1885
Estuda com o médico
Jean-Martin Charcot,
em Paris, que investiga
doenças psíquicas com
hipnose. Ali confirma
sua impressão de
que os sintomas
físicos das mulheres
histéricas têm origem
mental, não em
males do corpo.
1890
Uma paciente de
Freud, madame Benve-
nisti, o presenteia com
um divã. Diz que, se
terá sua cabeça ana-
lisada, precisa estar
confortável. (O origi-
nal está em exposição
até hoje no Museu
Freud, em Londres.)
1895
Lança Estudos sobre a
Histeria, em parceria
com o fisiologista
Josef Breuer, obra
considerada a certidão
de nascimento
da psicanálise.
1899
A Interpretação dos
Sonhos é publicado em
dezembro – mas Freud
coloca 1900 como
data do livro, para
marcá-lo como um dos
grandes eventos do
início do novo século.
A obra apresenta a sua
“primeira tópica”: a
divisão da mente em
consciente, pré-cons-
ciente e inconsciente.
1905
Lança seu livro mais
polêmico, que lhe
rende fama de tarado.
Três Ensaios sobre a
Teoria da Sexualidade
choca o mundo com o
complexo de Édipo e
ao sugerir que crianças
também têm suas
próprias brincadeiras e
necessidades sexuais.
1908
O Primeiro Congresso
Internacional de Psi-
canálise, na Áustria,
reúne 42 “psicólogos
freudianos” de sete
países. É a dissemi-
nação das teorias de
Freud, que ganha um
novo capítulo quando
ele faz palestras nos
EUA, onde a psicaná-
lise vira uma febre.
1920
Lança Além do Prin-
cípio do Prazer, que
introduz o conceito
de pulsão de morte,
um impulso agressivo
que está na base da
natureza humana.
1923
Freud apresenta sua
“segunda tópica”:
agora estrutura o
aparelho psíquico
em id, ego e supere-
go – instâncias em
permanente conflito.
1930
Um ano após o colapso
da Bolsa de Nova York,
publica seu livro mais
lido e mais pessimista:
O Mal-Estar na Civili-
zação. Freud defende
que os desejos huma-
nos e as exigências da
sociedade são duas
coisas inconciliáveis.
1933
Em Berlim, os nazistas
queimam seus
livros – considerados
“ciência judaica”.
Freud não se abala:
“Quanto progresso!
Na Idade Média,
teriam me queimado;
agora limitam-se a
queimar meus livros”.
1938
Hitler toma a Áustria
e assume o poder em
Viena. Freud se vê
obrigado a deixar a
cidade. Octogenário,
doente, emigra para
a Inglaterra antes que
o levem a um campo
de concentração.
1939
Em Londres, já sem
suportar as dores de
um câncer na boca,
pede a seu médico que
lhe dê três superdoses
de morfina. Freud tem
uma morte serena
após 16 anos resistin-
do à doença que nunca
o fez abdicar do maior
prazer de uma vida:
20 charutos por dia.
DOSSIÊ SUPER 7
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