Valor Econômico (2020-05-12)

(Antfer) #1

JornalValor--- Página 6 da edição"12/05/20201a CADC" ---- Impressa por gaveniaàs 11/05/2020@19:43:10


C6| Valor|Terça-feira, 12 de maiode 2020

IMPACTOSDO


CORONAVÍRUS


.com
Confira a reportagem
completano site
http://www.valorinveste.com

O desafio do crescimento em meio à pandemia


Palavra dogestor


Evandro Buccini
e Luis Bento

A


décadaqueestá
porseencerrar
nãofoigentilcom
ocrescimento
brasileiro.Seno
iníciodadécadaoBrasil
foidestaqueinternacional
porseualtocrescimento,
agoraterminarácomo
menorcrescimentomédio
desde1900.Estamoscomos
fundamentosaindamuito
frágeiseagestãoequivocada
daatualcrisepodepiorar
aindamaisnossasituação.
Aatualcrisecausadapela
disseminaçãodacovid-19
étrágicaecomplexaem
múltiplasdimensõeseexigirá
decisõesdifíceisemuito
planejamento.Governos
devemfazeroqueforpossível

paraevitarocolapsodosistema
desaúdeeminimizaronúmero
demortos.Acontrapartidada
corretaprevençãodapandemia
sãooscustoseconômicos
significativos,embora
necessáriosnessemomento.
Comoconsequênciado
combateaovírus,ocrescimento
globalesteanodevesero
menordesde1950,quando
começamasestimativas
confiáveisdeatividade.
Nãoháumaextensaliteratura
acadêmicasobreosefeitos
econômicosdepandemias,mas
parecehaverumacorrelação
positivaentreonívelde
esforçodecontençãodadoença
eocrescimentoposterior.
Asmedidasquegovernos
mundoaforaprecisamtomar
paraatenuaressechoquesão
razoavelmenteconsensuais.
Entreasprincipaismedidas,é
precisoconcedercréditopara
queempresas,especialmenteas
pequenas,nãoencerremsuas
operaçõescomaquedado
faturamento,investirpara
aumentaracapacidadedo
sistemadesaúdee
complementararendada
populaçãomaisvulnerável.
Osestímulosconcedidos
pelaseconomiasdesenvolvidas
járepresentamquase8%doPIB
global.Jáosbancoscentrais

usaramosinstrumentoscriados
paraacrisede2008einovaram
aindamais,comprando
diretamenteativospúblicose
privadosrapidamentepara
tentarevitarumcongelamento
dosmercadosfinanceirosede
capitais,meiosimportantesde
financiamentoparaempresas.
Tambémflexibilizaramregras
regulatóriasparapermitir
aosbancosacomodargrande
volumederenegociações
edeinadimplênciae
liberaramliquidezparatentar
(muitodiferentedeconseguir)
garantirumfluxomais
fluidodeempréstimos.
OBrasilseencontraemuma
situaçãoparticularmentefrágil
pararesponderaodesafio
queseimpõe,comelevada
dívidaemrelaçãoaseusparese,
ainda,comdéficitprimário.
Essafoiumadasrazõespela
alteraçãodaperspectivada
notadecréditosoberanapela
S&P.Ooutromotivofoia
discordânciafrequenteentreo
poderExecutivoeLegislativo,
queatrapalhaocombateà
pandemiae,nofuturo,a
aprovaçãodasreformas.
Umacertalentidãoinicialnas
açõesdogoverno,talveznatural
diantedaimprevisibilidade
doproblema,masquepareceu
eternadiantedasuagravidade,

aliadaàposturadopresidente,
passoumaisumavezo
protagonismo,oupelomenos
apercepçãodele,parao
Congresso.Oriscodesse
balançodeforçastãodesigualé
umpacotedemedidasque
excedaorazoável,pormais
difícilquesejaavaliaresse
patamarnestemomento,sejano
tamanhoounasintervençõesem
relaçõescomerciaisprivadas.
Emborasejaválido
temporariamente
desconsiderarrestrições
fiscaisparaocombateao
vírus,cabelembrarqueos
recursosdoTesouronãosão
infinitos.Pagaremosessaconta
nofuturo.Oidealnãoécriar
programaspermanentesem
meioasituaçãoatualenãoé
razoávelfinanciaranosde
desequilíbriosnafolhasalarial
dosEstadossobopretexto
dapandemia.Mesmoos
gastostemporáriosterão
queserfinanciadoseessa
discussãoserácapados
jornaisnosegundosemestre.
OBancoCentraltemsido
maisrápidonarespostaao
problemadecrédito,umadas
principaisconsequênciasda
covid-19.Emlinhascomos
paresnosEUAenaEuropa
liberouliquidezeespaço
regulatórioparatentar

incentivasempréstimos.A
reduçãodaSelic,queagoraestá
em3%aoano,temsido
acompanhadadecomunicados
cuidadososindicandoque,
nesseponto,oBCseriamais
conservador,estudandoa
evoluçãodaprojeçãode
atividadeedainflaçãopara
2021 paradecidirospróximos
passos,quedevemsernovos
cortesgraduais.OBCtambém
costurouumalinhade
créditocomparticipaçãodo
Tesouroedosmaioresbancos
dopaísparaPMEspagaremos
saláriosdosfuncionários.
Porúltimo,oSenadoestá
paravotarumaPECampla
quedeveincluirapermissão
paraatuaçãonosmercadosde
títulospúblicoseprivados,
umacaixadePandoraque
talveznãoprecisasseseraberta.
Otrabalhodediminuiçãoe
racionalizaçãodosbancos
públicosfoimaisprofundo
doqueoajustefiscal.
Háespaçoparausodos
balanços,conformejá
anunciadoprincipalmente
pelaCaixa,masoBNDES
poderiaseroprotagonistanas
comprasdetítulosprivados,já
quetemmaisexperiênciado
queoBCnaprecificaçãoe
negociaçãodessespapéis.
CasooPIBretraia5,9%este

ano,oBrasilterátidoum
crescimentorealde0%nessa
década.Comachegadada
covid-19,oajustefiscalfoi
prematuramenteabortado.
Comumadívidaalta,um
sistematributáriocomplexo,
umprodutopotencialainda
maisreduzidodevidoàlenta
reaçãodogoverno,apéssima
situaçãodaeducaçãoea
faltadepolíticaspúblicas
nosetorecomofimdo
bônusdemográfico,como
iremoscrescernapróxima
década?Infelizmenteessa
nãoseráadiscussãoquando
oisolamentoacabar.
Oassuntoseráacriatividade
dosnossosrepresentantes
parafinanciarosgastos
criadosnosúltimosmeses.

Evandro Buccinié diretor de renda fixa
e multimercadosda Rio Bravo
E-mail:
[email protected]

Luis Bentoé analistada Rio Bravo
E-mail:[email protected]

Este artigo reflete as opiniõesdo autor, e
não do jornalValor Econômico.O jornal
não se responsabilizae nempodeser
responsabilizadopelasinformações
acimaou por prejuízos de qualquer
natureza em decorrênciado uso destas
informações.

Renda fixa sofreu fuga de investidores nos últimos meses


NaiaraBertão
De São Paulo

Amaior crisedesde aGrande
Depressãocertamentenão dei-
xariade influenciaras decisões
das pessoassobreo que fazer
com seu dinheiro. Era de se espe-
rar que umacrise dessamexeria
com os fluxosfinanceiros da
poupançae das aplicações e pro-
vocasse umarealocaçãodos in-
vestimentosdaspessoas.
Osdadosdisponíveisatéagora
sobreosúltimosdoismesesmos-
tram, porém,sinaisque aparen-
tementeparecemcontraditórios.
Não existeumaformaou lugar
paraolhardiretamenteacarteira
inteira,consolidada,dopequeno
investidor. Por isso,foi mapeado
comdiversasfontesofluxododi-
nheiro das pessoas físicas,para
ondefoiedeondesaiu.
De um lado, vê-seque o inves-
tidornão fugiuda bolsa, ao con-
tráriodo que se esperava. Porou-

tro, houveumagrande fuga dos
fundos de investimentosde ren-
da fixa. Em apenas quatro meses,
a classe teve um resgate líquido
de R$ 120,79bilhões, sendoque
R$ 100 bilhões só em março e
abril,segundodadosdaAnbima.
Ao mesmotempo que oinvesti-
dor brasileiro tem se arriscado
maisem ações, fundosde ações e
ETFs, aproveitando oportunidades
com aqueda dos papéis, também
apostou em CDBs(Certificados de
Depósito Bancário) de grandes
bancos, considerados maissegu-
ros, apesar de menos rentáveis, e
aplicando em ouroe fundos cam-
biais, para surfar aonda de valori-
zaçãoeprotegeracarteira.
Para fazeras análises,foram
cruzadosdadosde TesouroDire-
to, B3, Anbima, BancoCentrale
da plataforma de fundosMor-
ningstar, além de entrevistas
comagentesdomercado.
“A crise atualé diferente das
outraspelasquaiso Brasiljá pas-

sou quandose fala em investi-
mento”,afirmaGuilhermeLeal,
sócioediretorde distribuiçãoda
XP.Ele explicaque, no passado,
sempreque havia turbulência no
mercado, as açõescaíam,a incer-
teza se estabelecia e o investidor
corriaparaa rendafixa (CDI),
quepagavadoisdígitos.
“Issoaconteceu na época da
eleição do Lula, na crise do sub-
prime de 2008,no impeachment
da Dilma [Rousseff], no Joesley
Day [polêmica envolvendoo ex-
presidenteMichel Temer],nagre-
vedoscaminhoneiroseporaívai.
Agora,com juros a3%ao ano,o
investidor começa a ter desafios
para encontrar o porto seguro
queanteseraarendafixa”, diz.
Na pontade captação, não há
dúvidade que a bolsae a pou-
pançaforamas grandesestrelas
dos investimentosna pandemia.
Nos últimosdois meses,os inves-
tidorespessoafísica foramres-
ponsáveis pelaentradalíquida

dequaseR$25bilhõesnomerca-
do secundárioda B3. Onúmero
de CPFs cadastrados na bolsaba-
teu recordeem abril:2,385mi-
lhões,42% maiordo que em de-
zembrode2019.
Mas, nãoforamtodosos papéis
que interessaram ao investidor.
“Vemosque vigoraaseletividade,
abusca por ações de companhias
que são mais resistentes, com
maiorprevisibilidade de geração
de caixa e baixo níveldeendivida-
mento comoas de bancos. Segun-
do oBig DataSmartBrain[estudo
mensal sobre acarteira de investi-
mento], a Vale e a Petrobras conti-
nuaramsendoprocuradas”, expli-
ca Cassio Bariani, presidentee
fundado da SmartBrain.
Em março,houveaindauma
forteprocurapor papéis de ban-
cos. O Itaú,que ocupava a nona
posição passouparaaquinta,e
entrouna lista dos maisprocu-
radosa Itaúsa,holdingque con-
trolaobanco. Os grandes inves-

tidores também adicionaram
açõesdo Bancodo Brasiledo
Bradescoàs suas carteiras.
Outro destaque visto pela
SmartBrainfoi a buscapeloETF
BOVA11, que replicaoIbovespa.
O ETF é um fundode investimen-
to que acompanhapassivamente
umíndicedomercado.
Ointeresse pela bolsatambém
se manifestou na indústria de fun-
dosdeinvestimento.Osaldonega-
tivo do ano, de R$ 69,64 bilhões de
resgateslíquidosnoprimeiroqua-
drimestre,sónãofoimaiorporque
os fundos de ações captaram
R$44,34bilhõesnoperíodo.
O que surpreendeé que o ape-
tite por rendavariável foi visto
justamenteno períodomaistur-
bulento dos últimosanos,quan-
do oIbovespa passoupor seis
“circuit breakers”(paralisação
dos negóciostemporariamente
porquedademaisde10%)eoín-
dice de volatilidade,oVIX, bateu
recorde histórico. Desdea sexta-

feira antesdo Carnaval, em 21 de
fevereiro, quandoo Ibovespaen-
cerrou opregão aos 113.681
pontos, até o fechamentoda últi-
ma sexta, quando fechouaos
80.263pontos,oprincipal índice
dopaísacumulaperdade29%.
Nem os fundos imobiliários
(FIIs), umadas principaisapostas
do ano passadoemenos voláteis
do que ações, atraíram tantaaten-
ção. Em março,houve aumento
de 4% no númerode investidores
em relação afevereiro (agorasão
792.229 investidores), mas opa-
trimôniolíquido cresceumenos
de 1%, para R$ 95,1bilhões em
março(os dados de abrilainda
não saíram).Em março,adesvalo-
rização do IFIX, índice que repre-
sentao segmento de FIIs, foi me-
tade do Ibovespa, de 16%.

InvestimentosNúmerodeinvestidoresdaB3subiu41,9%atéabril


Brasileiro vai às compras


na bolsa mesmo com crise


Andrade, daB3:“Apesardavolatilidade,houvealtadeinvestidoresnabolsa”

CAROLCARQUEJEIRO/VALOR

AdrianaCotias
De São Paulo

A primeira crise vivenciadapelo
mercado de capitais brasileiro
com os jurosnochão tem mostra-
doumcomportamentodoinvesti-
dor pessoa física não percebido
em colapsos anteriores.Em vez de
sair em massa de aplicaçõesde
maiorrisco, comobolsa ou fundos
multimercadosedeações,oquese
vê é um fluxo de dinheiro novo
nessasalternativas.Oreflexodare-
viravolta de preçospor contado
alastramento da covid-19 se nota
maisemcarteirasderendafixa,es-
pecialmenteaquelascomativosde
crédito, que sob um olharmenos
técnico leva a conclusões de que
nãodeveriambalançar.
De qualquer forma, a turbulên-
cia já teve efeitode paralisar ofer-
tas de ações edívida. Sem parâme-
tros de valor justo das empresas
enquanto nãose tem noçãode
quanto tempodurará aquarente-
na, companhias que estavam com
operações previstas engavetaram
planos. Apercepçãode especialis-
tas éque éavolatilidade precisa
baixarantesdeumaretomada.

Em meio ao estresse do merca-
do, com uma sequência de “circuit
breakers”na bolsa —mecanismo
que paralisa as negociações quan-
do o Ibovespa tem queda de 10%
—, o brasileiro conseguiu ter san-
gue frio parairàs compras. Dados
da B3 mostram que o número de
pessoasfísicas cadastradas nos
segmentos de ações e fundos imo-
biliários em quatromeses de 2020
cresceu 41,9%, ao recorde de 2,4
milhõesde investidores.Noano
passado,essa basejátinha mais do
quedobrado,a1,7milhão.
Os dados referentes a volumes
financeiros dão clareza do que re-
presenta esse passo. No ano passa-
do enos primeiro mesesde 2020 o
investidorlocalpatrocinouasaltas
do Ibovespa. E depois que a crise
eclodiuemplenafoliadeCarnaval,
ele não arredou o pé,só diminuiu
oritmo.Segundo a B3, em marçoa
pessoa físicaingressou com R$
17,6 bilhões no segmento ações e
outros R$ 10 bilhões em abril.Na
conta do ano já sãoR$36bilhões
líquidosentrecomprasevendas.
“Claramentefoi um movimen-
to diferentedo que em outros
momentos.Apesarda volatilida-
de, houveaumentoda pessoafí-
sica em março, coisaque não
acontecia no passado”, diz Juca
Andrade, vice-presidentede pro-
dutoseclientesda B3. Oexecuti-

vocitaquesurpreendenãosópe-
lo ingressode novosinvestidores
comoo aumentode posiçõesde
quemjátinhaaçõesnacarteira.
“A gente tem vistointeresseda
pessoafísicaparainvestiremações
apesar do ‘sell off’[saída de risco]
por causa do coronavírusporque
muitos viram preços melhores em
relação às condiçõesanterioresà
crise, os ‘valuations’[cálculos de
valor justo] estão bem mais
atraentes, especialmente se consi-
derarque o impacto nas empresas
será temporário, com performan-
ce melhorapartir do ano que
vem”,diz Carlos Sequeira, chefede
pesquisa de açõespara América
Latina,doBTGPactual.
Com a Selic em 3% ao ano, o fato
de nãoter muito para ondecorrer
também ajudana continuidade
do movimento de diversificação,
acrescenta .“Na verdade, éapri-
meira crise em que os juros em vez
de subirem vãocair. Isso atrai oin-
vestidor que nãoestava em bolsa
ou tinhadificuldade para aumen-
taraexposição”,dizSequeira.
Sair de ativos de maiorriscona
horado estresse significa abrir
mão da diversificação feita acerta-
damente e imporprejuízos per-
manentes àcarteira, diz Luciane
Effting, diretora de investimentos
do Santander. “Nãoadianta ir para
produtos mais conservadores por-

que nãovai recuperaraperda.”Ela
conta que, de fato,alguns se assus-
taram com amagnitude da oscila-
ção, mas outros têm avaliado este
momento como oportunidade.
Assim comona bolsa, houve au-
mentodo número de cadastros e
volume transacionado em feverei-
roemarçonacorretoradobanco.
Para 2020,os cálculosda San-
tander Corretora colocamo Ibo-
vespaem 91 mil pontos,com um
potencialdevalorizaçãode15%
em relaçãoao nívelatual.Com-
parado à mínima de 63.570pon-
tos, de 23 de março, oíndicejá
ganhouquase27%.”Háaindaum
potencial de valorização para
quemtem estômagoesangue
frio parapassaresse momento”,
diz Luciane.A executiva acres-
centaque os gestoresde recursos
de fundosmaisvoláteistambém
têm aproveitado as oportunida-
des.Combustívelparaissohá.
Segundo dados da Anbima,
que representaomercadode ca-
pitaise de investimentos,no pri-
meirotrimestre,os multimerca-
dos atraíramR$ 19,3 bilhões,
mas em abrilhouvesaídasde R$
13,4bilhões.Nos portfóliosde
ações,ascaptaçõessuperavamos
saques em R$ 44,3 bilhõesaté o
fim de abril,com os resgatesno
mês passadolimitadosaR$ 600
milhões.Nemparececrise.

A sangriatem sido notadanos
fundosde rendafixa, com resga-
tes de R$ 120,8bilhõesno ano. É
nesseconjuntoque está a maior
partedas carteiras com ativosde
crédito,que chacoalharam na
crisepor causada menorliqui-
dez. Quandoo cotistapedeosa-
que, o gestoréobrigadoa se des-
fazerdos títulosa preçosnem
semprefavoráveis,retroalimen-
tandooprejuízodosportfólios.
O caminho rumoà diversifica-
ção está apenas nosprimeiros ca-
pítulos porquefinalmente oBrasil
alcançou um padrãode juros mais
normal, diz oex-Banco Central
Luiz Fernando Figueiredo,sócio-
fundadordaMauáCapital.“Aspes-
soasvãotermaisrisco,comoacon-

teceemoutrospaísesdomundo.O
Brasil sempre foi diferente porque
tinha taxas absurdas, orentista era
bem atendido,mas era péssimoao
país que se tornou recordistaem
pagarjurosparaoinvestidor.”
O gestor diz quese surpreendeu
comofluxo positivonão só nos
fundosda casa, comono mercado
em geral nos últimosmeses. “Mos-
tranãosóresiliência,masqueoin-
vestidortemumentendimentoso-
bre ativos de riscomelhor que no
passado.”Figueiredolembraquea
parcelaemativosderisconoBrasil
épequena, de 7% a8% na indústria
de fundos,enquanto nosEstados
Unidoschegaa60%.Opaísnãode-
ve alcançar esse patamar, mas po-
deterfatiasmaisrepresentativas.

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