Folha de São Paulo - 13.03.2020

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Evoluçãodacargatributária brasileira

Cargatributária
batenovorecorde
Em%doPIB

18

23

28

33

38

2000 2019

30 , 56

35 , 17

Cargatributária da União,
estadosemunicípios
Em%doPIB

União

Estados

Municípios

1988 08201920

Desempenhodos tributosdareforma
tributária (PEC 45 )de 2008 para 2019
Em %

IPI
(federal)

Cofins
(federal)

PIS
(federal)
ICMS
(estadual)

ISS
(municipal)

Fonte:Estudo“CargaTr ibutária Brutade 2019 :RecordeHistóricoeEvidênciasFederativas”, doseconomistasJoséRobertoAfonsoeKleberPachecodeCastro

16 , 1

5 , 7 23 ,^822 ,^9

99 , 7

0 , 6

22 ,^7

29 , 1

4 , 3


  • 6 , 6

    • 10 , 7

      • 34 , 8






Estudo vê cargatributária recorde em 2019


Percentual de 35,17% do PIB superaopicoanterior,de2008, quandofora a34,76%; IR de empresaseICMS puxam alta



  • EduardoCucolo


sãopauloAcargatributária
brasileiraalcançouopatamar
recordede 35 , 17 %doPIB (Pro-
dutoInterno Bruto) em 2019 ,
de acordocomestudo elabo-
rado peloseconomistasJosé
RobertoAfonsoeKleberPa-
checode Castro.
Opercentual superaopico
anterior,registradoem 2008
( 34 , 76 %doPIB). Em 2018 ,es-
tava em 34 , 64 %doPIB.
Houveaumentotantona
União quantonos estados e
municípios.
OImpostodeRenda das
empresas (IRPJ) se destacou
erespondeu por 40 %docres-
cimentodacargatributária.
OICMS (tributoestadual),
por quase 30 %.Aarrecada-
çãoque mais cresceufoiados
municípios ( 12 %,odobrodo
percentual da União), mas es-
ses entestêmpeso menor no
indicador.
Ovolume derecursosex-
traídos daeconomiacompul-
soriamentepelo setor públi-
cochegouaR$ 2 , 6 trilhões,
aproximadamente R$ 12 mil
por habitante,cercadequa-
tromesesdetrabalho para
pagar tributos.
Oaumentosurpreendeuos
autores,poisveio em meioa
um período derecuperação
muitolentadaatividadeeco-
nômicae,aocontrário do que
vinha ocorrendo desde 2016 ,
nãofoipuxado pela arrecada-
çãoderoyaltieseoutrasrecei-
tas extraordinárias.
“Esseresultado marca,pos-
sivelmente,oiníciodeuma
consolidação daretomada
da trajetóriadecrescimen-


to do indicador[cargatribu-
tária], que havia sido freada
em 2008 epassouareverter
talcomportamentode 2016
em diante,contradizendoaté
ahipótese de quebraestrutu-
raldatendência de aumento
dereceitas,aventadas por al-
guns autores”,dizem oseco-
nomistas.
Para eles,asubidaforteda
carganos últimos anos, ain-
da que possater contribuído
paranão pioraracrise fiscal,
atrapalhaademandaetem
influência negativanoresul-
tado daatividadeeconômica.
Otrabalhotambém levan-
ta uma questãorelevantepara
as discussões sobreareforma
tributária, que deve servota-
da nacomissãodoCongres-
so que tratadotema, no dia
5 de maio.
Desdeacrise de 2008 ,hou-

veaumentodeparticipação
dosestadose,principalmen-
te,dos municípios na arreca-
dação direta.Aparcela da Uni-
ão encolheu.
Aspropostasdereformaem
discussãocongelamapartici-
pação decada entenaarreca-
daçãodos cinco tributossobre
oconsumo,oque, no longo
prazo, pode prejudicar as pre-
feituras,segundo os autores.
Oavançodos municípios
éexplicado pelo esforçodos
prefeitos para aumentaraar-
recadação do ISS (impostoso-
breserviços)edoIPTU(im-
postosobre patrimônio).
Tambémcontribuiuomai-
or dinamismodosetordeser-
viços, aquele que mais cres-
ceuapósarecessão encerra-
da em 2016.
Olhando apenas paraostri-
butos-alvo da proposta dere-

forma que tramitanaCâma-
ra (PEC 45 ),de 2008 até 2019 ,
oISS cresceu em média 4 , 6 %
ao ano emtermosreais(des-
contadaainflação).
Nomesmoperíodo, oes-
tadual ICMS cresceu 2 , 6 %ao
ano.Noâmbitofederal,oPIS
eaCofins cresceram pouco
mais de 1 %.OIPI apresentou
diminuição.
Segundo os autores,aexpli-
caçãoparaoresultadofederal
ruiméamesma paradesem-
penho bom do ISS:atendên-
cia deaindústriaperder es-
paçopara os serviços naeco-
nomia moderna.
Elescitamtambémoinves-
timento das prefeituras, espe-
cialmentedas regiões metro-
politanas, paramodernizar a
administração tributária local
eaprovar projetos deatuali-
zação dosvaloresvenais dos

imóveis (acargado munici-
palIPTUultrapassouadoes-
tadual IPVAem 2019 ).Omu-
nicípio deSãoPaulo aprovou
amudançaem 2014.
“Osgovernos subnacionais
[estadosemunicípios) estão
fazendoodever decasa de
forma impressionantenaar-
recadação de seus tributos.
OIPTUéamaior surpresa e
retratodesse ajuste silencio-
so”,dizem.
Segundo os autores,asitua-
çãodogovernofederalten-
deaseagravar na questão
da tributação doconsumo,
tendo emvista adecisãodo
STF(SupremoTribunalFede-
ral) deexcluiroICMS da ba-
se doPIS/Cofins, que deverá
ser analisadanovamenteem
um julgamentomarcado pa-
ra 1 ºdeabril.
Os pesquisadores afirmam

que,nocaso dareforma que
tramitana Câmara,orisco
maiorrecaisobreosmunicípi-
os, que estariam abrindo mão
do tributoindiretoque apre-
sentamelhor performance.
“Isso seriaumaforma de
reduziraautonomia dosgo-
vernos locais, além deconfi-
guraruma perda futura, pois
éjustamenteoISS quetemo
maior potencial de crescimen-
to daqui em diante”,afirmam.
“Trata-se de um parado-
xodareforma: esta podeaté
melhorarexpectativas do em-
presariado no longoprazo,
mastendeapioraraaçãogo-
vernamental no curtoprazo,
se ficar sinal de punir quem
mais ajustou.”
Adivulgação deum estudo
comnovos dados sobreacar-
ga tributária preenchealacu-
nagerada pelafaltadenúme-
rosoficiaisdogoverno.
Omaisrecentedado divul-
gado pelaReceitaFederal so-
breotemaéde 2017 .Onúme-
romaisatualizado dogover-
noéde 2018 ,uma estimativa
doTesouroNacional, outro
órgãodoMinistério da Eco-
nomia,apresentadaem mar-
çodo ano passado.
Odado maisatualizado em
comumentreostrêstraba-
lhoséode 2017 : 33 , 62 %doPIB
paraoTesouroeno estudo
dos doiseconomistas. Ofis-
co calculaacarga em 32 , 43 %.
Ocálculo dos pesquisado-
resconsideraumacargamais
ampla, que incluitodarecei-
tapúblicaextraídacompul-
soriamente da sociedade pe-
lo setor público, comoroyal-
ties, multasereceitadedívi-
daativatributária.
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