National Geographic - Portugal - Edição 218 (2019-05)

(Antfer) #1

NATIONAL GEOGRAPHIC


Aranha voadora
(espécie
continental)

Anteriores

Seda de
voo
Médias

Fieiras
posteriores

Tricobótrio

Outras
pilosidades

Glândulas

Fieiras

Seda de ancoragem
presa pela
patatraseira

Seda de voo
composta por
70 a 140 nanofibras

Seda de
ancoragem

Carga por
fricção

Carga
intrínseca Carga
adquirida

SUPERFÍCIE TERRESTRE
(CARGA NEGATIVA)

Em pontas
A aranha trepa até um ponto elevado,
segura-se com uma espécie de âncora e
avalia as condições com as patas
anteriores. De seguida, apoia-se na
extremidade das patas posteriores,
eleva o abdómen e liberta a seda.

1


Finas pilosidades denominadas
tricobótrios reagem às
condições eólicas e eléctricas
e actuam de acordo com elas.

A aranha ergue as
patas dianteiras para
avaliar as condições.

As glândulas sericígenas
segregam múltiplos tipos de
fios de seda libertados através
de pares de fieiras.

A seda pode
transportar a própria carga
intrínseca ou adquiri-la
por fricção ou do ar.

Quandofazbomtempo,a
atmosferaapresentauma
cargapositivae a superfície
terrestrenegativa.Ascargas
atraem-semutuamente.
Ocampoeléctricoé mais
potentenaszonasmaisaltas,
comoasextremidadesdasflores.

Quadroeléctricoglobal

NÁUFRAGOS CELESTES
Poucas aranhas voam, mas as que o fazem
são excelentes colonizadoras. Algumas
transportam ovos com os quais expandem
a sua população, mas o motivo que as
leva a voar ainda é desconhecido.

Aranhas voadoras


CHARLES DARWIN FICOU FASCINADO com as aranhas que
pousaram no HMS Beagle há quase dois séculos. Estes arac-
nídeos não têm asas, mas conseguiram aterrar no navio a 
quilómetros de terra fi rme. Como chegaram ali? As últimas
investigações trazem novas pistas sobre o possível papel
desempenhado pelo campo eléctrico da Terra nesta façanha
aérea. As aranhas voadoras elevam-se no ar como se empreen-
dessem um voo aerostático: orientam o corpo em direcção ao
fl uxo de ar e libertam fi os de seda que aproveitam o vento e
o campo eléctrico para levantar voo. Voam em busca de melho-
res locais e, uma vez no ar, conseguem controlar os seus movi-
mentos, mas não a direcção para onde rumam.

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