Piauí - Edição 152 [2019-05]

(Antfer) #1

A


teoria geral da relatividade de Albert Einstein, publicada em 1915. A
prova experimental, obtida em 2016, representou nova consagração do
cientista mais influente do século XX.


É possível que a omissão de Thorne esteja ligada à veneração a Olavo de
Carvalho por parte dos sócios da Brasil Paralelo. O guru da direita é
presença assídua nas produções da empresa, inclusive em 1964: O Brasil
entre Armas e Livros. Carvalho, por sua vez, dedicou minutos de uma de
suas aulas online a acusar Einstein de ter sido “o maior plagiário do
século XX” e “mais um gênio da picaretagem do que um gênio da física”
cuja “fama é 100% imerecida”. Com um mentor intelectual capaz de tais
desvarios não se pode esperar grande coisa da Brasil Paralelo.


nunciado como se fosse um documentário, 1964: O Brasil entre
Armas e Livros, codirigido por Valerim e Ferrugem, estreou no
YouTube em 2 de abril. Em 8 de abril houve uma sessão na
Assembleia Legislativa de São Paulo.


Segundo notícia publicada no Estado de S. Paulo, após a sessão na
Assembleia foi feito um “desagravo à memória do coronel Carlos Alberto
Brilhante Ustra, ex-comandante do Destacamento de Operações de
Informações (DOI), do II Exército, e ao delegado Sérgio Paranhos Fleury,
do antigo Departamento de Ordem Política e Social da Polícia Civil de
São Paulo, o Dops”.


A mesa do debate após a exibição foi formada pelos deputados estaduais
Douglas Garcia (PSL) e Castelo Branco (PSL), o advogado Renor Oliver
Filho (colaborador do site bolsonarista Terça Livre), o Cabo Anselmo (o
ex-marinheiro José Anselmo dos Santos) e o ex-delegado Paulo Oppido
Fleury, filho de Sérgio Paranhos Fleury.


Segundo o Estadão, o Cabo Anselmo expôs “sua teoria de que filósofos
da Escola de Frankfurt estavam ‘por trás’ das drogas, como o LSD,
espalhadas nas universidades americanas”; e Paulo Fleury, ao pegar o
microfone, gritou: “Ustra vive! Fleury vive!” Aplaudido, disse que seu pai
“foi um dos grandes heróis que defenderam o país”.

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