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A disparada do dólar – que acumula
valorização superior a 45% ante o
real em 2020 – elevou em R$ 907
bilhões o total que bancos e empre-
sas brasileiras terão de desembol-
sar para fazer frente a compromis-
sos no exterior. ECONOMIA / PÁG. B
Essa política está matando
pessoas. A mudança é
inconsequente e inconcebível”
ROBERTO MEDRONHO
COORDENADOR DA FORÇA-TAREFA DA UFRJ
NA QUARENTENA
NOTAS & INFORMAÇÕES
“
Em menos de um mês, caem dois ministros da Saúde
JULIO MESQUITA
(1862 - 1927)
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FUNDADO EM
1875
Nelson Teich pediu demissão do Minis-
tério da Saúde, 29 dias após ter assumi-
do o cargo e em meio a divergências com
Jair Bolsonaro. A saída do médico foi mo-
tivada pela decisão do presidente de am-
pliar o uso da cloroquina no combate à
covid-19, embora o remédio não tenha
eficácia comprovada contra a doença.
Pressionado a ampliar a prescrição do
medicamento, Teich disse a Bolsonaro,
na quinta-feira, que era preciso aguar-
dar a conclusão de estudos científicos.
Na mesma noite, o presidente disse que
mudaria protocolo. “Quem manda sou
eu”, afirmou a auxiliares. “Não vou ser
um presidente pato manco.” Teich disse
a amigos que chegara ao limite e tinha
um nome a zelar. A troca na Saúde expõe
a fragilidade de Bolsonaro. Em 500 dias
de governo, ele trocou nove ministros,
enfrenta crise nas áreas política e econô-
mica e tem a popularidade em queda. O
presidente deve fazer pronunciamento
na noite de hoje para defender o retorno
do País ao trabalho. O general Eduardo
Pazuello, ministro interino da Saúde, de-
verá assinar a liberação do uso da cloro-
quina. Entre quinta-feira e ontem, fo-
ram confirmados 15.305 novos casos da
doença e 824 óbitos no País, elevando o
total de mortos para 14.817. Entre a saída
de Luiz Mandetta e os 29 dias da gestão
Teich, o número de mortos cresceu
666% (12.884 pessoas). POLÍTICA / PÁGS.
A4, A8, A10 e A11 e METRÓPOLE / PÁG. A
Divergência sobre uso da cloroquina contra covid-19 causou saída de Nelson Teich.
Bolsonaro orienta general que assumiu como interino a ampliar uso do medicamento.
Número de mortes avançou 6 66% entre troca de ministros
AMBIENTES
INTEGRADOS
E VERSÁTEIS
Arquitetos dão dicas de
como serão as novas casas
no pós-pandemia. PÁG. H
Sem pessoal, metrô
tem 1/4 da frota parado
Desorientação
dificulta combate à
covid, dizem médicos
NOTAS & INFORMAÇÕES
Isolamento é vida
Enquanto uma vacina ou um
tratamento não estiverem dis-
poníveis, não há outro meio ca-
paz de preservar vidas. PÁG. A
Análises ‘Foi um mês perdido’,
diz Mandetta
POLÍTICA / PÁG. A
Trump se afasta de
cloroquina como solução
INTERNACIONAL / PÁG. A
Panelaços ocorrem
em 4 capitais
POLÍTICA / PÁG. A
5% têm anticorpos
em 6 distritos de SP
METRÓPOLE / PÁG. A
Dívida em dólar das
empresas explode
Especialistas alertam que a crise reve-
la o despreparo do governo para lidar
com a pandemia e pode levar ao co-
lapso sanitário no País. Eles temem
que o novo ministro ponha fim ao iso-
lamento social. METRÓPOLE / PÁG. A
FOTOS: GABRIELA BILÓ / ESTADÃO
DESGOVERNADO
Teich rejeita a
opção pela morte
A
ssim como Luiz Henri-
que Mandetta, Nelson
Teich pediu demissão do
cargo de ministro da Saúde pro-
vavelmente em respeito a seu
juramento profissional. PÁG. A
Um codinome usado pelo presiden-
te Jair Bolsonaro em exame para de-
tecção da covid-19 coincide com o
nome do filho da responsável por co-
letar o material. Ela trabalha no Hos-
pital das Forças Armadas, que confir-
mou a informação. POLÍTICA / PÁG. A
Nome em teste é de
filho de farmacêutica
l] Sergio Cimerman
Cloroquina, a provável gota d’água de
Mandetta e Teich. METRÓPOLE / PÁG. A
Reação. No dia em que Nelson Teich (E) se demitiu por ter sido pressionado a ampliar uso de cloroquina a casos leves da covid-19, Jair Bolsonaro evitou comentar nona baixa em gabinete
Pergunta que surge
A quem interessa a adoção da cloroqui-
na sem certificação? POLÍTICA / PÁG. A
l] José Álvaro Moisés
METRÓPOLE / PÁG. A
Droga ‘mata’ ministros
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Sábado 16 DE MAIODE 2020 R$ 5,00 ANO 141Nº 46232 estadão.com.br