencio-
nam sua presença na China, a
maior parceiracomercial da Ale-
manha,comofatorque as ajudou
aseprepararparaapandemia.
“Quase todo mundo, de alguma

maneira,está lotado na China”,
disseThilo Brodtmann, diretor-
executivo da Associação do Setor
Metalmecânico alemã, que repre-
sentamaisde3.000empresas.
As empresas automobilísticas
alemãs fecharamem março por-
que da falta de demanda.Quando
aVolkswagen começouareabrir
suasunidadesdeproduçãonaAle-
manha, no fim de abril, aplicou al-
gumasmedidas adotadas em suas
unidades chinesas, adaptando al-
gumaseacrescentandonovas.
O resultado foi uma lista de 100
medidasqueafetammuitosaspec-
tos dasrotinas dos funcionários,
inclusive onde devem se trocar pa-
ravestirroupasdetrabalho,ondee
comoalmoçar ecomochecara
presençadesintomasdecovid-19.
O grupoKION, fabricantede
empilhadeiras com sede em
Frankfurt, importouváriaspráti-
cas de segurançada China,onde
possuicincofábricas,com cerca
de4.000funcionários.
“Conseguimos, por meio da
China, preparar muitas coisas an-
tesdotempo”, disseoCEO,Gordon
Riske. Entreas mudanças está a re-
moçãodeestaçõesdetrabalho,pa-
ra aumentaras distâncias entreos
membros da equipe, o quecom-
promete aprodutividade, bem co-

monovospadrõesdeturnos.
Aempresa disse recentemente
que sua receita no primeiro tri-
mestrefoi 2,7%menor que ado
mesmoperíodo do ano passado,
mas que seu níveltotalde enco-
mendaspermaneceuinalterado.
AFischerwerke,que fabricasis-
temasde ancoragem predial para
o setor de construçãoe outros
equipamentos, disse que todas as
unidades de produção na Alema-
nhacontinuaramabertasefuncio-
nandoduranteoconfinamento.
Aempresa começouproduzin-
do seu próprio desinfetante,bati-
zadode “Viruclean”, em sua fábri-
ca de produtos químicospróxima
à fronteira com aFrança. Ela o for-
necegratuitamente parausodo-
méstico aseus 5.200funcionários
em novepaíses, eac lientes e par-
ceiroscomerciais,disse seu funda-
doreCEO,KlausFischer.Desenvol-
veu também, com impressora 3D,
centenasde extensõesdemaçane-
tas para permitir que os funcioná-
rios abram portas com os antebra-
çosparaevitartocarostrincos.
Oito funcionários foram infec-
tados,masjáserecuperaram,disse
umporta-vozdaFischerwerke.
AEbm-papst, fabricante de ven-
tiladores emotores, tem três fábri-
cas na China. Quando o coronaví-
rus começoua assolar aquelepaís,
Thomas Nürnberger, diretorda
empresas em Xangai, telefonou
para amatriz paradar oalarme,o
que deu semanas paraaempresa
se prepararantes de ovírus apor-
tar na Europa.Umde seus conse-
lhos foi que comprassem másca-
ras,omáximoqueconseguissem.
“Começamos a tentarcomprá-
las no mundointeiro”, disse Tobias
Arndt, odiretor de logística da
Ebm-papst. Brandl, o CEO, disse
que aempresa tem agoraum fun-
cionário só paracomprarmásca-
ras. A companhia tem um estoque
demaisde100mileestácomeçan-
doatestarmáscarasreutilizáveis.
Winfried Imminger,médico
da própriaempresa,aplicatestes
em funcionáriossuspeitosde es-
tar infectado.Forammaisde 250
testesaté agora.No caso de uma
confirmação, o programade ras-
treamentode contatosda em-
presaentraemação.
Até agora, 8 de cercade3.
funcionários de Mulfingen, onde
fica asede da empresa,testaram

positivoeforamisolados,disseum
porta-voz. A maioria tinha relação
com um surto ligadoauma igreja
nas proximidades.Alémdisso,os
trabalhadores são solicitados a ve-
rificarsuastemperaturasemcasae
anotificarqualquerinfecção.
Em recente reunião da força-ta-
refaantivírus da empresa,Immin-
ger falousobre as vantagensedes-
vantagens das mais recentes ideias
para reduzir os riscos de infecção.
Maçanetas de portas mais compri-
das, passíveis de serem abertas
com ocotovelo, poderiam ser con-
traproducentes se os trabalhado-
res usassem seusantebraços para
enxugar atesta, disse. Barreirasde
acrílico tambémpoderiam dar er-
radoseestimularosfuncionáriosa
tiraramáscara.Testesconfiáveisde
anticorpos não estarão disponí-
veisantesdofimdoano,disseele.
A exemplo da maioria das em-
presas alemãs, aEbm-papstenvol-
ve representantes dos funcioná-
riosnasdecisõesdedireção—uma
tradição chamadade codetermi-
nação. O diretor de RH e um repre-
sentante dos trabalhadores têm
assentonaforça-tarefaanticrise.
Em uma unidade de grande ex-
tensão, recentemente,funcioná-
rios montaram grandes ventilado-
res. Equipes de funcionários de
limpeza percorrem o lugar, desin-
fetando maçanetasde portas, bo-
tõesdeelevadoresedemáquinas.
“Me sintoseguro com todases-
sas precauções”, disseum funcio-
nário da fábrica. “Fico muito con-
tente em vir trabalhar”, acrescen-
tou, considerando que há tantas
fábricasdaEuropafechadas.
Um novopadrãode turnos sig-
nificaqueosmesmosfuncionários
sempre trabalham juntos. Os tur-
nos foram abreviados em 15 mi-
nutos,para que os trabalhadores
que estãode saídanunca cruzem
comosqueestãoentrando.
Isso podecriarproblemasno
repasse de tarefas,disseHerbert
Walter, supervisor de operações
do chãode fábrica.Hoje,ele liga
oumandae-mailsparaosfuncio-
náriosdoturnoseguinteparaex-
plicarotrabalhoquefez.
APaulHorn,fabricantedeferra-
mentas de precisão comsede em
Tübingen, manteve suas trêsfábri-
cas operando.Aempresa,que pro-
duzmáquinasusadasparamontar
aparelhos médicos, automóveis,

aviões, turbinas eólicas eoutros
produtos, reduziu os turnos,mas
não concedeu licença a nenhum
deseus1.000funcionários.
A empresa também temum
grupoanticrisecomposto de dire-
tores etrabalhadores que se reúne
diariamente. Reconfigurouseu re-
feitório e estações de trabalhoe
mudou departamentospara pré-
diosdiferentes a fim de aumentar
adistânciaentretrabalhadores.Os
funcionários cumprem turnos es-
calonados e usamproteção de bo-
ca ede nariz,inclusive seu executi-
vo-chefe,queusaumabandana.
Um dos membrosdo corpo de
funcionários contraiu o coronaví-
rus eserecuperou, eoutroteve a
infecçãoconfirmada.Ambososca-
sosforamrapidamentedetectados
econtidos,segundoaempresa.
Economistasalertamqueasem-
presas alemãs não escaparão do
impacto econômico da pandemia.
Suapresençainternacionalpoderá
pressionarsuas cadeias de supri-
mentose deixá-las expostas a mer-
cadosmaisduramenteatingidos.
“Não sabemosoquetemos pela
frente e ninguémconsegue esti-
mar o quãoprofundaserá essa re-
cessão porque não há precedentes
para ela”, disse Jan Sibold,da asso-
ciação de classe da RKWem Ba-
den-Wurttemberg, Estadodo sul
ondeficaasededaEbm-papst.
Logo depois que grandesmon-
tadoras começaram a reabrir uni-
dades fechadas por falta de de-
manda, a Daimler revelou uma
queda de 68,9% dos lucros do pri-
meiro trimestre antesde jurose
impostos,em grande medida cau-
sadapelocolapsonasvendas.
Recentespesquisasde ativida-
de da Markitsugeremque a in-
dústriade transformaçãoalemã
estáexperimentandoumaqueda
sem precedentesda produção. O
sentimentodas empresas edos
consumidores estãoem níveis
baixossemprecedentes.
“A Alemanhatem, efetivamen-
te, algumasvantagensque po-
demfazercomque voltemais
forte”,inclusivebaixoendivida-
mentoe grandes colchõesde ca-
pital,disseClemensFuest, presi-
dentedo Institutode Pesquisa
Econômica. “Mastambémestá
muitomaisexposta...a outros
países.”(ComBojanPancevski—
Traduçãode RachelWarszawski)

Fonte:Ifo

O impactopor setores
Em %

Manufatureiro
Serviços
Varejo
Construção

Paralisou a produção
ou teve de fechar

Manufatureiro
Serviços
Varejo
Construção

Demitiu funcionários

Manufatureiro
Serviços
Varejo
Construção

Adotou jornada de meio
períodosubsdiada

20
20
15
2

19
10
23
12

53
48
48
37

IMPACTOSDO


CORONAVÍRUS


Fonte:WSJ.*Nãoessenciais

Alemanhaadotaconfinamento'light'
Restrições adotadas pelos paíseseuropeus

Reino
Unido

Comérciofechado
Escolasfechadas
Fábricas*fechadas
Ficarem casa
Escritóriosfechados

Alemanha França Itália Espanha

Obrigatório Nãoobrigatório

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